Notícias

  • Colheita de soja 22/23 atinge 17% da área, diz AgRural

    Maior intervalo de tempo firme ajudou a colheita a “tomar impulso” em vários estados do Brasil, com destaque para Mato Grosso

    A colheita da safra brasileira de soja 2022/23 atingia na quinta-feira (9) 17% da área cultivada, ante 9% uma semana antes e 24% em igual período do ano passado, de acordo com dados da AgRural, divulgados nesta segunda-feira (13).

    Conforme a consultoria, o maior intervalo de tempo firme ajudou a colheita a “tomar impulso” em vários estados do Brasil, com destaque para Mato Grosso, onde 44,10% dos 11,8 milhões de hectares destinados para a cultura já foram colhidos.  No Rio Grande do Sul, onde ainda não há soja pronta para retirada do solo, as lavouras seguem perdendo produtividade devido ao calor e à irregularidade das chuvas.

    Por outro lado, nos demais estados do país, a expectativa é de rendimentos “muito bons”, de acordo com a empresa.

    Milho verão

    Em relação ao milho primeira safra (verão), a área colhida no Centro-Sul alcança 14%, ante 10% uma semana antes e 23% um ano atrás. Já o plantio da segunda safra (safrinha) atinge 25% da área esperada, em comparação com 12% uma semana antes e 42% no mesmo período do ano passado.

    Os trabalhos mantiveram-se concentrados em Mato Grosso, mas as plantadeiras também já começaram a entrar em ação em Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

    Segundo a AgRural, de um modo geral, os produtores ainda têm tempo para tirar o atraso do plantio da safrinha até o fim de fevereiro ou meados de março, “dependendo das janelas locais de semeadura”.

    Para a consultoria, há preocupação, porém, no sudoeste e no oeste do Paraná, onde o atraso é muito grande e o plantio dificilmente será feito dentro da janela, já que há previsão de mais chuvas para essas regiões.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Ministério da Agricultura registra fungicida inédito no Brasil

    Foi registrado um fungicida com ingrediente ativo Tiafenacil; o produto é um novo herbicida, usado no plantio direto

    O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou o Ato n° 05, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13), tornando público o registro de 22 produtos formulados, sendo um fungicida inédito no Brasil.

    Essa publicação divulga quais foram os produtos formulados que foram registrados e efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores.

    Dos produtos registrados hoje, quatro são de materiais biológicos inofensivos a seres humanos e outros animais.

    Eles são compostos por Beauveria bassiana, Bacillus licheniformis, Bacillus subtilis Trichoderma harzianum, Trichoderma viride; além do baculovirus de Spodoptera frigiperda, específicos de lagartas.

    “Até uns três anos atrás, grande parte dos produtos que eram utilizados para o controle de pragas eram de origem química e poucos de origem biológica. Porém, de alguns anos pra cá esse cenário vem mudando e hoje percebemos que os produtos de origem biológica vêm ganhando mercado. Isso é demonstrado pelo crescente número de registro de produtos de baixo impacto para controle de pragas”, explica a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa, Edilene Soares.

    Em relação aos produtos químicos, foi registrado um fungicida com ingrediente ativo Tiafenacil, que é inédito no Brasil.

    Este produto é um novo herbicida, muito usado em procedimentos adotados no plantio direto, em especial as dessecações pré-plantio e pré-colheita nas culturas agrícolas de algodão, feijão, milho e soja. O ingrediente ativo em questão já está aprovado nos Estados Unidos da América e na Austrália.

    Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país.

    Os novos registros são importantes pois diminuem a concentração do mercado de defensivos e aumentam a concorrência. Isso acaba resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pela Anvisa, pelo Ibama e pelo Mapa, órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, respectivamente, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estiagem preocupa produtores de soja do RS, diz Emater

    O levantamento fechado nesta semana mostra que 47% da área de soja está em floração, fase que exige umidade

    Produtores de soja do Rio Grande do Sul continuam preocupados com os efeitos da estiagem.

    Segundo a Emater, as chuvas recentes foram irregulares e de baixo volume, insuficientes para alterar o quadro de déficit hídrico.

    O levantamento fechado nesta semana mostra que 47% da área de soja está em floração, fase que exige umidade. Outros 32% da área se encontram em germinação e desenvolvimento vegetativo e 21% em fase de enchimento de grãos.

    Para a próxima semana, a previsão é de calor e chuvas expressivas no Rio Grande do Sul.

    “A aproximação de uma nova frente fria provocará chuva, com possibilidade de temporais na Zona Sul, Campanha e Fronteira Oeste”, afirmou a Emater/RS.

    São esperados volumes entre 15 e 20 milímetros em grande parte das localidades do estado.

    No extremo sul, Campanha e Fronteira Oeste, as precipitações oscilarão entre 35 e 50 milímetros e podem superar 60 milímetros em alguns municípios, informou a Emater.

    No que se refere ao milho, a colheita no Rio Grande do Sul atinge 39% da área estimada.

    Do total, 14% da área está em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, 11% em floração, 18% em enchimento de grãos e 18% em fase de maturação, afirmou a Emater. Quanto às lavouras de arroz, 47% estão em floração, 30% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 20% em enchimento de grãos e 3% em maturação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • China assume o posto de principal destino das exportações brasileiras de milho

    Em janeiro, foram vendidas 983.684 toneladas do cereal para o país asiático

    A China se tornou o principal destino das exportações brasileiras de milho em janeiro. No período, o país superou importadores tradicionais do cereal do Brasil, como Japão, Irã e Espanha. Os dados comerciais revisados foram divulgados pelo governo federal na última semana.

    O Brasil vendeu 983.684 toneladas para a China neste período, o segundo mês completo de comércio de milho, após as autorizações por parte do governo chinês para as vendas brasileiras do cereal no final de novembro.

    Em valor, as exportações brasileiras de milho para a China totalizaram US$ 271,4 milhões em janeiro. Esse valor representa cerca de 15% do total de US$ 1,773 bilhão exportado pelos produtores rurais do Brasil no mês.

    Exportações de milho além da China

    O Japão, segundo maior comprador de milho do Brasil em volume e o primeiro em valor, pagou US$ 275,2 milhões por 975.858 toneladas.

    Na semana passada, o governo federal também revisou as exportações brasileiras de milho para janeiro, reduzindo a estimativa para 6,16 milhões de toneladas, ante 6,34 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Índice de Commodities do Banco Central cai 2,58% em janeiro

    O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) voltou a cair em janeiro após queda de 2,18% em dezembro.

    O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) voltou a cair em janeiro após queda de 2,18% em dezembro. Segundo o BC, o recuo foi de 2,58% no mês passado, variando de 390,76 pontos para 380,67 pontos.

    Em 12 meses, a redução do IC-Br é de 6,89%. O indicador fechou o ano de 2022 com queda de 1,56%, sem compensar totalmente a alta de 50,72% em 2021.

    Para efeito de comparação, o BC também divulga em seu documento o indicador internacional de commodities, o CRB, que caiu 0,96% em janeiro e tem recuo de 10,27% em 12 meses.

    A queda do IC-Br na margem em janeiro foi puxada pelo componente de energia, com redução de 15,21%. As commodities agropecuárias subiram 0,31% e o segmento de metal mostrou alta de 5,76% no mês.

    A agropecuária no Índice de Commodities

    Em agropecuária estão incluídos itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco. Já o segmento de metal do Índice de Commodities do Banco Central reúne alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel. Por sua vez, em energia estão os preços de gás natural, carvão e petróleo.

    Em 12 meses, todos os componentes do IC-Br registraram resultado negativo. A maior queda foi do segmento de metal, de 19,45%, seguido por agropecuária (-4,68%) e energia (-1,81%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Milho: USDA reduz estoques finais da safra mundial

    Departamento dos Estados Unidos também projeta novos volumes para a soja

    O relatório de oferta e demanda mundial de milho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) para o mês de fevereiro trouxe novos dados relativos à temporada 2022/23 de milho. As novas estimativas para o cereal foram divulgadas na tarde de quarta-feira (8).

    + IPCA tem alta de 0,53% em janeiro. Arroz sobe mais de 3%

    A safra global de milho em 2022/23 foi projetada em 1.151,36 milhão de toneladas, ante 1.155,93 milhão em janeiro. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2022/23 em 295,28 milhões de toneladas, acima das 295 milhões de toneladas previstos pelo mercado e aquém das 296,42 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

    A safra dos Estados Unidos em 2022/23 foi mantida em 348,75 milhões de toneladas. A estimativa de safra brasileira de milho é de 125 milhões de toneladas, mesmo volume indicado no mês passado, enquanto o mercado projetava produção de 125,3 milhões de toneladas.

    A produção da Argentina deve atingir 47 milhões de toneladas, contra as 52 milhões de toneladas indicadas em janeiro, e aquém também das 48,1 milhões de toneladas esperadas pelo mercado. A Ucrânia teve sua projeção de safra de milho mantida em 27 milhões de toneladas. A África do Sul teve a safra mantida em 16,7 milhões de toneladas. A China teve sua estimativa de produção inalterada em 277,2 milhões de toneladas.

    USDA: estimativa para a soja e o milho

    Além do milho, O USDA indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,276 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 116,4 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 49,5 bushels por acre, mantendo as indicações e janeiro.

    Os estoques finais de soja estão projetados em 225 milhões de bushels ou 6,12 milhões de toneladas, contra 210 milhões de bushels de janeiro — 5,71 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 210 milhões ou 5,71 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,230 bilhões de bushels, abaixo da estimativa de janeiro, de 2,245 bilhões. A exportação teve sua estimativa mantida em 1,99 bilhão de bushel.

    O USDA projetou safra mundial de soja em 2022/23 em 383 milhões de toneladas. Em janeiro, a projeção era de 388 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 102 milhões de toneladas, contra 103,5 milhões de toneladas de janeiro. O mercado esperava por estoques finais de 101,6 milhões de toneladas.

    Situação da soja no Brasil, na Argentina e China

    A safra brasileira de soja foi mantida em 153 milhões de toneladas. Enquanto isso, a produção da Argentina foi cortada pelo USDA, de 45,5 milhões para 41 milhões de toneladas. A China, por sua vez, deverá importar 96 milhões de toneladas, mesma previsão indicada no mês anterior.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizantes: agricultor vive momento positivo para compra, aponta Mosaic

    A baixa nos preços dos fertilizantes foi liderada pelos nutrientes ureia, cloreto de potássio e fosfato monoamônico

    O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) alcançou, em janeiro deste ano, o número mais favorável dos últimos 19 meses: fechou em 0,99, ante 1,02 em dezembro e 1,49 em relação ao mesmo mês em 2022. Sempre que o indicador fica abaixo de 1, os agricultores têm uma relação de troca positiva. O indicador é divulgado mensalmente pela Mosaic.

    O resultado do começo do ano se deve a uma maior redução dos preços dos fertilizantes (-2%) em relação ao das commodities agrícolas (-1,5%), além da queda dos custos logísticos internacionais do frete marítimo e da taxação nos portos brasileiros.

    A baixa nos preços dos fertilizantes foi liderada pelos nutrientes ureia, cloreto de potássio e fosfato monoamônico. O mercado brasileiro demandou mais por fosfatados do que o mercado global, enquanto a procura por potássicos ficou estável. A menor demanda global por nitrogenados e a redução do gás natural influenciaram os custos de produção de fertilizantes.

    Atualmente, a atenção do setor está voltada para a safra brasileira, principalmente com o começo da colheita de soja em Mato Grosso (MT). As influências das mudanças climáticas, especialmente com a presença do La Niña, na Argentina e no Sul do Brasil, também estão no radar do mercado de agronegócios.

    Sobre o índice de fertilizantes

    O índice é também ponderado pelo câmbio, que teve variação de 0,8% para baixo no dólar com o cenário político e macroeconômico considerado otimista, com boas perspectivas dos bancos internacionais sobre o mercado mundial.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Plano Safra: liberação de crédito ultrapassa R$ 222 bi em 7 meses

    Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 136,6 bilhões e as contratações para investimentos totalizaram quase R$ 60 bilhões

    O montante do desembolso do crédito rural chegou a R$ 222,8 bilhões no Plano Safra 2022/23, no período de julho/2022 até janeiro/2023.

    Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 136,6 bilhões.

    Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram quase R$ 60 bilhões, as operações de comercialização atingiram R$ 15,6 bilhões e a industrialização, R$ 10,8 bilhões.

    De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 1.234.957 contratos no período de sete meses, sendo 891,7 mil no Pronaf e 150, 6 mil no Pronamp.

    Os valores contratados pelos pequenos e pelos médios produtores foram, respectivamente, de R$ 36,8 bilhões no Pronaf e de R$ 36,3 bilhões no Pronamp, em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização).

    Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos, no dia 3 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

    Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações na magnitude dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • RS é reconhecido pelo Chile como zona livre de aftosa sem vacinação

    A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu em maio de 2021 o Rio Grande do Sul como livre da enfermidade sem vacinação

    A decisão do Chile de reconhecer o Rio Grande do Sul como área livre de febre aftosa sem vacinação abre mercado para a carne produzida no estado, disse nesta segunda-feira (6) o governador Eduardo Leite (PSDB) no lançamento da Expodireto Cotrijal em Porto Alegre.

    “Agora é tarefa de promoção comercial para que a gente consiga trazer para cá recursos que movimentam nossa economia”, disse Leite.

    A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu em maio de 2021 o Rio Grande do Sul como livre da enfermidade sem vacinação.

    A decisão do Chile foi publicada no Diário Oficial do país.

    Segundo o Chile, o reconhecimento valerá enquanto “se mantenham as condições sanitárias, de prevenção e controle implantadas pela República Federativa do Brasil”.

    A avaliação foi confirmada em inspeções feitas pelas autoridades chilenas.

    Em 2022, o Brasil exportou aproximadamente 71.858 toneladas de carne bovina para o Chile, com uma receita de US$ 360,1 milhões, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Movimento quer promover cultivo e uso do sorgo

    Com a coordenação da Embrapa, iniciativa público-privada visa solidificar a imagem do cereal como cultura sustentável

    Uma mobilização perene, sem divisas e fronteiras, voltada para o estímulo ao cultivo e à diversificação de uso e consumo sustentáveis do sorgo nos mais variados segmentos agropecuários e agroindustriais. Esta é a ideia central do “Movimento + Sorgo” estruturado no âmbito da Embrapa, em parceria com a Latina Seeds, e que prevê participação e adesão de empresas e organizações públicas e privadas interessadas no crescimento e no fortalecimento da cultura.

    Em função de seu know-how e participação em outras parcerias (como a Associação Rede ILPF), a Embrapa está coordenando a estruturação do processo de governança e de um fundo de financiamento do movimento (recursos dos parceiros interessados nesta aliança).

    De acordo com as informações da Embrapa, a iniciativa está sendo costurada para lançamento oficial ainda neste ano (2023). Período em que comemoram os 50 anos da Embrapa e que marca também a realização da Conferência Global do Sorgo – Resiliência e Sustentabilidade Diante das Mudanças Climáticas (Global Sorghum Conference – Resiliency and Sustainability in the Face of Climate Change), de 5 a 9 de junho, em Montpellier, na França.

    Dentre as ações projetadas estão as:

    • Alianças estratégicas entre empresas e organizações;
    • Mapeamento da produção;
    • Definição de regiões prioritárias potenciais;
    • Viabilização de recursos entre os parceiros;
    • Canalizados para um fundo de gestão;
    • Estratégias de comunicação e marketing (expedições e caravanas técnicas, canais em mídias sociais, etc.).

    Avanços tecnológicos

    Para o chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Frederico Ozanan Machado Durães, os avanços tecnológicos e o bom momento da cultura no País reforçam ainda mais o movimento:

    “O sorgo é um alimento energético rico, funcional e estratégico para o Brasil. Seu cultivo está em plena evolução no território brasileiro. É altamente responsivo na perspectiva do binômio inovação e mercado e na governança de uma moderna matriz de insumos e produtos. Atualmente, é possível distinguir um cinturão do sorgo granífero no Brasil, um “sorghum belt brasileiro”, sobretudo nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, além do Distrito Federal”.

    Além disso, toda esta mobilização tem como objetivo final potencializar a produção e a disponibilidade de alimentos em diversas cadeias produtivas. Nesse aspecto, o sorgo é compreendido não como uma cultura individual, mas como um agente coletivo para a segurança alimentar.

    O movimento, portanto, não prevê o estímulo do seu uso em detrimento de demais cultivos. Ao contrário, prevê que o sorgo funcione como elemento agregador de valor e de impulsão de produtividade em diversos modelos agropecuários adotados nas propriedades rurais, sobretudo no âmbito tropical, bastante afetado nos últimos anos por episódios climáticos.

    Uma das ofensivas previstas no movimento é o esclarecimento para o produtor de como o sorgo (tanto o granífero quanto o forrageiro) é funcional para a pecuária para ampliar a janela de produção de alimento para consumo do animal durante os meses secos. Isso acontece porque, em geral, ele é mais resistente ao déficit hídrico e apresenta um ciclo de desenvolvimento mais curto do que o milho.

    Portanto, ao invés de substituí-lo, o sorgo é extremamente eficiente para formar uma dobradinha com o milho, para garantir uma oferta maior e de melhor qualidade de silagem e/ou de grãos para servir no cocho.

    Uso do sorgo para outras funções

    O movimento também quer fortalecer outras vertentes de uso da planta, como é o caso do sorgo biomassa (produção de bioenergia – via queima em caldeira), do sorgo sacarino (produção de biocombustível), do sorgo vassoura (produção de vassoura artesanal) e de sua versatilidade para a alimentação humana.

    “O grão do sorgo é uma grande alternativa para se produzir etanol, enquanto sua fibra tem enorme potencial para a geração de energia renovável, sem esquecer seus compostos bioativos, fundamentais para a saúde humana”, observa Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds.

    A idealização do “Movimento + Sorgo” teve como embrião uma proposta de campanha para ampliação do cultivo de sorgo, surgida internamente na Latina Seeds (empresa reconhecida com expertise em sementes de sorgo e de milho) e apresentada a seus colaboradores em 17 de junho de 2022, em Foz do Iguaçu-PR. Posteriormente, constatou-se que não bastava apenas estimular o plantio, mas também outras etapas de cadeia, como o processamento industrial e o consumo final.

    Esse conceito foi levado a potenciais parceiros pessoalmente por Sawa, e acabou recebendo definitivo impulso de viabilização por parte da equipe da Embrapa, que abraçou e ampliou a ideia.Uma das primeiras apresentações do arcabouço do movimento foi feita no último dia 10 de janeiro, pelo pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Frederico Botelho, durante o VII Encontro Nacional da Cultura do Sorgo, promovido (de modo on-line) pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz – Fealq (Piracicaba-SP).

    “Este é um movimento de parcerias. Portanto, convidamos as empresas e organizações interessadas em colaborar na construção e execução deste movimento, para se integrar à Embrapa e à Latina Seeds neste projeto de incentivo à expansão do cultivo e uso do sorgo no Brasil e em outros países”, observou o cientista, avisando que em breve será divulgado o modelo de participação nas parceiras, assim como sua institucionalização.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/