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  • BNDES reabre linhas e anuncia mais crédito rural para safra 22/23

    A reabertura prevê mais R$ 2,9 bilhões em apoio tanto à agricultura familiar (R$ 491 milhões), quanto à empresarial (R$ 2,4 bilhões)

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira (26) a reabertura de de linhas de crédito rural a partir de 1° de fevereiro e, com isso, prevê a liberação de recursos adicionais de 2,9 bilhões de reais para financiamento da safra 2022/23.

    A medida veio após suspensão de protocolos e contratações de novas operações de crédito no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF), no segundo semestre de 2022, em razão do nível de comprometimento de recursos.

    Do total, R$ 491 milhões vão para agricultura familiar e R$ 2,4 bilhões para a agricultura empresarial.

    Segundo o BNDES, os recursos se destinarão aos programas:

    • Programa Crédito Agropecuário Empresarial de Custeio;
    • Programa Crédito Agropecuário Empresarial de Investimento;
    • Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF Custeio, no tocante à linha de crédito com taxa de juros prefixada de até 6% a.a. (seis por cento ao ano) – PRONAF Custeio Faixa II;
    • Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF Investimento;
    • Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – PRONAMP Custeio e Investimento;
    • Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária – Programa ABC;
    • Programa para Construção e Ampliação de Armazéns – PCA;
    • Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária – INOVAGRO;
    • Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido – PROIRRIGA;
    • Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras – MODERFROTA;
    • Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária – PRODECOOP; e
    • Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias – PROCAP-AGRO Giro.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estados têm boa condição de desenvolvimento das lavouras

    As lavouras estão evoluindo de forma similar ou acima da média de desenvolvimento na safra 22/2023, nas principais regiões produtoras do país

    As lavouras estão evoluindo de forma similar ou acima da média de desenvolvimento na safra 22/2023, nas principais regiões produtoras do país, segundo o monitoramento dos cultivos de verão realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    O Boletim de Monitoramento Agrícola, publicado nesta quinta-feira (26), avalia a situação agrometeorológica e o comportamento dos índices de vegetação obtidos a partir de modelos agrometeorológicos e do sensoriamento remoto para mensurar o desenvolvimento das áreas cultivadas em diversos estados produtores.

    O dado mais recente mostra que o índice vegetativo encontra-se acima da safra anterior no norte de Mato-Grosso, no sudoeste do Mato Grosso do Sul e no oeste do Paraná.

    No primeiro estado, a diferença deve-se principalmente ao atraso na implantação das lavouras.

    Já nos dois últimos, a principal causa é o impacto da falta de chuvas no desenvolvimento da safra anterior.

    Da mesma forma, na região do Matopiba (área que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os gráficos de evolução do índice vegetativo também estão indicando um bom potencial produtivo das lavouras de soja e milho na safra atual.

    No sul goiano, o índice indica desenvolvimento vegetativo semelhante ao da safra passada.

    Já no oeste catarinense, apesar do impacto do excesso de chuvas e das baixas temperaturas, que atrasaram a implantação e o desenvolvimento das lavouras no início da safra atual, o índice vegetativo encontra-se próximo da média, indicando uma condição satisfatória no desenvolvimento do milho primeira safra e da soja.

    Em contrapartida, o índice vegetativo encontra-se abaixo da média no noroeste rio-grandense em razão da restrição hídrica.

    Até o momento, os gráficos expressam condições mais positivas comparadas à safra passada, que foi fortemente impactada pela falta de chuvas.

    O estudo é resultado da colaboração entre a Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que fornecem dados pesquisados em campo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtores de arroz diversificam negócio para viabilizar lavouras

    Culturas como soja e milho vem mostrando bons resultados em terras baixas e ajudam a equilibrar os custos da propriedade

    Os preços abaixo do esperado pelo produtor de arroz nos últimos anos levaram os arrozeiros do Rio Grande do Sul a investirem na diversificação da lavoura.

    Culturas como soja e milho vem mostrando bons resultados em terras baixas e ajudam a equilibrar os custos da propriedade.

    Rio Grande do Sul produz cerca de 70% do arroz brasileiro e tudo na metade sul.

    Segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), a cultura que chegou a ocupar 1,7 milhão de hectares na safra 2010/11, soma apenas 862 mil hectares neste ciclo.

    A área de arroz caiu 10% e a de soja aumentou 100 mil hectares, chegando a 500 mil hectares sobre a área de arroz.

    O estudo dos cultivos em terras baixas acontece há décadas mas só recentemente ganhou força.

    Nos últimos anos, no estado, é cada vez mais comum o arroz conviver com lavouras de soja.

    O cultivo de soja na várzea, em terras baixas, vem mostrando a viabilidade produtiva.

    Se plantar a oleaginosa na mesma área que produz arroz irrigado antes era inimaginável, hoje é fundamental para cobrir os custos e viabilizar o grão.

    “A baixa rentabilidade do setor arrozeiro é o que está empurrando o produtor de arroz para outros grãos”, explica Alexandre Velho, presidente da Federarroz.

    A soja tem preço mais estável e produção também já que a propriedade tem irrigação que vem de uma barragem feita pelos produtores e o milho também vem se configurando como boa alternativa podendo entrar em rotação ou sucessão de culturas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Tecnologia do foscálcio orgânico é aprovada para uso no Brasil

    Confira as recomendações sobre a nutrição de bovinos com fósforo na entrevista com a doutora em zootecnia Sabrina Coneglian, gerente de pecuária no Brasil da Mosaic Fertilizantes

    A tecnologia do foscálcio recebeu certificação orgânica no ano passado no Brasil pela empresa Mosaic Fertilizantes,  uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados.

    fósforo é um nutriente essencial para os seres vivos, incluindo os bovinos. Sabia que o mesmo o melhor pasto não é capaz de suprir a necessidade do boi desse nutriente? A doutora em zootecnia Sabrina Coneglian detalhou sobre uma boa suplementação de fósforo para o gado.

    “O fósforo é um mineral essencial. Sem ele não há vida”, diz a especialista.

    Além disso ela, que é gerente de pecuária no Brasil da Mosaic Fertilizantes, pontuou as vantagens da adubação de pastagens.

    Certificação orgânica do foscálcio

    fosfato bicálcico, comercialmente chamado de Foscálcio, acaba de obter certificação para uso em nutrição orgânica para animais.

    A solução é uma matéria-prima considerada como fonte padrão de fósforo para misturas minerais utilizadas em nutrição animal, pois é rico em minerais de alto valor nutricional, o que favorece a performance produtiva.

    Com o selo, emitido pelo Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural (IBD), a empresa poderá fornecer o insumo a produtores de nutrição orgânica para nutrição animal, que possuem como premissa utilizar somente matérias-primas certificadas.

    Fontes de inovadoras de fósforo

    Atualmente uma das grandes fontes de fósforo para a alimentação do gado é justamente a que também possui cálcio em sua composição.

    É chamado de fosfato bicálcico ou foscálcio. Ele é de origem inorgânica e são as fontes mais biodisponíveis.

    Tanto o fósforo como o cálcio são os dois elementos mais abundantes no organismo, podendo representar até 3% do peso de um bovino.

    O que acontece quando há deficiência de fósforo no boi?

    Não é por menos a importância do elemento nos bovinos. Ele é responsável pela formação dos ossos, dentes e também compõe e forma o rúmen.

    “Os microorganismos que estão no rúmen do bovino são formados por fósforo, e eles dependem deste nutriente para seu bom desempenho. Por isso o nutriente deve estar na ração e no sal mineral dos animais”, diz

    Se há deficiência do nutriente, é o sistema ósseo do animal que mais será atingido. Isso pode comprometer o bom crescimento do bovino e sua engorda.

    Também pode enfraquecer os dentes, o que, consequentemente, leva a uma má digestão.

    Adubação de pastagens contra o aquecimento global

    Além de formulações desenvolvidas para uma nutrição animal eficiente, a Mosaic Fertilizantes fornece aos pecuaristas uma linha completa de soluções para pastagens.

    Recentemente, a companhia divulgou os resultados de um estudo realizado em campo com MPasto Nitro, que registrou redução de 30% na emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) na comparação com outros fertilizantes tradicionais disponíveis no mercado.

    A redução de emissão de GEEs é um dos grandes pilares da pecuária brasileira nos próximos anos e hoje há inúmeras tecnologias que vão ajudar nesse sentido.

    Fonte: https://www.girodoboi.com.br/

  • Milho: Brasil tem melhor dezembro da história para exportações

    O elevado ritmo de vendas se repete neste início de ano. Apenas nos 15 primeiros dias úteis de janeiro, os embarques já chegam a 4,2 milhões de toneladas

    As vendas de milho para o mercado externo atingiram recorde para o mês de dezembro. Ao todo foram exportadas 6,41 milhões de toneladas do cereal — melhor desempenho para o período na série histórica, superando, inclusive, dezembro de 2015 com exportações que chegaram a 6,27 milhões de toneladas. É o que mostra a nova edição do boletim AgroConab, publicado na terça-feira (24), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    O elevado ritmo de vendas se repete neste início de ano. Apenas nos 15 primeiros dias úteis de janeiro, os embarques já chegam a 4,2 milhões de toneladas, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O volume, ainda parcial, já supera em 54% o registrado em todo mês de janeiro de 2022.

    “O elevado volume exportado em dezembro já conta com 1,1 milhão de toneladas com destino para a China, o que melhora as perspectivas de comercialização do cereal para o continente asiático neste ano”, pondera o superintendente de estudos de mercado e gestão da oferta da Conab, Allan Silveira.

    De acordo com a publicação, as vendas elevadas em 2022 e início deste ano seguem pressionando os preços do cereal no mercado interno devido aos menores níveis dos estoques de passagem do grão. Além disso, o corte na produção para a temporada 2022/23, tanto na primeira safra brasileira quanto na estimativa de colheita nos Estados Unidos, devem colaborar para cenários de alta das cotações, principalmente no primeiro semestre.

    Milho e soja

    No caso da soja, o boletim da Conab também aponta para um viés de alta nos preços no mercado doméstico ao longo de 2023, influenciados pelo mercado internacional da oleaginosa. O aumento nas cotações internacionais é explicado, principalmente, pelos problemas climáticos de seca registrados na Argentina. A expectativa é que a produção na safra 2022/23 varie entre 35,5 a 41 milhões de toneladas, conforme a Bolsa de Cereales, podendo registrar uma nova quebra no vizinho.

    “A estimativa de exportações brasileiras de soja também deve ser elevada” — Allan Silveira

    “Com a quebra de safra na Argentina, o Brasil deve continuar com fortes exportações de farelo e óleo de soja em 2023. Além disso, a possibilidade de elevação do percentual de 10% para 15% de biodiesel ao diesel, deve manter os esmagamentos elevados. A estimativa de exportações brasileiras de soja também deve ser elevada, dando assim, sustentação aos preços nacionais”, ressalta o superintendente da companhia.

    Trigo: preços em queda

    Para o trigo, o movimento é contrário, com queda nos preços no mercado interno. A produção recorde registrada no país, com cerca de 9,7 milhões de toneladas colhidas em 2022, impacta na maior oferta do produto no mercado, o que leva à redução registrada. “No entanto, a quebra da safra argentina e a questão do câmbio podem minimizar a pressão baixista”, explica a analista de mercado da Conab, Flávia Starling.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Importação de fertilizantes: Brasil diminui volume, mas bate recorde em desembolso

    Produtores brasileiros compraram menos insumos em 2022, mas com preços bem mais elevados

    Em cinco anos, o desembolso de produtores rurais brasileiros com a importação de fertilizantes saltou quase 200%. Assim, foi de US$ 8,59 bilhões, em 2018, para US$ 24,76 bilhões em 2022.

    Dessa forma, o ano passado foi responsável por estabelecer um novo patamar no quesito desembolso anual com a importação de fertilizantes. A saber, superou em mais de 9 bilhões de dólares o então recorde, de 2021, quando os valores empenhados ficaram na casa dos US$ 15,14 bilhões.

    Apesar de o desembolso ter crescido de um ano para o outro, o volume de insumos importados pelo Brasil caiu. Isso porque em 2021 as compras somaram 41,55 milhões de toneladas. No ano passado, contudo, o total foi de 38,19 milhões de toneladas de fertilizantes.

    “Aumentou o custo de produção, uma das grandes dores do agronegócio” — Giovani Ferreira

    Ou seja: em 2022, o Brasil pagou mais caro para, no fim das contas, ter um volume menor de fertilizantes. Essa questão foi destacada pelo diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira. Ele falou sobre o assunto na edição desta semana do boletim ‘AgroExport’.

    “Com volume 8% menor, nós desembolsamos 60% a mais. Gastamos quase US$ 25 bilhões para comprar menos fertilizantes”, disse Ferreira ao participar do telejornal ‘Mercado & Companhia’ desta terça-feira (24). “Aumentou o custo de produção, uma das grandes dores do agronegócio”, prosseguiu o apresentador do ‘AgroExport’.

    Importação de fertilizantes: perspectivas para 2023

    Ao informar que, até 2021, o preço médio da tonelada de fertilizantes era negociada por volta de US$ 350,00, Giovani Ferreira lembrou que o valor quase dobrou em 2022,. Dessa forma, fechou o ano com média de negociação na casa dos US$ 600,00. Com esse patamar, ele avisou: os insumos seguirão afetando os custos de produção do agronegócio brasileiro na atual safra.

    Mesmo assim, a importação de fertilizantes pelo Brasil começou aquecida em 2023. Nesse sentido, Ferreira informou, ao conversar com a apresentadora Pryscilla Paiva, que o Porto de Paranaguá (PR) descarregou a maior carga de fertilizantes de sua história na semana passada.

    “Foram 73 mil toneladas em uma única carga. Isso é um navio Panamax completo”, afirmou o diretor de conteúdo do Canal Rural. Por fim, apontou que o caso de Paranaguá não é isolado. Ressaltou, todavia, que o Brasil deve registrar neste mês o mesmo volume de importação de fertilizantes de janeiro de 2022. “Sinal de que o mercado está aquecido”, enfatizou.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Plantio evolui no Rio Grande do Sul, mas efeitos da estiagem se agravam

    A última semana foi de chuvas irregulares no Rio Grande do Sul. Com isso, o plantio de soja e milho evoluiu

    A última semana foi de chuvas irregulares no Rio Grande do Sul. Com isso, o plantio de soja e milho evoluiu, mas os efeitos da estiagem se agravam a cada dia.

    No arroz, algumas áreas já começaram a formação de grãos.

    De acordo com o boletim da Emater, a região de Passo Fundo recebeu 84 mm, enquanto na metade sul do estado não choveu e as temperaturas variaram muito, entre 13 °C e 40 °C.

    Com isso, a semeadura de culturas como soja e milho evoluiu um pouco em relação à semana anterior.

    Na soja, 98% da área estimada já foi plantada. No oeste e na região central do estado, a situação é crítica.

    Muitas lavouras dependem da chuva para se recuperarem, com plantas baixas e folhas secando.

    Mas também há lavouras em boas condições e de coloração bem verde, o que mostra a má distribuição da umidade.

    Na região sul, a soja na várzea tem bom desenvolvimento. Por isso a produtividade deve variar bastante até dentro do mesmo município, alguns produtores têm perdas de 20%.

    O granizo também afetou lavouras no centro sul. O estado registrou o primeiro caso de ferrugem asiática em uma lavoura da cidade de Coxilha, na região norte.

    Milho e arroz

    No milho, as lavouras recém implantadas foram beneficiadas pela chuva, principalmente em áreas de sucessão ao tabaco, mas as que estão em ciclo mais avançado não sentiram o efeito da umidade.

    Em Bagé, na fronteira oeste, há perdas de 40% e o milho deve ser cortado para alimentação animal.

    Em Erechim, 20% das lavouras foram colhidas e a produtividade não deve passar de 6 mil kg/ha.

    Na metade sul, municípios como Capão do Leão e Santana da Boa Vista têm perdas consolidadas em 90%.

    No arroz, 5% da área já está na formação de grãos.

    O calor e os dias secos ajudam no desenvolvimento da cultura e a sanidade das plantas é boa.

    Na região de Uruguaiana, há algumas dificuldades na irrigação com reservatórios baixos das barragens. Nesta semana o preço da saca subiu e chegou a R$ 89,19.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Com supersafra de soja, Brasil deve exportar 93 mil de ton em 2023

    Produção de farelo é indicada em 40,05 milhões de toneladas em 2023, subindo 4%. Consultoria também fez outras projeções

    Diante da perspectiva de colher a maior safra de soja da história, estimada em mais de 153 milhões de toneladas, a expectativa é de que os embarques brasileiros do grão também atinjam números superlativos, assim como o esmagamento.

    As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 93 milhões de toneladas em 2023, acima dos 78,9 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado, e indica um aumento de 18% entre uma temporada e outra.

    A consultoria indica esmagamento de 52 milhões de toneladas em 2023 e de 50 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 4% entre uma temporada e outra. Em novembro, a estimativa era de 50 milhões de toneladas. Safras indica importações de 100 mil toneladas para 2023, com queda de 76% sobre 2022.

    Demanda total de soja

    Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 16%, passando para 157,198 milhões de toneladas. A demanda total está projetada pela consultoria em 148,5 milhões de toneladas, crescendo 12% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 133%, passando de 3,72 milhões para 8,698 milhões de toneladas.

    Safras & Mercado trabalha com uma produção de farelo de soja de 40,05 milhões de toneladas em 2023, subindo 4%. As exportações deverão cair 3% para 19,8 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 19 milhões, aumentando 6%. Os estoques deverão subir 56% para 3,48 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja deverá aumentar 4% para 10,6 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,8 milhão de toneladas, com queda de 31%. O consumo interno deve subir 16% para 8,9 milhões de toneladas. Já o uso para biodiesel deve aumentar 19% para 5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 16% para 408 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Plantas daninhas resistentes: Embrapa e Bayer desenvolvem estratégias de combate

    Atividades estão sendo desenvolvidas em diferentes regiões, em lavouras de milho, trigo, soja, algodão e em pastagens; dados foram reunidos em plataforma que traz dados espaciais sobre ocorrência de invasoras

    Pesquisadores da Bayer e da Embrapa estão avaliando sistemas produtivos como estratégias de resiliência para o manejo de plantas daninhas resistentes a herbicidas. As atividades estão sendo desenvolvidas em diferentes regiões brasileiras, em lavouras de milho, trigo, soja, algodão e em pastagens, desde 2017.

    Os dados coletados foram reunidos em uma plataforma que traz dados espaciais sobre a ocorrência de plantas daninhas. Um dos objetivos do trabalho é divulgar e fortalecer o conceito da resistência e dos seus diferentes tipos, para que o produtor entenda como é importante fazer um manejo mais adequado do problema.

    Além de gerar informações sobre a presença de plantas daninhas em lavouras de diferentes estados , o projeto buscou caracterizar os sistemas de produção que contribuem para o manejo de plantas daninhas. A ideia é mostrar para o produtor que, se o investimento em insumos for feito da forma correta, valerá a pena e não causará prejuízos na rentabilidade da lavoura.

    O trabalho foi estruturado em ações específicas. A primeira foi o levantamento das espécies existentes e a caracterização da resposta de herbicidas nas populações das plantas daninhas, para detectar a resistência ou não. Em seguida, foram montados experimentos para o desenvolvimento de estratégias de manejo e de prevenção da resistência.

    Presença da resistência a herbicidas

    O primeiro passo foi coletar e selecionar as sementes de plantas daninhas que sobreviveram à aplicação de herbicidas. “As sementes com quantidade suficiente foram levadas para reprodução nas unidades da Embrapa e, em seguida, colocadas para germinar e emergir. Com as plantas dessas sementes germinadas, foram realizadas triagens (screening) com diferentes herbicidas para identificação da
    resistência ou da suscetibilidade”, relata o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Décio Karam, líder do projeto.

    Para aferir a resistência, os pesquisadores seguiram uma metodologia internacional. “Porque pode haver um nível alto ou baixo de resistência ao herbicida. Para o nível mais alto, a dose para causar o efeito é maior. Após determinada dose de resposta, definimos o fator de resistência”, informa o pesquisador.

    “Com esses dados do screening e da coleta, nós desenvolvemos os mapas de presença da resistência ou da suscetibilidade das espécies por região no Brasil. Então, o sistema de manejo pôde ser diferenciado em cada município, em função da presença ou não da resistência”, diz Karam.

    Os pesquisadores estão também monitorando as novas espécies que têm sido questionadas sobre resistência, que são o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e o caruru (Amaranthus hybridus), além das que já eram estudadas. Foram testados 15 herbicidas em 2.050 amostras, em 6.232 screenings.

    Pesquisa com plantas daninhas

    As áreas foram avaliadas de acordo com os investimentos no uso de herbicidas: baixo, médio e alto investimento. “A variação dos custos dos inputs (insumos) é estabelecida pelo número de mecanismos de ação de herbicidas que se coloca no sistema de produção. Ou seja, com poucos mecanismos de ação de herbicidas, um grupo maior de herbicidas e um alto grupo”, conta o pesquisador Décio Karam.

    Os mecanismos de ação e aplicação dos herbicidas são ajustados em função da região e do sistema de produção utilizado. “Temos os inputs para os diferentes sistemas produtivos: soja-trigo, soja-milho, soja-algodão e soja-azevém”.

    “Nosso padrão de baixo investimento é só com a utilização de dois mecanismos de ação de herbicidas, basicamente com glifosato e atrazine. Observamos que nas áreas de baixo investimento sempre ocorreu maior infestação, com exceção do experimento na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, pois aqui na nossa área não há a presença da resistência. Contudo, após quatro anos, já podem ser verificadas plantas muito esparsas no campo por causa da sobra da aplicação dos herbicidas”, diz.

    A pesquisa está instalada desde a safra de 2018, com o trigo, e em 2019, com a soja. Foram avaliadas a presença das plantas daninhas resistentes e a eficácia dos tratamentos com os diferentes níveis de ação.

    “Nos sistemas avaliados, nós vimos o quanto se gastou de herbicida, e quanto o produtor teve de retorno financeiro. Ao longo de quatro anos, mesmo fazendo um alto investimento, houve maior lucratividade e melhor qualidade do produto. Assim, mesmo investindo muito no sistema de produção e com maior número de mecanismos de ação utilizados, há um retorno econômico comparado ao produtor que faz uso de baixo investimento para o manejo de plantas daninhas resistentes aos herbicidas”, afirma Karam.

    Segundo ele , a eficácia dos diferentes tipos de manejo está sendo avaliada por meio do banco de sementes de plantas daninhas no solo. Com essa informação e a análise das plantas emergidas, está sendo analisada a dinâmica populacional em função dos sistemas produtivos e do investimento no manejo com herbicidas.

    Segundo ele, além disso, há efeitos indiretos, como diminuição do banco de sementes de plantas daninhas no solo e redução da porcentagem de participação da planta daninha resistente na população de plantas daninhas da área.

    “Com isso, aumenta a sustentabilidade do sistema produtivo. Depois de quatro anos, constatamos que precisamos de um trabalho de longa duração na área, pois a resistência não é um efeito imediato no sistema e sim a consequência de vários anos de manejo”, diz Karam.

    Esses trabalhos estão sendo realizados em parceria entre oito Centros de Pesquisa da Embrapa e a Bayer, em duas áreas no Mato Grosso, duas áreas em Minas Gerais, três áreas no Rio Grande do Sul e duas áreas no Paraná. Participam a Embrapa Algodão, Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Soja, Embrapa Territorial e Embrapa Trigo.

    “O objetivo agora é estender a pesquisa por um período maior de tempo para demonstrar, realmente, a diferença dos manejos de plantas daninhas empregados. Queremos mostrar, onde não havia a ocorrência visível da resistência, quanto tempo o produtor irá demorar para perceber o problema na área”, comenta Karam. Plataforma de dados geoespaciais sobre resistência de plantas daninhas.

    Todo esse trabalho de campo realizado gerou um banco de dados inéditos sobre a resistência ou suscetibilidade de plantas daninhas a herbicidas. Essas informações estão disponíveis publicamente em uma plataforma on-line desenvolvida pela Embrapa, que permite visualizá-las no mapa do Brasil, bem como na forma de gráficos.

    O usuário pode fazer diferentes filtros para consultar as ocorrências: ano, tipo de cultura, tipo e espécie de planta daninha, herbicida, mecanismo de ação e tipo de resistência. Os resultados podem ser exibidos em mapas de pontos ou de calor. No primeiro tipo de mapa, ao clicar sobre um ponto, são exibidas três informações sobre a ocorrência: espécie de planta daninha, herbicidas resistentes e mecanismos de resistência.

    Outro recurso da plataforma é adicionar camadas que mostram as áreas cultivadas na safra 2018/2019 com alguns dos principais produtos agrícolas do país:  algodão, arroz, cana-de-açúcar, milho, soja e trigo.  Assim, pode-se ter uma ideia do impacto do problema para cada uma dessas culturas.

    À frente desse trabalho, o pesquisador Júlio Bogiani, da Embrapa Territorial, avalia que, ao fornecer subsídios para analisar a ocorrência de plantas daninhas resistentes ou suscetíveis a herbicidas no território nacional, a plataforma favorece o entendimento dos métodos químicos de controle e das alternativas de manejo. A expectativa é que as análises dela derivadas contribuam para direcionar a pesquisa agropecuária e as ações dos órgãos de defesa fitossanitária.

    Transferência de tecnologia para a sociedade

    Para Daniel Nigro, gerente de Soluções Agronômicas da Bayer, o grande foco desse projeto de parceria é disponibilizar informações que são geradas com os resultados das estratégias de manejo integrado e de mapeamento de forma objetiva e inteligível para o público em geral.

    “Queremos divulgar e fomentar as estratégias do manejo integrado de plantas daninhas principalmente no controle da resistência e na evolução da resistência”, informa.

    “Com isso, queremos mostrar aos produtores, acadêmicos, pesquisadores e agricultores que o investimento necessário para a adoção das estratégias de manejo integrado de plantas daninhas se paga no longo prazo”, declara, ao explicar que as vantagens não se devem somente às questões financeiras e de produtividade, mas também ao processo de desacelerar a evolução de populações de plantas daninhas resistentes aos herbicidas.

    “Por isso, queremos fazer com que as informações científicas geradas sejam transmitidas à sociedade de maneira objetiva e clara, de fácil entendimento, que ajude a aumentar a adoção dos manejos integrados de plantas daninhas pelos agricultores brasileiros’, diz o executivo da Bayer.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Custos de produção tiveram deflação de 9,55% em 2022

    A queda está associada a oferta de fertilizantes no mercado interno pelo receio de que o conflito entre Ucrânia e Rússia pudesse gerar escassez

    Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) acumulou uma deflação de 9,55% em 2022.

    Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) registrou alta de 10,36% no mesmo período.

    Os dados foram divulgados pela Farsul nesta segunda-feira (23).

    A queda do IICP está associada a oferta de fertilizantes no mercado interno pelo receio de que o conflito entre Ucrânia e Rússia pudesse gerar escassez do produto no Brasil, que é essencialmente importador da matéria-prima.

    A retração da taxa cambial média também influenciou no resultado pelo fato da maioria dos insumos virem de fora do país, fazendo com que os custos tenham forte influência do câmbio.

    O resultado acaba por trazer um cenário que não acontecia desde 2019, onde o IICP retrai enquanto o IPCA registrou alta de 5,79% em 2022.

    Em relação aos preços recebidos pelos produtores, a alta está vinculada aos valores atingidos por alguns produtos que compõem o IIPR, especialmente o trigo.

    Isso mesmo com a estabilidade e até mesmo queda de outros produtos na comparação com o ano anterior.

    Mesmo assim, o indicador ficou abaixo do IPCA Alimentos que fechou 2022 com alta de 11,64%.

    Isso demonstra que os preços ao consumidor cresceram mais do que aos produtores, comprovando o descolamento entre os valores praticados nas gôndolas e dentro das porteiras.

    E que o aumento dos preços é um reflexo do processo inflacionário enfrentado pelo país nos diversos produtos e serviços da economia.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/