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  • Sementes de alto vigor proporcionam aumento do desempenho das lavouras de soja

    Pesquisas revelam que uma lavoura de soja com sementes de alto vigor tem ganho de 10% a 15% em produtividade

    Sementes de soja de alto vigor podem proporcionar ganhos de produtividade entre 10% e 15%. Segundo especialistas, além de um bom desempenho de germinação em uma situação normal, o vigor auxilia em situações de estresse hídrico.

    Estudo realizado pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Soja, José de Barros França Neto, identificou que no Brasil 55% das sementes comercializadas apresentam vigor médio ou baixo.

    “Qual é a vantagem de uma semente vigorosa? Mesmo com muita tecnologia aplicada, não é incomum o agricultor errar a profundidade da semente na hora do plantio. Uma semente de baixo vigor não irá vencer uma camada de solo de seis, sete centímetros. Já a semente de alto vigor consegue vencer. Uma semente de alto vigor aguenta uma seca de dez dias, claro tratando ela com um fungicida adequado. Uma de baixo vigor em dois ou três dias deteriora”, explica o pesquisador.

    Índice deve igual ou superior a 90%

    Conforme metodologia utilizada pelos pesquisadores da Embrapa Soja, uma semente considerada de vigor muito alto apresenta índice igual ou superior a 90%; alto, entre 85% a 89%; médio, entre 75% a 84%; e baixo, igual ou inferior a 74%.

    “Uma semente com vigor promove um bom desempenho de germinação em uma situação normal, mas também em situações de estresse. Se produz uma planta de alto desempenho agronômico, sistema radicular mais robusto e parte aérea com boa estrutura de produção”, diz França Neto.

    Outro ponto destacado pelo pesquisador da Embrapa Soja é quanto ao processo fotossintético. Ele pontua que em sementes vigorosas o processo começa mais cedo e é eficiente, com taxa de crescimento das plantas, maior acúmulo de matéria seca, plantas com maior área foliar e melhor sistema radicular, maior capacidade de produção de vagens e sementes e aumento do rendimento de grãos.

    Clima é uma das preocupações de produtores

    A safra 2022/23 trouxe preocupação para os sojicultores, em especial da região Centro-Oeste, com a falta de chuva durante o plantio, o que prejudicou a germinação das plantas. Registros de máquinas paradas na expectativa do volume hídrico ideal, bem como casos de replantio, chegaram a ser constatados.

    Com mais de quatro décadas de história, a ATTO Sementes a cada ciclo busca proporcionar para os produtores o que há de melhor em termos de sementes de alta performance, tanto que conta com o IPA. Um índice exclusivo calculado a partir de algoritmos, cruzando vários testes e baseado principalmente em vigor.

    “O IPA foi criado para facilitar a vida do agricultor. Com ele, o agricultor não precisa fazer testes para regular suas plantadeiras e tem altíssima precisão no estande. Isso só foi possível devido aos altos índices de vigor entregues pela ATTO, nosso IPA médio nas últimas 3 safras é de aproximadamente 96% o que significa que de cada 100 sementes que entregamos, 96 se tornarão plantas de alta performance e produtividade”, explana Marcelo Laurente, diretor comercial da ATTO.

    De acordo com a ATTO Sementes, há mais de 10 anos é realizado por ela um trabalho a campo em propriedades localizadas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. A empresa comenta que no último ano, tecnologia produzida por ela obteve média de 3,1 sacas por hectare a mais do que mesma cultivar da semente concorrente, este resultado é 53% superior ao resultado obtido nos três primeiros anos.

    “Aqui na ATTO Sementes estamos sempre em busca de evolução para entregar cada vez mais valor aos nossos clientes”, frisa Marcelo Laurente.

    Entre as inovações da empresa mato-grossense, Marcelo Laurente comenta que os produtores podem contar com o Sistema Plantha, que que ajuda no planejamento de compra mais preciso, evitando faltas ou sobras expressivas de sementes.

    Há ainda o Escud, uma tecnologia de tratamento industrial de sementes da ATTO que garante uma excelente cobertura e dosagem correta de ingrediente ativo nas sementes, tendo várias opções de receitas para a escolha do agricultor, sendo que duas delas chamadas Escud C, são soluções completas com fungicida, inseticida, nematicida, inoculante, CoMo e grafite, para que o agricultor possa abrir a embalagem e plantar, otimizando sua logística.

    “O agricultor que compra ATTO Sementes tem seu risco de replantio reduzido devido o vigor de nossas sementes. Entretanto, quando ocorrem acidentes e o agricultor precisa replantar, ele pode contar com o sistema Protege, disponibilizado, sem custo adicional, pela ATTO Sementes”, afirma o diretor comercial da ATTO. A inovação visa atender qualquer acidente na fase de implantação da lavoura. Caso necessite de replantio, a empresa garante a reposição das sementes.

    O produtor Ismael Gorgen, do Tocantins, depois de uma seca agressiva perdeu 700 hectares, mas pode contar com o Protege. “Ele é ótimo, não tenho nem o que falar. A ATTO é a única empresa que faz isso, é bom demais”, contou.

    Já Paulo Ricardo de Godoi, de Goiás, passou por uma situação inversa, com chuva pesada após o plantio. “O sistema Protege é uma ferramenta boa. O que me chamou a atenção foi a rapidez com que atenderam meu chamado”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Novo pneu que roda 500 mil km é feito de casca de arroz e óleo de soja

    Modelo fabricado pela Goodyear possui 90% de materiais ecológicos, trazendo o agro cada vez mais presente em inovações sustentáveis

    A Goodyear apresentou um modelo de pneu com 90% de materiais sustentáveis em sua composição. O produto já passou por todos os testes para circular nas ruas e estrada e deve estar disponível comercialemnte ainda neste ano.

    Ao todo, são 17 ingredientes utilizados na fabricação. O novo pneu apresenta quatro tipos de carbono que são produzidos a partir de matérias-primas de metano, dióxido de carbono, óleo vegetal e óleo de pirólise.

    Segundo a empresa, essas tecnologias visam emissões reduzidas, circularidade e o uso de carbonos de base biológica, ao mesmo tempo em que oferecem melhor desempenho. A estimativa é que ele seja capaz de rodar até 500 mil km, muito acima dos 60 mil km de vida útil dos tradicionais.

    Óleo de soja e casca de arroz

    óleo de soja tem papel de destaque no novo modelo da fabricante, já que ajuda a manter o composto de borracha do pneu flexível em mudanças de temperatura. O derivado do grão é um recurso de base biológica que ajuda a reduzir o uso de produtos provenientes de petróleo.

    O composto é obtido porque, enquanto quase 100% da proteína de soja é usada em aplicações de alimentos e de ração animal, sobra um excedente significativo de óleo disponível para uso em aplicações industriais.

    Já a sílica é um ingrediente frequentemente usado em pneus para ajudar a melhorar a aderência e reduzir o consumo de combustível. O novo pneu inclui uma sílica produzida a partir de resíduos de casca de arroz, um subproduto do processamento do cereal que geralmente é descartado e colocado em aterros sanitários.

    A Goodyear informa, também, que o poliéster utilizado no novo modelo não é à base de petróleo. A alternativa sustentável foi adotar resinas biorrenováveis de pinheiro.

    Pneu ajuda a economizar combustível

    O modelo também foi testado para ter menor resistência ao rolamento quando comparado aos tradicionais. Isso significa que o produto tem potencial para oferecer maior economia de combustível e uma menor emissão de carbono.

    No ano passado a Goodyear apresentou um pneu feito com 70% de material sustentável. Agora, a ideia é que esse novo modelo, que já está com a sua base de fornecedores sendo trabalhada, comece a ser vendido em 2023.

    A empresa lembra que para trazer o produto sustentável para o mercado, há necessidade de maior empenho da base de fornecedores para identificar a escala necessária de uso dos materiais inovadores em grandes volumes.

    Com esse e outros projetos, a empresa continua em busca de introduzir o primeiro pneu 100% sustentável na indústria até 2030.

    Atualmente, oito linhas de produtos e alguns pneus de corrida da marca incluem óleo de soja na composição.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estiagem: 76 municípios estão em situação de emergência

    O governo do Rio Grande do Sul informou que vai atualizar o plano de enfrentamento à estiagem

    Rio Grande do Sul tem 76 municípios em situação de emergência por causa da estiagem desde dezembro de 2022, segundo dados mais recentes da Defesa Civil do Estado.

    O número cresceu na semana, ante as 34 cidades que haviam decretado situação de emergência até a quarta-feira (4).

    Do total, 16 tiveram a situação de emergência homologada pelo governo do estado e outras nove foram reconhecidas pela União.

    O reconhecimento da situação pelo Estado permite aos municípios receberem ajuda humanitária, enquanto que com a chancela da União as prefeituras podem receber recursos para enfrentar a seca.

    O reconhecimento estadual da situação de emergência possibilita também que os produtores rurais acionem o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

    Na safra passada, ciclo 2021/22, 426 municípios gaúchos decretaram situação de emergência, enquanto 417 obtiveram reconhecimento da situação de emergência pela União.

    Plano de enfrentamento à estiagem

    O governo do estado confirmou, durante a primeira reunião de 2023 do Fórum Permanente de Combate à Estiagem, que realizará um plano atualizado de enfrentamento à estiagem.

    O projeto, ainda sem data definida, será apresentado ao governador Eduardo Leite pelos secretários estaduais que tratam do assunto.

    A informação foi dada pelo secretário da Casa Civil, Artur Lemos, durante o encontro, que teve a participação de outros representantes do governo e de entidades ligadas ao agro.

    “Alguns pontos prioritários levados em conta para elaborar o novo plano é o combate à fome e ao desabastecimento de água, assim como a distribuição de cestas básicas e a aquisição, por parte do governo, de produtos da agricultura familiar em cestas básicas, para fomentar a produção das famílias do campo. Outros tópicos que vamos trabalhar é reforçar os investimentos do programa Avançar e dar mais celeridade aos projetos que já estão em andamento”, detalhou Lemos.

    No fórum, também foram debatidas propostas que amenizem os efeitos econômicos e sociais desencadeados pela falta de chuva no Rio Grande do Sul.

    Entre as proposições, estão questões relacionadas ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 1 mil para famílias de pequenos agricultores, a construção de novas cisternas, recursos para a manutenção e ampliação do número de caminhões-pipa para o abastecimento humano, financiamento com juros subsidiados e renegociação de dívidas, entre outros.

     Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Vacas leiteiras: saiba por que a nutrição é crucial para a fertilidade

    A maioria dos problemas reprodutivos ocorre não só devido a genética, mas sim ao mau manejo dos animais, prejudicando a produção de leite

    Nos últimos anos, houve um declínio acentuado em todo o mundo no desempenho reprodutivo de vacas leiteiras devido à seleção inadequada, aumento do tamanho do rebanho, manejo inadequado e nutrição abaixo do ideal.

    E por trás de tudo está uma ênfase desequilibrada na produção de leite. A conclusão é de Colleen Engelbrecht, nutricionista de ruminantes da DSM Nutrition and Health.

    Engelbrecht explicou que, para aliviar o impacto dos baixos preços do leite, os produtores têm se concentrado cada vez mais na produção ao selecionar a genética leiteira.

    Infelizmente, isso tem negligenciado a reprodução, a longevidade e as características de saúde. O resultado é que muitos animais acabam sendo abatidos por problemas reprodutivos e de fertilidade antes de atingirem a terceira lactação e poderem começar a gerar dinheiro para a fazenda.

    Problemas

    A nutricionista enfatizou, no entanto, que a genética é apenas parte do problema. A maioria dos problemas reprodutivos ocorre devido ao mau manejo e “coisas que dão errado na fazenda”. Ela culpou o “tamanho cada vez maior das fazendas” visando melhorar as economias de escala.

    “A desvantagem desses grandes rebanhos é que os agricultores gastam menos tempo verificando seus animais por causa de suas crescentes responsabilidades de manejo, tornando-os mais dependentes da equipe da fazenda e da tecnologia para detectar problemas.

    “Ter rebanhos maiores também torna mais difícil detectar problemas subclínicos e evitar que eles fiquem fora de controle. A prevenção e o tratamento precoce são sempre a melhor opção, pois é mais barato, mais eficaz e melhor para o bem-estar animal do que medidas curativas”.

    Outros culpados incluem detecção de cio ineficiente, técnica de inseminação artificial inadequada, baixa qualidade do sêmen, risco de doenças e, principalmente, má nutrição.

    “O intervalo entre partos é prolongado como um subproduto negativo das práticas mencionadas acima. Isso se deve em detrimento da produção eficiente de vacas ao longo da vida”, explicou ela. As doenças que afetam a fertilidade incluem doenças metabólicas, como cetose e febre do leite; distúrbios/doenças reprodutivas, como distocia (parto difícil, retenção de placenta, metrite, endometrite e mastite); e distúrbios não reprodutivos, como laminite e doenças que reduzem o apetite no período de transição.

    Nutrição pobre

    É o problema da má nutrição, no entanto, que é o foco principal de Engelbrecht. Inclusive, ela é a primeira a admitir que desenvolver uma ração que atenda aos requisitos de uma vaca em diferentes estágios de produção é muito mais fácil falar do que fazer.

    A nutricionsita lembrou que durante uma de suas palestras na University of the Free State, os alunos identificaram mais de 630 fatores que influenciam as necessidades dietéticas de uma vaca. Isso, disse ela, ilustra claramente a importância de consultar um nutricionista ou dietista animal ao desenvolver rações para animais.

    Ao formular uma ração, o nutricionista estuda as necessidades dos animais. A seguir, estabelece o que está disponível na fazenda e o que deve ser comprado para atender a essas necessidades de maneira econômica.

    É fácil, disse ela, culpar as especificações da ração quando ocorrem problemas. Contudo, a má nutrição geralmente se deve a outros fatores. Como a ração é misturada e armazenada, mudanças na composição nutricional dos ingredientes ao longo do tempo, gerenciamento do banco de ração e como a está o estado das rações.

    Regras de ouro para vacas

    Para Engelbrecht, existem quatro regras de ouro que regem a boa nutrição das vacas.

    A primeira é que o almoço tem de ser regrado e bem nutritivo.

    “Poupar comida se traduzirá em deficiências ou escassez nutricional, ou excesso de suprimento de nutrientes, o que, por sua vez, levará a problemas de saúde e afetará negativamente a produção de leite e a reprodução”, alertou.

    Em segundo lugar, ao avaliar a eficiência de um sistema de alimentação, não ajuda focar nos ingredientes, mas no que foi deixado de fora.

    “Qualquer [erro], seja a omissão de um ingrediente ou uma má prática de gerenciamento, irá alcançá-lo com o tempo”, disse ela.

    Ao todo, 46 ​​minerais desempenham um papel na nutrição das vacas, e é improvável que um agricultor veja qualquer diferença na saúde animal se os minerais forem alimentados com 100% das necessidades.

    “No entanto, pequenas deficiências, desequilíbrios ou outros problemas resultarão em imunidade reduzida, tornando os animais mais suscetíveis a doenças. Essas doenças, infelizmente, raramente são [atribuídas] a problemas nutricionais”. À medida que o desequilíbrio ou deficiência aumenta, o crescimento e a fertilidade também reduzem.

    “Infelizmente, os desequilíbrios e deficiências minerais geralmente só são identificados como fonte de problemas quando já é tarde. Aí leva o dobro do tempo para consertar e fica muito caro”, explica.

    Em terceiro lugar, a análise de alimentação não precisa ser 100% precisa.

    “Existem muitos modelos e ferramentas para informar as exigências nutricionais das vacas. O segredo é escolher um sistema que funcione para sua fazenda.”

    E, por último, acrescentou, não há mágica envolvida no desenvolvimento de rações. Tudo tem base na matemática e ciência.

    Reprodução

    Engelbrecht enfatizou que a alimentação tem um impacto em todos os aspectos da reprodução. Isso se refere tanto a superalimentação quanto a subalimentação têm um efeito negativo na ovulação, resultando em problemas de fertilidade. Ela acrescentou que uma boa reprodução começa com o nascimento de um bezerro saudável uma vez por ano.

    “Para retornos ótimos, o ideal é uma lactação de 305 dias, com um período seco de 60 dias entre eles.”

    Para conseguir isso, as vacas devem conceber entre 60 e 85 dias após o parto. O período coincide com o momento em que estão no pico da produção.

    “O desafio aqui é que a condição corporal é mais baixa nesta fase da produção, pois a ingestão de matéria seca ainda não havia se recuperado. A vaca, na verdade, está em uma curva de energia negativa, o que significa que as reservas corporais precisam ser usadas para suportar a ovulação”, explicou ela.

    Condição corporal

    Para determinar se uma vaca está ou não em boas condições, um fazendeiro pode usar a pontuação da condição corporal, que envolve a avaliação da cabeça da cauda e áreas do lombo do animal de acordo com uma escala de cinco pontos. Uma vaca com uma cavidade profunda ao redor da cabeça da cauda e uma área óssea do lombo é muito magra e pontuará 0.

    No outro extremo, um animal com gordura enterrada na cabeça da cauda e dobras de tecido adiposo no lombo, de modo que os ossos fiquem escondidos, é grosseiramente gordo e pontuará 5.

    Para garantir reservas de energia suficientes e, com efeito, boa saúde e fertilidade, uma vaca deve ter uma condição corporal de pelo menos 3,5 quando seca e não perder mais de um ponto durante os primeiros 60 dias em leite. Uma vaca que perde mais atingirá apenas um terço de seu potencial reprodutivo.

    Outro perigo, explicou Engelbrecht, é a memória metabólica. Uma vaca que está em más condições por muito tempo terá dificuldade em conceber, mesmo que bem alimentada.

    Vacas: desenvolvimento fetal

    Engelbrecht disse que, embora 70% do crescimento fetal ocorra durante o final da lactação, muitos fazendeiros “negligenciam” suas vacas durante esse período, enviando-as para a savana e não dando alimentação ou suplementos adicionais para manter sua condição.

    Além disso, alguns fazendeiros intencionalmente alimentam menos suas vacas, pois querem bezerros pequenos ao nascer para evitar complicações. Esta abordagem geralmente sai pela culatra. No entanto, as vacas que estão em boas condições geralmente têm menos problemas de parto do que as subalimentadas ou subnutridas.

    Essas práticas também ameaçam o desenvolvimento fetal, alertou Engelbrecht.

    “Se o feto não se desenvolver de maneira ideal e expressar padrões normais de desenvolvimento de órgãos e tecidos, inclusive no pulmão, cérebro, coração e órgãos reprodutivos, a qualidade e a composição desses órgãos mudarão. Um bezerro negligenciado durante o desenvolvimento fetal não atingirá todo o seu potencial de produção e nunca alcançará [os outros bezerros]. Não importa o que seja feito mais tarde durante o desenvolvimento fetal ou após o nascimento, o dano nunca pode ser totalmente corrigido.”

    Por fim, a superalimentação durante esse estágio também afetará o desenvolvimento fetal, acrescentou ela. Quando as vacas estão muito gordas, o feto se torna “programado” para usar os nutrientes em um nível de eficiência diferente. Com efeito, os bezerros se alimentarão com mais avidez, terão menos músculos e mais gordura e estarão propensos a desenvolver diabetes.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Seca preocupa, mas problema parece localizado, avalia IBGE

    A seca no Rio Grande do Sul preocupa em relação a seus efeitos sobre a produção de grãos mas, este ano, o problema parece mais ‘localizado’

    seca no Rio Grande do Sul preocupa em relação a seus efeitos sobre a produção de grãos mas, este ano, o problema parece mais ‘localizado’ em comparação com o ocorrido no verão passado.

    A afirmação foi realizada nesta quinta-feira, 12, por Carlos Barradas, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

    Na safra passada, a seca na Região Sul provocou uma quebra na produção de soja, com um tombo de 11,4% ante 2021.

    “Ano passado (no verão de 2021 para 2022) foi ‘sui generis’. (Na safra atual) Estamos esperando alguma perda lá (no Rio Grande do Sul), mas temos de aguardar para ver e não deverá ser da forma que foi em 2022. Dizem que o (fenômeno climático) La Niña deste ano será mais fraco. Ano passado, a seca foi até o Paraná e pegou Mato Grosso do Sul”, afirmou Barradas.

    Com a seca mais localizada, o IBGE continua projetando um novo recorde de produção na safra atual – a safra de 2022 já havia sido recorde, apesar da quebra na produção de soja.

    O terceiro e último Prognóstico da Produção Agrícola, divulgado junto com o LSPA de dezembro nesta quinta-feira (12), projeta produção de 296,209 milhões de toneladas em 2023, um salto de 12,6% em relação ao resultado de 2022.

    Segundo Barradas, além do fato de a seca deste verão estar mais localizada no Rio Grande do Sul, outros fatores sustentam a projeção de recorde.

    Um deles é que a estiagem restrita ao extremo sul afeta menos a segunda safra de milho – que responde pela maior parte da produção total nacional -, já que os produtores gaúchos destinam a segunda colheita para ração animal.

    Mais importante, as cotações internacionais dos grãos estão elevadas. “Os preços estão muito bons. Como estão muito bons, o produtor amplia a área”, afirmou Barradas.

    Além disso, com exceção do Rio Grande do Sul, na maior parte das regiões produtoras, o regime de chuvas começou dentro do esperado, no início da primavera.

    Com isso, não há previsão de problemas relacionados à janela de plantio do milho de segunda safra, que entra nas mesmas áreas destinadas à soja no verão.

    Segundo Barradas, isso significa que, apesar das incertezas inerentes ao comportamento do clima meses à frente, as condições estão dadas para uma boa segunda safra de milho.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil consome 70% do milho produzido, diz diretor-técnico da Abramilho

    Políticas públicas e compras antecipadas são alternativas de garantia do cereal para criadores e usinas de etanol

    Com uma produção total de milho estimada em 125,8 milhões de toneladas na safra 2022/23, o Brasil deve consumir 70% e exportar 30%. Na avaliação da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), o país necessita de uma equalização na distribuição do cereal.

    O diretor-técnico da Abramilho, Daniel Rosa, entrevistado desta quinta-feira (12) do programa Direto ao Ponto, afirma que o Brasil é um país superavitário quanto ao milho, conseguindo tanto atender a sua demanda interna quanto a externa.

    Ele salienta que as cerca de duas milhões de toneladas de milho importadas da Argentina e do Paraguai é “pouco perto de uma produção perto de 126 milhões de toneladas”.

    De acordo com o diretor-técnico da Abramilho, o que falta são ajustes serem realizados quanto a distribuição do cereal no mercado interno, como é o caso de um estoque público para pequenos granjeiros e a prática da aquisição antecipada por parte dos grandes produtores e integrados da indústria.

    “Para o produtor [de milho] é muito bom ele plantar já sabendo para quem ele vai vender e quanto vai receber. Não pode ser igual ao produtor de leite que depois que vender é que vai descobrir por quanto”.

    Outro ponto considerado importante para o equilíbrio da distribuição interna do milho é quanto a infraestrutura, em especial a ligada ao escoamento, principalmente para as regiões sul e nordeste, grandes consumidoras, a um preço acessível.

    Cigarrinha do milho ainda preocupa

    Uma das preocupações para a safra 2022/23 de milho, além do clima e preços, é quanto a cigarrinha do milho, que de acordo com Daniel Rosa, segue pressionando o setor.

    “Na safra passada 11 estados tiveram a presença da cigarrinha. Esse ano o Rio Grande do Sul começou a ter uma presença forte já no início da primeira safra. Goiás também. Mas, os produtores estão ficando mais conscientes. Estão fazendo o controle mais cedo”, diz o diretor-técnico da Abramilho.

    Apesar da conscientização dos produtores, Daniel Rosa reforça a necessidade de monitoramento constante.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • IBGE estima safra recorde de grãos em 2023

    A estimativa final para a safra de 2022 totalizou 263,2 milhões de toneladas, sendo 3,9% maior que a obtida em 2021

    O terceiro prognóstico do Instituto Brasileiro e Geografia (IBGE) para a safra 2023 mostra que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 296,2 milhões de toneladas, um recorde da série histórica, com alta de 12,6% (ou 33,1 milhões de toneladas) ante 2022. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e foram divulgadas na manhã desta quinta-feira (12).

    Essa alta na produção deve-se ao crescimento na soja (24,1% ou 28.835.920 toneladas), no milho 1ª safra (16,2% ou 4.126.973 toneladas), no milho 2ª safra (2,5% ou 2.132.992 toneladas), no algodão herbáceo em caroço (1,3% ou 53.907 toneladas), no sorgo (5,3% ou 150.261 toneladas) e no feijão 1ª safra (3,7% ou 40.302 toneladas).

    A estimativa final para a safra de 2022 totalizou 263,2 milhões de toneladas, sendo 3,9% maior que a obtida em 2021 (253,2 milhões de toneladas). Ante à previsão anterior, houve alta de 501.137 toneladas (0,2%). Arroz, milho e soja responderam por 91,4% da produção e 87,0% da área colhida.

    Para a soja, a estimativa de produção de 2022 foi de 119,5 milhões de toneladas; para o milho, de 110,2 milhões de toneladas (25,4 milhões de toneladas na 1 safra e 84,7 milhões de toneladas na 2); para o arroz, de 10,7 milhões de toneladas; para o trigo, de 10,0 milhões de toneladas; e, para o algodão (em caroço), de 6,7 milhões de toneladas.

    Grãos em 2022: altas em boa parte do Brasil, informa o IBGE

    A estimativa para 2022 teve altas anuais em quatro regiões: Centro-Oeste (12,2%), Sudeste (13,4%), Norte (10,0%) e Nordeste (10,4%) e negativa para a Sul (-14,5%). Quanto à variação mensal, houve aumento na região Sul (0,8%); estabilidade no Sudeste (0,0%), Nordeste (0,0%) e Centro-Oeste (0,0%), e declínio no Norte (-0,2%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Consultoria revisa safra de soja e de milho para baixo

    Falta e irregularidades das chuvas na Região Sul do país motivou a diminuição das estimativas. Ainda assim, safra brasileira deve ser recorde

    A AgResource Brasil revisou as estimativas de produção de soja e milho para a safra 2022/23. As novas projeções vêm em linha com a melhor mensuração das expectativas de rendimentos da oleaginosa e da primeira e segunda safra de milho devido as interferências climáticas até o momento.

    Para a soja, a estimativa de produção foi reduzida praticamente pela falta e irregularidades das chuvas na Região Sul do país, que trouxe queda na produtividade de estados como o Rio Grande do Sul e Paraná. Com isso, a produção nacional foi indicada em 152,96 milhões de toneladas, redução de 0,39%.

    A produção brasileira da atual safra de soja deve adicionar 27,5 milhões de toneladas a mais em relação ao produzido na safra passada. A AgResource Brasil adiciona que o volume recorde a ser produzido no Brasil é mais do que o suficiente para compensar as perdas produtivas projetadas para a Argentina devido ao tempo seco no país.

    De acordo com a Bolsa de Cereais de lá, entre cenários moderado e pessimista, espera-se produção de no mínimo 35,5 milhões de toneladas de soja e 37,8 milhões de toneladas de milho, mas podendo ainda trabalhar com números acima de 40 milhões para ambas as culturas, caso as chuvas melhorem nos próximos dias.

    Queda mais acentuada para o milho

    No milho, a área da 1ª safra foi alterada em alguns estados, totalizando 4,42 milhões de hectares, redução de 1,53%. Foram realizados ajustes nas produtividades, principalmente para os estados do Sul do Brasil para primeira e segunda safra, também devido à falta de chuvas e atraso no plantio.

    Com isso a produção total nacional foi indicada em 125,01 milhões de toneladas, redução de 2,09% frente a última estimativa.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizantes: poder de compra do produtor melhora em dezembro

    O valor de dezembro dos fertilizantes foi o menor para o ano, tornando os adubos mais atrativos para os produtores rurais

    O poder de compra do produtor rural brasileiro em relação a fertilizantes aumentou em dezembro de 2022 na comparação com o mês anterior, refletindo o recuo de 6%, em média, do preço dos adubos no mês, segundo levantamento da Mosaic Fertilizantes.

    A companhia calcula a relação entre fertilizantes e commodities agrícolas por meio do Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), que considera os preços dos adubos e das commodities em dólar.

    Em dezembro, o IPCF ficou em 1,03, ante 1,1 de novembro, números que mostram que os adubos estão mais acessíveis para os produtores.

    A Mosaic aponta que houve redução, especialmente, dos nitrogenados, enquanto as cotações dos fosfatados ficaram firmes com a retomada da demanda brasileira e estoques mais ajustados.

    “Assim, os produtores rurais têm uma relação de troca e uma rentabilidade positiva. Esse cenário se deve à combinação de uma ligeira redução nos preços dos fertilizantes, associado com a apreciação das commodities, na média de quase 1% na comparação com novembro, com recuperação de preços liderada pela cana-de-açúcar, de 2%”, explica a empresa.

    Do lado das commodities, a Mosaic apontou que a soja ficou praticamente estável em relação ao ano passado.

    “Com um aumento de 0,02% em um cenário de boas expectativas de demanda chinesa, ainda que o plantio na América do Sul venha apontando para uma safra muito boa e com bastante oferta de produto. O milho manteve uma leve alta de 0,3%”, apontou. .

    O valor de dezembro foi o menor para o ano, tornando os adubos mais atrativos para os produtores rurais, segundo os dados da Mosaic. Na comparação anual, o IPCF também recuou ante o 1,68 reportado em dezembro de 2021.

    Fertilizantes

    O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes (fosfato monoamônico, superfosfato simples, ureia e cloreto de potássio) e de commodities agrícolas.

    Conforme a empresa, o cálculo do IPCF considera as principais culturas brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão. O índice também é ponderado pela variação do câmbio no período analisado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: produção brasileira deve ultrapassar 153 milhões de toneladas

    Volume consta em levantamento divulgado nesta semana pela consultoria Agroconsult

    A Agroconsult projetou, nesta quarta-feira (11), produção de soja do Brasil em 2022/23 de 153,4 milhões de toneladas, aumento de 18,7% ante o ciclo anterior. O número foi divulgado na entrevista coletiva de lançamento da “20ª edição do Rally da Safra”. Esta é a primeira projeção oficial divulgada para a temporada, mas, em outubro, em evento da B3, a consultoria havia indicado potencial produtivo de 153,5 milhões de toneladas.

    A Agroconsult estima área plantada de 43,2 milhões de hectares com soja, 3,9% acima de 2021/22. A produtividade média, por ora, está projetada em 59,2 sacas por hectare.

    Mato Grosso, o principal estado produtor da oleaginosa no país, deve colher 60 sacas por hectare em 2022/23, ante 61,2 sacas/ha na temporada anterior. O Paraná, por sua vez, deve atingir rendimento de 61,5 sacas/ha, contra 38,2 sacas/ha um ano antes. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul deve atingir 51,5 sacas/ha, superando os 27 sacas/ha da safra 21/22.

    RS preocupa na produtividade da soja

    O Rio Grande do Sul é a maior preocupação desta safra, segundo a equipe da Agroconsult. Isso porque o estado registrou atraso no plantio. Por isso, as lavouras gaúchas durante período mais seco em dezembro ainda não estavam em período crítico para potencial produtivo, como ocorreu no ciclo anterior. “Já temos perdas de produtividade, precisa de mais chuvas para consolidar 51,5 sacas/ha”, disse o coordenador-geral da expedição, André Debastiani.

    “É uma safra novamente sob influência do La Niña, com volume de chuvas mais baixo que o normal” — André Debastiani

    Segundo ele, a perspectiva é de uma safra boa “apesar dos desafios pela frente”, como a regularização das chuvas em janeiro e fevereiro. “É uma safra novamente sob influência do La Niña, com volume de chuvas mais baixo que o normal, a diferença (ante 2021/22) foi a distribuição um pouco mais uniforme”, afirma.

    Conforme Debastiani, o cenário melhor em 2022/23 em termos de distribuição das precipitações nas áreas produtoras “tem feito toda a diferença”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/