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  • Preços dos derivados lácteos recuam em agosto

    Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista recuaram no mês de agosto, revertendo a trajetória de alta

    Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista recuaram no mês de agosto, revertendo a trajetória de alta iniciada em fevereiro deste ano, de acordo com boletim da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

    O mercado spot também registrou forte queda na comparação com julho.

    “O enfraquecimento da demanda, que foi atenuado pela alta de preços dos derivados lácteos ao consumidor em junho e julho, somado ao aumento da oferta na região Sul e incremento das importações, acabaram causando essa queda”, diz a empresa, acrescentando que outro fator para esse movimento foi o endurecimento das negociações com varejistas, que acabou levando a uma baixa nas cotações no mercado atacadista.

    A Embrapa apurou que no mês passado o preço do leite ao produtor registrou aumento na comparação com julho, atingindo recorde nas cotações.

    Para o pagamento de setembro, todos os Conseleites (associação civil, regida por estatuto e regulamentos próprios, que reúne representantes de produtores rurais de leite dos Estados e de indústrias de laticínios) indicaram movimentos de baixa, em linha com o observado no mercado atacadista e spot.

    As quedas variaram entre 5,1% em Minas Gerais e 14,8% no Rio Grande do Sul, conforme o boletim.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Agricultor aumenta produtividade da soja em 9,5% com práticas conservacionistas

    Produtor de São Jorge do Ivaí, no Paraná, também conseguiu menor pressão de ervas daninhas e aumento de matéria orgânica no solo

    Qual é o caminho para produzir mais soja em uma mesma área? Este foi o questionamento que levou Gustavo Paes Corazza, produtor em São Jorge do Ivaí (PR), a investir em práticas conservacionistas em sua propriedade.

    Não apenas o plantio direto, que já é feito há mais de 30 anos na fazenda, mas a adesão de um conjunto de manejos no pré-plantio o ajudou a melhorar o perfil biológico do solo e aumentar a produtividade da oleaginosa em alguns talhões para quase 9,5% acima da média da fazenda na última safra 21/22.

    Corazza faz parte da 3ª geração da família, que cultiva 500 hectares de soja (verão) e 450 hectares de milho (inverno). Com o foco em aumentar a produtividade de forma sustentável, ele buscou intensificar nos últimos cinco anos o acúmulo de matéria orgânica, quando começou a consorciar a braquiária com o milho. Há três anos, decidiu direcionar a lavoura do grão à alta produtividade, diminuindo a área de milho safrinha para poder fazer rotação de cultura.

    “Além de plantar a braquiária, comecei a usar mix de plantas de coberturas, que servem de adubação verde e ciclagem de nutrientes”, explica.

    O desafio era corrigir o solo para uma agricultura mais moderna, pensando na parte biológica e física, e tornando a lavoura mais resiliente às alterações no clima, cada vez mais instável na região.

    Matéria orgânica no solo traz ganhos já a curto prazo

    Em 2020, Corazza entrou no PRO Carbono, programa da Bayer voltado a agricultores dispostos a ampliar seu potencial produtivo e aumentar o sequestro de carbono no solo a partir da intensificação de práticas agronômicas sustentáveis.

    Assim, o produtor intensificou as práticas já adotadas com foco no aumento de matéria orgânica no solo, investindo em agricultura de precisão, aprimorando por meio de análises e recomendações o consórcio e a rotação de cultura na fazenda, com o apoio de uma consultoria oferecida pelo projeto.

    Com isso, notou que no começo do desenvolvimento das culturas, especialmente no milho onde há consórcio com braquiária, a diferença é visível entre as áreas em que há adoção de práticas agronômicas conservacionistas.

    Com a adoção de braquiária e mix de cobertura, a melhora na qualidade do solo e o aumento de produtividade foram visíveis na propriedade já nos primeiros anos. “Decidimos investir em matéria orgânica, porque isso é hoje um dos principais fatores de aumento de produtividade na lavoura. Foi aí que decidimos lançar mão de técnicas pensadas a longo prazo, mas que já mostram resultados no ano seguinte”, explica o produtor.

    Regulação de temperatura para a soja

    O manejo gera um microclima diferenciado. “Onde tem braquiária, a temperatura do solo é amena, porque a palhada mantém o solo úmido e evita a evaporação da água”, acrescenta.

    Outro ganho é na parte interna do solo, uma vez que a braquiária tem a capacidade de aumentar a matéria orgânica abaixo da superfície por possuir raízes profundas, que aeram o solo e ajudam a infiltrar a água da chuva.

    “Isso é importante porque nosso solo é argiloso e tende a ficar compactado. No talhão que fazemos mix de cobertura, há maior ciclagem de nutrientes, o que resulta num grão com peso maior durante a colheita. No pré-plantio sofremos uma menor pressão de ervas daninhas”, afirma.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Drones detectam doenças precocemente

    “Estamos tentando desenvolver soluções e ferramentas robustas, rápidas, precisas e operacionais”

    Na última década, a pesquisa agrícola tornou-se cada vez mais avançada, em grande parte devido aos veículos aéreos não tripulados, também conhecidos como drones. Na South Dakota State University, os drones foram integrados a uma variedade de atividades de pesquisa, mas sem dúvida foram os mais impactantes na pesquisa agrícola.

    Maitiniyazi Maimaitijiang, professor assistente do Departamento de Geografia e Ciências Geoespaciais, vem trabalhando em conjunto com outros membros do corpo docente para realizar pesquisas agrícolas relacionadas a drones nos últimos anos, especificamente em relação ao diagnóstico precoce de estresse hídrico das culturas, deficiência de nutrientes, saúde e doença das culturas: principais ameaças à segurança alimentar e estimativas de rendimento das culturas.

    “Estamos tentando desenvolver soluções e ferramentas robustas, rápidas, precisas e operacionais para detectar e diagnosticar o estresse hídrico das culturas, deficiência de nutrientes e saúde e doenças das culturas, especialmente a detecção precoce”, disse Maimaitijiang. “Estamos tentando desenvolver alguns novos algoritmos usando satélites, drones, inteligência artificial, diferentes tipos de informações, para detectar isso antes que os sintomas se tornem visíveis. Porque uma vez que se torne visível, o controle pode ser tarde demais.”

    Uma vez que a doença se torna visível no nível da folha, até mesmo a pulverização pode se tornar inútil, disse Maimaitijiang. Anteriormente, o método tradicional de detecção de doenças nas plantações era trabalhoso e demorado, exigindo horas e horas de coleta de dados tediosa em acres e acres de campos. A tecnologia dos drones criou um método mais eficiente e confiável de detecção de doenças nas plantações. Embora ainda não seja uma ciência perfeita, o aprendizado profundo avançou no campo do processamento digital de imagens, que combinado com a tecnologia de drones alimentou a pesquisa agrícola nos últimos anos.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • PIB do Brasil cresce 1,2% no 2º trimestre; agropecuária sobe 0,5%

    Entre os produtos agrícolas, cujas safras são significativas no segundo trimestre, a soja (-12,0%) e o arroz (-8,5%) apresentaram decréscimo na estimativa de produção anual e perda de produtividade

    De abril a junho, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% frente ao primeiro trimestre deste ano, na série com ajuste sazonal. O Termômetro CMA previa alta de 0,75%. O maior crescimento foi da indústria (2,2%), seguida pelos serviços, que avançaram 1,3%. A agropecuária, por sua vez, expandiu 0,5% no período.

    O crescimento na indústria se deve aos desempenhos positivos de:

    • 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos;
    • 2,7% na construção;
    • 2,2% nas indústrias extrativas;
    • 1,7% nas indústrias de transformação.

    Nos serviços, apresentaram resultados positivos: outras atividades de serviços (3,3%), transporte, armazenagem e correio (3,0%), informação e comunicação (2,9%), comércio (1,7%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,4%) e atividades imobiliárias (0,3%). Houve queda no grupo de em administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,8%).

    PIB cresce 3,2% frente ao 2º trimestre de 2021

    Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB brasileiro cresceu 3,2% no segundo trimestre de 2022. O Termômetro CMA previa alta de 3%. O valor adicionado a preços básicos teve alta de 3,6% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios avançaram 1,6%.

    agropecuária caiu 2,5% em relação a igual período de 2021. Entre os produtos agrícolas, cujas safras são significativas no segundo trimestre, a soja (-12,0%) e o arroz (-8,5%) apresentaram decréscimo na estimativa de produção anual e perda de produtividade. Já o milho e o café apontaram crescimento em 2022, estimado em 27,0% e 8,6%, respectivamente. Já as estimativas da pecuária deram uma contribuição positiva ao desempenho da agropecuária no segundo trimestre, com destaque para os bovinos.

    Queda da soja foi frustrante, diz analista

    A frustração da safra de soja pressionou o PIB da agropecuária no segundo trimestre de 2022, que apresentou queda de 12,0% frente ao primeiro trimestre de 2022. A avaliação é do diretor da consultoria MB Agro, José Carlos Hausknecht. “A quebra de safra de soja no verão pesou sobre o desempenho do PIB no período”, diz.

    O analista afirma que “um resultado ruim já era esperado pelo mercado, e que está dentro das expectativas, dando sequência ao desempenho inferior dos últimos 4 trimestres, com o PIB da agropecuária negativo em 5,5%.

    Segundo Hausknecht, o segundo semestre do ano deve ser melhor, com o milho, que deve ter uma safra recorde na temporada, puxando o PIB para cima. “Deve melhorar com certeza. Há uma produção significativa de milho vindo por aí.”

    A pecuária também tende a contribuir com um bom desempenho do PIB no restante do ano, de acordo com Hausknecht. “Tivemos uma inversão no ciclo pecuário, com maior abate de fêmeas e aumento na produção. Isso deve ajudar a recuperar o PIB. A produção de frango também está sendo elevada”, avalia.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Ovinos: setor articula expansão do rebanho no Brasil

    O objetivo das associações é de viabilizar um plano sanitário nacional para que o criador possa exportar os ovinos com mais facilidade

    Uma das características da Expointer é a presença dos ovinos. Nesta edição são mais de 890 animais de 15 raças selecionadas. O grande avanço na pesquisa e desenvolvimento em genética é o destaque deste ano.

    Segundo o IBGE, o rebanho gaúcho de ovinos concentra 4 milhões de cabeças. Assim ele é o segundo estado com maior quantidade de animais no Brasil, atrás apenas da Bahia que comporta 4,5 milhões de cabeças.

    Ovinos

    Na Expointer participam cerca de 160 cabanhas e 892 animais que passam pelo julgamento de raças. São apresentados os animais referência em genética de cada raça, tanto na exposição quanto nas provas. Após isso, selecionam aqueles com o melhor desempenho genético. Segundo a Associação brasileira de Criadores de Ovinos, o setor está expandindo na pesquisa genética e seleção. O objetivo principal da ovinocultura no estado é a produção de carne,.

    Dados do último censo agro do IBGE mostram que o efetivo do rebanho ovino no país cresceu 3% em 2020 em relação a 2019, passando de 19,7 milhões para 20,6 milhões de cabeças. Para a arco, o Brasil tem potencial de ser o centro da atividade em âmbito mundial. A associação vem articulando junto ao Ministério da Agricultura a expansão global do setor.

    De acordo com Edemundo Ferreira Gressler, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, o objetivo é de viabilizar um plano sanitário nacional para que o criador possa exportar os ovinos com mais facilidade.

    Valor alto

    Uma das ovelhas expostas na feira, da raça Texel, foi arrematada em julho deste ano por 96 mil reais. Ela tem esse valor agregado por conta da genética diferenciada de desenvolvimento precoce. Depois da Expointer, ela irá para o Paraná em uma central de coleta de embriões para que possa iniciar a distribuição dos genes dentro da cadeia produtiva.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtividade de soja e milho do Brasil sobe em 20 anos

    A rentabilidade, porém, não supera a dos principais países concorrentes

    As produções de soja e de milho avançaram significativamente no mundo todo no decorrer dos últimos 20 anos, com taxas de crescimento de 3,7% e 3,6% ao ano, respectivamente, no período.

    O Brasil, os Estados Unidos e a Argentina são os principais produtores de soja e, juntos, respondem por mais de 80% da produção mundial. Dentre os principais produtores da oleaginosa, o Brasil se destaca como o país que apresentou a maior taxa de crescimento da produção nessas últimas duas décadas, registrando aumento de 5,9%. Enquanto isso, os EUA avançaram 2,7%, e a Argentina, 1,6% ao ano.

    Nesse período, o Brasil deixou o posto de segundo maior produtor de soja para ocupar o primeiro lugar no ranking mundial, quando, na safra de 2001/02, a produção brasileira somou aproximadamente 52 milhões de toneladas.

    Vinte anos depois, na temporada 2021/22, a média é de 122 milhões de toneladas, conforme dados da Conab (2022). Já a produção de soja dos EUA somou 75 milhões de toneladas na safra 2001/02 e 120,7 milhões de toneladas na 2021/22. A Argentina manteve o posto de terceiro maior produtor mundial, produzindo cerca de 35,5 milhões de toneladas na safra 2001/02 e 43,4 milhões na 2021/22.

    Produção de milho

    No caso do milho, os principais países produtores são Estados Unidos, China, Brasil e Argentina, que, juntos, respondem por 68% da produção mundial. Os EUA e a China foram os países com as maiores participações na produção mundial de milho nos últimos 20 anos, quando, somados, contribuíram com mais de 300 milhões de toneladas entre as safras 2001/02 e 2021/22.

    O Brasil também contribuiu para o aumento da oferta mundial, quase triplicando sua produção no período, que passou de 44,5 milhões em 2001/02 para 116 milhões de toneladas em 21/22.

    A produção de milho da Argentina subiu de 15,5 milhões para 55 milhões de toneladas, um aumento de quase 3,5 vezes no período. Em termos de taxa de crescimento nesses últimos 20 anos, os Estados Unidos registraram alta de 2,1% ao ano; a China, de 4,9%; o Brasil, de 5,6%; e a Argentina, de 6,9%.

    Competitividade de soja e milho

    A partir desse panorama de produção, foram analisadas as competitividades desses principais países produtores de soja e milho. Para avaliar o desempenho de cada país, foram considerados os valores médios — das últimas cinco safras — de duas fazendas típicas de:

    • Argentina (Oeste de Buenos Aires e Zona Norte de Buenos Aires);
    • Brasil (Sorriso e Cascavel);
    • Estados Unidos (Iowa e Dakota do Sul);
    • Ucrânia (Oeste da Ucrânia e Poltova).

    Os sistemas produtivos considerados na análise foram soja e milho primeira safra, exceto para o Brasil, que possui duas safras e para o qual foram considerados soja primeira safra e milho segunda safra.

    Custo de produção de soja

    O custo operacional efetivo (COE) médio da produção de soja nas duas regiões argentinas foi calculado em US$ 269,3 por hectare. Em seguida vêm as regiões ucranianas, com US$ 315,5/ha; as norte-americanas, com US$ 508,3/ha; e as brasileiras, com US$ 551,7/ha.

    “Dentre os principais países produtores de soja, o Brasil foi o que teve o maior custo de produção, que foi o dobro do da Argentina, 1,75 vez maior que o da Ucrânia e 7,8% superior ao dos EUA no período avaliado”, afirma a equipe do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

    Em termos de quantidade produzida, o COE médio das regiões argentinas ficou em US$ 79 por tonelada. Em seguida vem o das regiões ucranianas, de US$ 134,7/t; o das brasileiras, de US$ 158,1/t; e o das norte-americanas, de 162,4/t.

    “Nesse contexto, nota-se que a competitividade brasileira melhorou em relação à dos EUA, devido à sua maior produtividade média. No caso do Ucrânia, a competitividade diminuiu por conta da menor produtividade média. Vale ressaltar que o maior custo de produção no Brasil se deve ao alto custo de fertilizantes, defensivos agrícolas, sementes, diesel e manutenção preventiva das máquinas e mão de obra”, observa a Esalq-USP.

    Custo de produção de milho

    No caso do milho, o COE da Argentina foi calculado em US$ 451,5/ha; o do Brasil, em US$ 496,5/ha; o da Ucrânia, em US$ 640,3/ha; e o dos Estados Unidos, em US$ 904,2/ha.

    “Assim, observa-se que as fazendas norte-americanas apresentam o maior custo de produção, enquanto as fazendas argentinas têm o menor. Levando em consideração unidade produzida, o Brasil apresenta o maior custo por tonelada produzida, enquanto a Argentina continua tendo o menor COE por tonelada”, afirma a Esalq-USP.

    Assim, o COE médio do país vizinho ficou em US$ 49,8/t; o da Ucrânia, em US$ 80,5/t; o dos EUA, em US$ 82,5/t; e o do Brasil, em US$ 92,4/t. O custo de produção do milho no Brasil é quase o dobro do da Argentina, 12% superior ao do produto norte-americano e 15% maior que o do ucraniano.

    O sistema de produção que apresentou o maior valor médio de receita líquida operacional foi o das propriedades típicas dos EUA, de US$ 711,0/ha, seguido pelo das fazendas ucranianas, de US$ 600,0/ha; das argentinas, de US$ 469,0/ha; e das brasileiras, de US$ 336,6/ha.

    No entanto, em termos de rentabilidade, as fazendas argentinas apresentaram o melhor retorno financeiro nas últimas cinco safras, com alta de 146,4%. O retorno das propriedades ucranianas subiu 120,9%; o das norte-americanas, 96,2%; e das brasileiras, 61,5%. O resultado médio das últimas cinco safras mostra que o Brasil tem valores positivos, mas não o suficiente para superar seus principais concorrentes.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço do leite pago ao produtor no Brasil atinge recorde, diz Cepea

    O preço do leite pago ao produtor registrou a sétima alta consecutiva em agosto e, com isso, alcançou novo recorde

    preço do leite pago ao produtor registrou a sétima alta consecutiva em agosto e, com isso, alcançou novo recorde da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, iniciada em 2004.

    Em relatório, a entidade diz que o avanço já era esperado por agentes do setor.

    A pesquisa mostra que o leite captado em julho e pago aos produtores em agosto se valorizou 11,8%, chegando a R$ 3,5707/litro na “média Brasil” líquida do Cepea.

    “O valor médio do leite acumula avanço real de 60,7% desde janeiro/22 (os dados foram deflacionados pelo IPCA de julho/22)”, indica.

    Queda do leite

    O Cepea ressalta, no entanto, que pesquisas ainda em andamento indicam que o movimento de alta deve ser interrompido, com possibilidade de forte queda no preço do leite a ser pago ao produtor em setembro.

    “O encarecimento do leite no campo ao longo dos últimos meses se deve à baixa disponibilidade (da matéria-prima)”, explica a entidade.

    Segundo o Cepea, o avanço da entressafra intensificou a restrição de oferta de leite, mas, neste ano, o setor enfrenta um enxugamento mais drástico da produção, devido à combinação de seca e mudanças estruturais no campo, desencadeadas pelo aumento nos custos de produção nos últimos anos e pelos menores níveis de investimentos na atividade.

    “Nesse cenário, a produção no campo entre junho e julho ficou abaixo da expectativa do setor, mantendo acirrada a disputa entre laticínios e cooperativas por fornecedores de leite cru”, acrescentou. Com a captação abaixo do esperado, o Cepea apurou que houve diminuição importante nos estoques de lácteos e, consequentemente, o encarecimento expressivo dos derivados ao consumidor entre esses meses. “Porém, os preços atingiram patamares tão elevados nas gôndolas que, desde a segunda quinzena de julho, observa-se enfraquecimento da demanda”, observa.

    Leite no varejo

    De acordo com o Centro de Estudos, os estoques seguem aumentando no varejo.

    O levantamento do Cepea, que monitora as negociações diárias entre indústria e atacado paulista, mostrou diminuição nos preços dos lácteos ao longo de agosto.

    “Na média mensal, o leite UHT e a mussarela se desvalorizaram quase 15% e 10% de julho para agosto, respectivamente”, aponta.

    Para a entidade, tais quedas no mercado de derivados devem ser transmitidas ao campo, resultando, em diminuição no preço do leite captado em agosto e a ser pago ao produtor em setembro.

    Outro fator que deve interromper o movimento altista do produtor em setembro é o forte aumento das importações, que cresceram 27% em julho, diz o Cepea.

    A oferta no campo também deve voltar a aumentar nos próximos meses.

    “O incremento considerável nos preços do leite e a queda nas cotações da ração começaram a estimular uma recuperação gradual da produção no campo – sobretudo no Sul do país”, indica.

    Ao mesmo tempo, o Cepea analisa que é esperado o retorno das chuvas da primavera, o que tende a favorecer a disponibilidade das pastagens e, com isso, eleve a oferta de leite.

    “Forma-se um novo cenário no mercado, em que a demanda enfraquecida e o aumento das importações elevam os estoques de derivados, ao mesmo tempo em que a produção no campo dá sinais de recuperação”, comenta.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • USDA aponta redução para a safra mundial de milho

    Segunda safra do cereal no Brasil está praticamente encerrada e deve atingir recorde de 87,4 milhões de toneladas

    Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) voltou a reduzir o índice de produção de milho para a próxima safra mundial. A exceção é o Brasil, que deve ter um aumento na produção do cereal, podendo chegar a 120 milhões de toneladas considerando uma terceira safra.

    A redução da produção de milho é prevista para Estados Unidos, Ucrânia, Argentina, China, dentre outros. A perspectiva é uma pressão no mercado do cereal, uma vez que os estoques da safra 2022/23 serão menores.

    De acordo com o comentarista do Mais MilhoGlauber Silveira, o Brasil não deverá sentir grandes impactos, uma vez que no próximo ciclo há uma projeção de colher entre a primeira, segunda e até mesmo terceira safra um volume de 120 milhões de toneladas.

    Projeções da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) apontam para o Brasil — somente na 2ª safra 2021/22 de milho — uma produção recorde de 87,4 milhões de toneladas.

    “Isso é muito positivo por quê? Porque o Brasil tem um consumo em torno de 80 milhões, então nós vamos ter uma sobra de 40 milhões de toneladas. É importante deixar claro que não falta milho para o consumo interno”, diz Silveira.

    Mercado de milho: antecipação de contratos

    A antecipação de contratos de comercialização, de acordo com Silveira, é algo que o produtor rural deverá se atentar, principalmente após a abertura de mercado da China para o cereal brasileiro.

    “Não sabemos o tamanho do volume (China), mas ele tende a crescer, assim como de outros países. O mundo todo estará precisando de milho. O milho é a vedete do momento. Essa é a grande verdade”, diz.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produção de soja deve crescer 124,4% no Rio Grande do Sul, estima Emater

    Segundo a estimativa divulgada na 45ª edição da Expointer, a produção de soja 2022/23 pode atingir 20,56 milhões de toneladas

    Após um período de estiagem que limitou a produção de soja em 9,16 milhões de toneladas na temporada 2021/22, a safra verão 2022/23 deve ser 124,4% maior.

    Segundo estimativa divulgada nesta manhã pela Emater RS/Ascar, durante a 45ª edição da Expointer, em Esteio (RS), a produção de soja 2022/23 pode atingir 20,56 milhões de toneladas.

    Segundo dados obtidos entre 1º e 19 de agosto a partir de levantamento realizado em 497 municípios do estado, a produtividade da soja por área também tende a superar o ano anterior e ficar 112,7% maior em 2022/23, com 3,131 mil kg por hectare.

    Já área plantada com a oleaginosa é estimada em 6,569 milhões de hectares (+2,8% ante 2021/22).

    Segundo o diretor-técnico da Emater, Alencar Rugeri, é possível verificar uma mudança no “caminho da soja” no estado.

    “A soja está avançando na metade sul do Rio Grande do Sul. Isso é uma questão importante, mas que também nos preocupa, porque nessa região há necessidade de um manejo mais profissional”, disse.

    Na avaliação de Rugeri, apesar do custo dos insumos estarem elevados, a expectativa é que a oleaginosa alcance as previsões, especialmente com uma perspectiva climática favorável.

    meteorologista Flavio Varoni, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, avaliou, durante a apresentação dos resultados da Emater, que o mês de agosto está “transcorrendo bem” do ponto de vista climático. “Estamos tendo um inverno bem típico e favorável. A condição é boa para a gente trabalhar este ano”, disse.

    Varoni destacou que o La Niña tende atuar de forma mais expressiva sobre as culturas do Rio Grande do Sul durante a primavera, especialmente em outubro.

    Além da soja

    A safra aguardada para a cultura do milho também projeta boa recuperação para os produtores e para a economia gaúcha.

    De acordo com a estimativa inicial apresentada pela Emater/RS-Ascar, o milho deverá alcançar uma produção de 6.102.815 toneladas, ou seja, 104,54% maior do que a safra passada (2.983.634 ton), a serem cultivadas numa área de 831.786 hectares, 5,91% acima da safra anterior (785.335 ha), gerando uma produtividade média prevista de 7.337 kg/ha, o que representa 90,47% a mais do que a obtida na safra passada (3.852 kg/ha).

    “Apesar de a produção de milho aumentar há quatro anos, precisamos de políticas públicas de incentivo para essa cultura, a exemplo do Pró-Milho, que envolve todas as entidades do agro do Estado. Temos necessidade de atender as demandas das criações, importante pela pujança do setor de proteína animal”, observa Rugeri.

    No milho silagem, a produção esperada para a safra 2022/23 é de 13.835.615, ou seja 78,06% a mais do que a safra anterior, que foi de 7.770.047. Apesar da área diminuir -8,31%, passando de 398.587 hectares para 365.467 hectares, a produtividade estimada para esta safra é de 37.857 kg/ha, ou seja, de 93,01% superior aos 19.614 kg/ha de rendimento do milho silagem na safra passada.

    Já a safra de Arroz projeta para a safra de verão uma redução de área de -9,90%, passando de 957.185 hectares (safra 2021/2022) para 862.498 hectares (estimativa inicial do Instituto Riograndense do Arroz – Irga para 2022/2023). Isso vai fazer com que o RS tenha, para a próxima safra de verão (2022/2023), uma produção de 7.094.909 toneladas de arroz (a safra 2021/2022 foi de 7.708.517 toneladas), e uma produtividade média de 8.226 kg/ha, ou seja, de -1,10% menor do que a obtida na safra anterior, que foi de 8.315 kg/ha.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Mapa registra 50 defensivos agrícolas; confira lista

    Com o registro desses produtos hoje, já somam 69 defensivos agrícolas de baixa toxicidade registrados em 2022

    O Ato n° 38 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira (30) no Diário Oficial da União, traz o registro de 50 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores.

    Desses, 25 são produtos biológicos, sendo nove aprovados para uso na agricultura orgânica.

    Com o registro desses produtos hoje, já somam 69 produtos de baixa toxicidade registrados em 2022.

    Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.

    Entre as novidades dos produtos biológicos, o fungo Cordyceps javanica, uma alternativa para o manejo de populações resistentes de mosca-branca, ganhou o seu primeiro registro no Mapa, com uso também aprovado para a agricultura orgânica.

    Os fungos entomopatogênicos estão entre os mais importantes inimigos naturais das moscas-brancas e penetram diretamente no inseto, sem necessidade de ingestão.

    Um outro controlador biológico, o nematoide Heterorhabditis bacteriophora, que detinha apenas um produto no mercado, agora recebeu autorização para uso em um produto para controle das lagartas Spodoptera frugiperda e Scaptocoris castanea.

    A spodoptera foi recentemente considerada como uma praga prioritária para a agricultura.

    Também para Spodoptera frugiperda tem o primeiro registro do nematoide entomopatogênico Steinernema carpocapsae, que além de controlar a lagarta Spodoptera também é indicado para o controle de moscas-dos-fungos (Bradysia matogrossensis) e do bicudo-da-cana-de-açúcar (Sphenophorus levis).

    Para a agricultura orgânica foram ofertados nove produtos, dentre eles o parasitoide Tetrastichus howardi, a vespinha parasitoide Telenomus podisi e os fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, aumentando o leque de opções para o agricultor.

    Já em relação aos produtos químicos registrados, pela primeira vez um produto formulado à base do ingrediente ativo Espiropidion será ofertado aos agricultores.

    Trata-se de um inseticida que estava em análise desde 2018 e é recomendado para o controle de pulgão, trips e mosca-branca nas culturas do algodão, feijão, soja e tomate.

    Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país.

    O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/