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  • MILHO: produtores devem ter mais um ano de boas margens

    Para o Brasil, os baixos estoques observados na safra 2020/21 devem voltar a aumentar com a previsão de uma produção recorde na safra 2021/22 em 115 milhões de toneladas

    Ao longo do 1º semestre de 2022 a média do valor da saca de milho na CBOT foi 21% superior frente ao mesmo período do ano passado. A razão para essa elevação na CBOT vem do cenário de balanço de oferta e demanda global apertado que ganhou mais preocupações com a interrupção do fluxo comercial oriundo da região do Mar Negro derivado dos conflitos entre Ucrânia e Rússia, que juntos representam 18% da produção mundial de milho, sendo a Ucrânia o quarto maior produtor mundial. Adicionalmente, a região é importante produtora e exportadora de trigo, produto substituto ao milho na ração animal.

    No mercado interno, os preços se mantiveram firmes na média do 1º semestre de 2022 frente ao mesmo período no ano passado a despeito da chegada da 1ª safra, que teve seu total produzido afetado pela seca e altas temperaturas na Região Sul do Brasil, e do cenário de bom desenvolvimento da safrinha, que deverá totalizar 88 milhões de t de acordo com a Conab apesar de alguns cinturões de produção também terem enfrentado desafios para o desenvolvimento da lavoura. Olhando para a frente, a nossa perspectiva é que os preços do milho em Chicago se mantenham firmes também safra 2022/23 diante da perspectiva de uma relação entre oferta e demanda ainda em patamares apertados com a produção global sendo impactada pela redução de área de milho nos Estados Unidos e queda de produção na Ucrânia que, de acordo com USDA, deverá ter uma retração de 15%.

    Como consequência desse cenário, devemos observar uma diminuição no estoque de passagem global, que, nas estimativas do USDA, só não será maior pois o consumo mundial também deverá cair. Assim, a relação “estoque/uso” deverá seguir próxima dos 26% como nas duas últimas safras. Além disso, caso tenhamos algum problema em um importante país produtor, a relação de oferta e demanda poderá voltar a ser deficitária e abrir espaço para um novo aumento das cotações.

    Especificamente para o balanço norte-americano, o USDA projeta uma redução da produção da ordem de 4%, em consequência da queda da área plantada com milho no país em detrimento, principalmente, do crescimento da superfície cultivada com soja no país. Com esse cenário, a relação entre o estoque e uso local tende a seguir abaixo da média dos últimos anos.

    Em relação à China, importante importador global do cereal, apesar de o USDA esperar uma leve redução da produção local, o órgão aponta que as importações do milho tenderão a reduzir quando comparado com a safra 2021/22, atingindo 18 milhões de t. Entretanto, recentemente os governos chinês e brasileiro avançaram no acordo do protocolo sanitário que deve pavimentar o caminho para que o milho nacional também seja destinado à esse importante mercado.

    Para o Brasil, os baixos estoques observados na safra 2020/21 devem voltar a aumentar com a previsão de uma produção recorde na safra 2021/22 em 115 milhões de t. Isso somado à um cenário de leve aumento de área a ser produzida com milho verão na safra 2022/23 e também de um crescimento de 5% no plantio de milho safrinha, que seria abaixo da média de 9% dos últimos 3 anos, deverá trazer um conforto maior em relação à disponibilidade local de tal sorte que conseguiríamos amortecer possíveis aumentos das exportações – ocupando espaços deixados pela Ucrânia, por exemplo – e ainda assim reduzir os níveis de prêmios sobre as paridades com as cotações internacionais.

    Em outras palavras, no nosso cenário, diferentemente do observado em 2021 e 2022 (até o momento de escrever essa publicação), as cotações deverão atravessar 2023 oscilando ao redor dos níveis de paridades de exportação, ou seja, em patamares levemente menores do que em 2022. Entretanto, fundamental para a determinação dos preços no Brasil será a taxa de câmbio, que, conforme nossas expectativas (ver capítulo Cenário Econômico) tende a seguir desvalorizado ao longo de 2023.

    Produtores – mais um ano de boas margens

    As nossas estimativas apontam para mais um ano de boas margens para a cultura do milho na safra 2022/23. De fato, embora esperemos algum arrefecimento, os preços do milho tendem a seguir em bons patamares e amortecer, mesmo que parcialmente, os impactos das altas dos custos de produção nas margens.

    Milho

    Ainda assim, como já comentado no capítulo de outras culturas, alguns cuidados devem ser tomados para garantir os bons níveis de rentabilidade. É válido chamar atenção, por exemplo, da recente melhora da relação de troca para adquirir os insumos, principalmente após as quedas dos preços dos nitrogenados para patamares próximos dos observados no período préguerra entre Ucrânia e Rússia. Embora o cenário de risco de disponibilidade de fertilizantes tenha se reduzido, ainda não se pode descartar a hipótese que possíveis desafios para a entrega de tais insumos poderão ocorrer, o que poderia afetar a disponibilidade de produtos para os que estiverem no final da fila.

    É válido destacar que o ambiente de negócios seguirá influenciado pelo grande nível de incertezas derivado dos desdobramentos da guerra e também dos eventos relacionados à Covid. Diante desse cenário, é de se esperar, por exemplo, que a volatilidade cambial seguirá elevada e que atrasos logísticos poderão ocorrer, como observado recentemente.

    Na China, houve perda de eficiência operacional nos portos do país a reboque da crise de Covid-19. Diante desse cenário, é imperativo que gestores gerenciem bem seus riscos (mercado, operacional, financeiro, etc), com especial atenção ao descasamento cambial. Adicionalmente, dados os maiores custos e gargalos logísticos esperados para o próximo ano, será importante.

    ao produtor preservar bons níveis de liquidez para fazer frente à possíveis aumentos do ciclo de caixa, seja para operar em um mercado antecipado para compra de insumos e/ou para alongamento do prazo de recebimento das agroindústrias.

    A análise é da Consultoria do Agro Itaú BBA.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Algoritmo adaptado à agricultura brasileira pode viabilizar a irrigação de precisão no país

    Dentre as aplicações do algoritmo está o manejo de irrigação por taxa variável em pivô central

    Compreender a variação espaço-temporal do consumo hídrico em áreas irrigadas é fundamental para o manejo inteligente da água na agricultura.

    Um estudo, conduzido pelo pesquisador Wagner Wolff, possibilitou o desenvolvimento de um algoritmo para mapeamento da evapotranspiração (ET) em culturas agrícolas, otimizado por observações de campo. Wolff foi pós-doutorando no Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), sob a supervisão do professor Marcos Vinicius Folegatti. Atualmente, coordena um projeto apoiado pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fapesp, com o objetivo de validar essa tecnologia no mercado de agricultura irrigada do Brasil.

    “Existem diferentes algoritmos de balanço de energia na superfície por sensoriamento remoto [SEB-RS, conforme as iniciais da expressão em inglês]. O problema é que esses algoritmos foram formulados para condições específicas de sensores remotos, níveis de sensoriamento [orbital por meio de satélites e suborbital por meio de drones], climas, solos e culturas. Sua generalização para áreas com muita diversidade, como ocorre na agricultura brasileira, é um grande desafio. O principal diferencial do algoritmo que desenvolvemos é a característica de ele ser ajustado a partir de observações no campo. Para cada processamento, os parâmetros e modelos do algoritmo são atualizados e o mapeamento da evapotranspiração é realizado com alta exatidão. Brincamos que, antes da ‘irrigação de precisão’, tem que haver ‘irrigação de exatidão’. Somente assim podemos ter certeza de que o manejo de irrigação por taxa variável funcione”, diz o pesquisador ao Pesquisa para Inovação.

    Denominado Ground-Truthed Surface Energy Balance (GT-SEB), o algoritmo utiliza observações in situ de evapotranspiração para calibragem. O estudo foi realizado em duas áreas experimentais: a primeira na Fazenda Areão da Esalq, na cidade de Piracicaba, e a segunda na fazenda experimental da Embrapa Agropecuária Oeste, na cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul.

    Alimentado por dados de sensores remotos em satélites e drones e de estações meteorológicas, o GT-SEB explora observações de campo para fusão de dados. Para cada área de processamento, restrições são impostas, gerando novos parâmetros e modelos. Assim, uma melhor performance é obtida, incertezas são reduzidas e o algoritmo apresenta uma maior generalização para diferentes condições climáticas.

    “Utilizamos imagens dos sensores orbitais Operational Land Imager [OLI] e Thermal Infrared Sensor [TIRS], instalados no satélite Landsat 8, e imagens de um sensor suborbital de alta resolução, com a câmera Altum acoplada a um drone. As variáveis meteorológicas necessárias para o processamento do algoritmo foram obtidas de estações adjacentes às áreas experimentais. Dois processamentos extras que utilizam observações in situ de evapotranspiração caracterizam o diferencial do GT-SEB perante os outros algoritmos: um para escolha automática dos ‘pixels âncoras’ e outro para otimização dos parâmetros do algoritmo. Ambos visam a redução do erro entre a ET observada e a ET estimada pelo GT-SEB”, detalha Wolff.

    Pivô central

    O algoritmo foi descrito na revista Agricultural Water Management. Dentre suas aplicações está o manejo de irrigação por taxa variável em pivô central. Nesse tipo de sistema, uma área circular é projetada para receber uma estrutura suspensa que, em seu centro, recebe uma tubulação. Por meio de um raio que gira em toda a área circular, a água é aspergida por cima da plantação. Assim, o pivô é a fonte fornecedora de água e de energia elétrica.

    Mediante o mapeamento da evapotranspiração, é possível determinar zonas de manejo de irrigação como se fossem “fatias de pizza”. Para cada “fatia”, a velocidade de avanço do pivô central é controlada de forma que a água a ser aplicada varie setor por setor. Em comparação com o manejo de irrigação convencional, determinando a demanda de irrigação apenas pelo sensor no campo e irrigando de forma fixa, o manejo de irrigação por taxa variável possibilitou uma economia de 31% no uso de água e energia.

    “Atualmente, o GT-SEB faz parte do desenvolvimento do IrrigaTruth, um sistema inteligente que facilita o manejo de irrigação de precisão em pivôs centrais para agricultores, sendo um produto da startup WaterTruth”, afirma Wolff, que é um dos fundadores.

    A pesquisa contou com apoio da Fapesp.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja brasileira da safra 21/22 está 76,7% comercializada, diz Datagro

    Estimativa é que sojicultores tenham negociado quase 97 milhões de toneladas até o momento

    A comercialização da safra 2021/22 da soja brasileira chegou a 76,7% da produção esperada até o dia 8 de julho. É o que indica um levantamento realizado pela consultoria Datagro.

    Com isso, o volume continuou aquém dos 91,2% do fluxo recorde da safra 2019/20, dos 80,2% observados em igual momento do ano passado e também da média de 78,8% dos últimos 5 anos.

    Houve incremento mensal de 6,8 pontos percentuais, acima dos 5,9 p.p. observados no mês anterior e do padrão normal para o período – 5,5 p.p.

    “Os preços médios internos tiveram comportamento misto em junho, sem direção única. Os negócios acabaram acontecendo onde tivemos altas, devido à necessidade de fazer caixa para financiar a compra de insumos”, destaca o coordenador de Grãos da empresa, Flávio Roberto de França Junior.

    Segundo ele, a expectativa dominante é a de que as condições de mercado ainda são muito tensas, com espaço para novas elevações com a intensificação da entressafra, levando os produtores a dividir sua opção com a venda do milho.

    Considerando a previsão da safra 2021/22, revisada para 126,18 milhões de toneladasos sojicultores brasileiros negociaram, até a data analisada, 96,77 mi de toneladas. Em igual período do ano passado, esse volume estava muito maior em termos relativos e absolutos, chegando a 111,33 mi de t.

    Safra 2022/23 de soja

    A análise da Datagro mostra que 13,4% da produção estimada da oleaginosa da safra 2022/23 está comprometida comercialmente, avanço de 1,7 p.p. na comparação com o levantamento anterior. Esse fluxo está abaixo dos 19,2% em igual momento do ano passado, dos 36,2% do recorde de 2020 e dos 18,7% da média plurianual.

    As vendas chegaram a 26,3% em Mato Grosso, 29% na Bahia, 16,6% no Mato Grosso do Sul e 9% em Goiás.

    Milho

    O levantamento da consultoria mostra moderado andamento na comercialização do milho da safra de verão 2021/22 no Centro-Sul do Brasil, com avanço de 6,0 p.p. em um mês. Com isso, as vendas alcançaram 64,6% da produção esperada, contra 58,6% no levantamento anterior, 79% em igual momento do ano passado e 73,2% na média dos últimos cinco anos.

    Com previsão de safra atualizada em 18,21 mi de t, os produtores comercializaram 11,76 mi de t.

    Em relação à safra de inverno 2022, até o dia 8 de julho, 43,4% da produção estava compromissada pelos produtores, ante 38,6% no mês passado, 65,4% em 2021 e 58,7% na média plurianual.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • La Niña até o verão de 2023 pode levar à quebra de safra de soja no Sul

    Relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos divulgado nesta quinta-feira indica prevalência do fenômeno climático nos próximos meses

    O fenômeno La Niña, que começou em meados de julho de 2020, vai durar até o verão de 2023. É o que indica o último relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).

    Com isso, a safra brasileira de soja no Sul do país pode ser novamente impactada, assim como ocorreu no Rio Grande do Sul e no Paraná no ciclo 2021/22, onde as quebras giraram em torno de 50% da produção. 

    Entenda os efeitos do La Niña no Brasil

    Na região Nordeste brasileira, o La Niña persistente pode causar precipitações volumosas e persistentes ao longo de 2022, com leve diminuição em dezembro, mas com retomada ao longo do verão de 2023.

    Também está previsto um atraso na chuva de primavera no Centro-Oeste, bem como em parte do Sudeste e do Norte do país. Ainda assim, a umidade atinge a média histórica e, em alguns estados, até ultrapassa.

    Redução de chuva

    Modelos meteorológicos indicam redução de chuva na região Sul do Brasil, com aumento dos intervalos e prevalência de tempo seco entre uma precipitação e outra. A exemplo do que aconteceu em 2021, a estiagem pode impactar na fase de enchimento de grãos da soja.

    Em algumas cidades do Rio Grande do Sul, tais efeitos de ausência pluviométrica serão sentidos já em outubro. No entanto, a redução da chuva não é em relação ao volume, mas aos intervalos de distribuição.

    O La Niña também traz o risco de geada tardia para a região, principalmente entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os mapas climatológicos indicam ondas de frio para o Sul até o final de setembro.

    Próximos dias

    Os próximos dias devem dar continuidade às ondas de frio no Sul do país, dificultando a finalização do plantio dos cereais de inverno na região. Áreas de instabilidade e a chegada de uma frente fria trazem chuva nesta quinta (14) e também na sexta no Rio Grande do Sul.

    Assim, do dia 15 até a próxima terça-feira (19), são esperados de 50 mm a 70 mm de chuva no estado, principalmente entre o centro e o sul gaúchos.

    Já a partir da próxima quarta-feira (20), a estimativa é de tempo mais firme para a região Sul, com janelas de tempo firme mais longas até próximo ao fim do mês, ajudando na finalização do plantio do trigo.

     

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Cigarrinha do milho: especialista aponta principais estratégias para diminuir impacto da praga

    O programa Direto ao Ponto recebeu o engenheiro agrônomo e especialista na cultura de milho Paulo Roberto Garollo

    Qual o melhor manejo para reduzir o prejuízo provocado pela cigarrinha nas lavouras de milho? Esse foi o tema central da conversa com o engenheiro agrônomo Paulo Roberto Garollo, que é especialista na cultura de milho na Bayer. Em entrevista ao Direto ao Ponto desta semana, ele falou sobre o manejo correto para combater o inseto, que tem tirado o sono dos produtores rurais.

    Garollo indicou o motivo de a incidência de cigarrinha ter aumentado nas lavouras brasileiras. “Foi um avanço muito alto e pré-determinamos que isso tem ocorrido em função de alguns fatores básicos: a própria área plantada de milho durante o ano todo, e dentro desse volume a gente tem uma divisão quase que igualitária entre o plantio da primeira safra, o plantio da segunda safra e o avanço do plantio nas entressafras. Planta-se milho no Brasil o ano inteiro e, como a cigarrinha se alimenta disso, ela encontra alimento a todo momento, aumentando a praga”, afirma.

    Na região do Brasil central, segundo Garollo, as temperaturas médias durante o ano são mais estáveis e capazes de auxiliar no desenvolvimento e na parte reprodutiva da cigarrinha, tornando-se o melhor ambiente térmico para ela. Isso, segundo o especialista, aumenta ainda mais a oportunidade do inseto expandir sua população.

    O agrônomo também falou sobre o diagnóstico das lavouras. “Nós temos hoje no Brasil três doenças do complexo de enfezamento. Quando esses agentes causais estão inseridos na planta de milho e a doença se faz presente, eu preciso melhorar a minha diagnose”, explica.

    Para Garollo, é importante que o produtor saiba associar o conhecimento sobre a praga para entender qual o melhor produto para cada momento em que for feita a pulverização.

    “Controle e manejo de cigarrinha têm que ser estratégicos. A estratégia é associar o conhecimento da biologia do inseto, o ambiente em que você vai aplicar e aí sim as características físico-químicas que você vai trabalhar”, finaliza.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Congresso aprova R$ 1,2 bilhão para equalizar juros do Plano Safra

    As subvenções serão utilizadas para o Pronaf, custeio agropecuário, comercialização de produtos e investimento rural e agroindustrial

    O Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei (PLN) 18/22, que abre crédito suplementar de R$ 1,2 bilhão para equalizar os juros de operações de financiamento do Plano Safra.

    As subvenções serão utilizadas para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), custeio agropecuário, comercialização de produtos e investimento rural e agroindustrial. A proposta segue para sanção presidencial.

    Os recursos do PLN 18/22 virão da reserva de contingência, que é uma dotação genérica do Orçamento onde o governo guarda recursos para gastos não previstos. Na prática, o dinheiro é reservado para cumprir a meta anual de resultado primário.

    Após a sanção presidencial, o Tesouro terá de publicar portaria informando quais instituições financeiras serão contempladas para operar crédito com taxas subsidiadas e quanto cada uma receberá.

    Será necessário também enviar ofícios às instituições financeiras autorizando a abertura das linhas. Há expectativa de que a portaria seja publicada em uma a duas semanas, a depender do andamento de todo o processo.

    Na fim de junho, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos, disse a jornalistas durante o evento de lançamento do Plano Safra 2022/23, no Palácio do Planalto, que a pasta contava com R$ 1,318 bilhão para equalização de taxas no segundo semestre de 2022, o primeiro da safra.

    Além do valor de R$ 1,2 bilhão aprovado hoje pelo Congresso, os R$ 118 milhões restantes provêm de recursos não aplicados na safra 2021/22.

    Em meados de maio, a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento (Seto), do Ministério da Economia, havia bloqueado R$ 1,2 bilhão em despesas com a finalidade de remanejar o recurso para a subvenção de taxas do Plano Safra atual, de um total de cerca de R$ 4,3 bilhões que foram bloqueados com destino ao crédito rural e ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Apesar do bloqueio, é necessário que o remanejamento seja aprovado no Congresso por meio do PLN e sancionado pelo presidente.

    Os recursos aprovados serão repartidos entre as seguintes operações de financiamento do Plano Safra:

    • Pronaf: R$ 532 milhões
    • Custeio agropecuário: R$ 443,5 milhões
    • Investimento rural e agroindustrial: R$ 216,5 milhões
    • Comercialização de produtos agropecuários: R$ 8 milhões

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil deve embarcar até 7,9 mi de t de soja em grão em julho

    Para o farelo, previsão é de exportação de 2,173 milhões de toneladas. Entidade também fez projeções para o milho

    As exportações brasileiras de soja em grão deverão ficar entre 7 e 7,857 milhões de toneladas em julho, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Em julho do ano passado, as exportações ficaram em 7,97 milhões de toneladas. Em junho, o país embarcou 9,953 milhões de toneladas.

    Na semana entre 3 e 9 de julho, o Brasil enviou para fora 2.106 milhões de toneladas. Para o período entre 10 e 17 de julho, a Associação indica a exportação de 1,866 milhão de toneladas.

    Para o farelo de soja, a previsão é de embarques de 2,173 milhões de toneladas em julho. No mesmo mês do ano passado, o total exportado foi de 1,748 milhão de toneladas. Em junho, volume ficou em 2,157 milhões de toneladas. Na semana passada, as exportações ficaram em 342,033 mil toneladas e a previsão para esta semana é de 505,256 mil toneladas.

    Milho

    Quanto ao milho, a Anec projeta que o Brasil deverá exportar 6,253 milhões de toneladas em julho. No mesmo mês do ano passado, o país embarcou 3,041 mil toneladas. Em junho de 2022, os embarques do cereal somaram 1,498 milhão de toneladas. No acumulado de 2022, os embarques de milho atingem 12,638 milhões de toneladas.

    De acordo com a Associação, na semana entre 3 e 9 de julho, foram registrados embarques do cereal de 1,018 milhão de toneladas. Entre 10 e 16 de julho os embarques estão projetados em 1,617 milhão de toneladas de milho.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Exportação de carne bovina bate recorde no 1º semestre de 2022

    O país também registrou um desempenho recorde na exportação de carne de frango; na proteína suína volume caiu

    O Brasil registrou recorde de exportação de carne bovina no primeiro semestre de 2022. O resultado em receita também foi histórico.

    Segundo o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, de janeiro a junho, os embarques de carne bovina totalizaram 932,34 mil toneladas, 27% acima do volume escoado no mesmo período do ano passado. Quanto à receita, a exportação da proteína somou US$ 5,62 bilhões na primeira metade deste ano.

    “O que isso significa? Em apenas seis meses, o Brasil já exportou 59% de todo o volume exportado no ano passado. Em receita cambial, o país já alcançou o equivalente a 70% do realizado em 2021”, afirma.

    Fpto: Arte/Canal Rural

    Carne de frango

    Na carne de frango, o desempenho do Brasil no primeiro semestre também foi positivo.

    Nos primeiros seis meses do ano, o país, que é o maior exportador da proteína no mundo, enviou 2,230 milhões de toneladas, 8% a mais que no mesmo período do ano passado. Em receita, o volume cresceu 37% na comparação com o primeiro semestre de 2021.

    “Um crescimento significativo. O Brasil liderando e aumentando sua participação no comércio internacional”, diz Ferreira.

    carne de frango

    Foto: Arte/Canal Rural

    Suíno

    Dentro do ‘complexo carnes’, a suína teve o desempenho mais fraco no primeiro semestre deste ano.

    carne suína

    Foto: Arte/Canal Rural

    Nos primeiros seis meses de 2022, o Brasil embarcou 458 mil toneladas de carne suína in natura, volume 8,44% abaixo do registrado no mesmo período de 2021.

    “A China teve um problema muito sério de peste suína africana, mas recompôs rapidamente o plantel, impactando diretamente nas exportações brasileiras. Dificilmente o Brasil vai conseguir igualar a marca de 1 milhão de toneladas do ano passado, que foi recorde”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: processamento do grão cresce e exportações de óleo e farelo avançam

    Até junho, embarques do grão alcançaram 53 milhões de toneladas, queda de 7,8% em relação ao registrado em igual período de 2021

    O processamento do grão de soja atingiu 17,1 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses deste ano, aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2021. Os dados são provenientes da amostra mais recente divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

    Os volumes de produção de farelo (13,1 milhões de toneladas) e óleo de soja (3,4 milhões) também foram ligeiramente superiores.

    Exportações de soja

    De acordo com os dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) atualizados até junho, as exportações da soja em grão alcançaram 53 milhões de toneladas, queda de 7,8% em relação ao registrado em igual período de 2021 (57,5 milhões de toneladas).

    Já as exportações dos produtos derivados da commodity apresentaram crescimento. No caso do farelo, foram 10,4 milhões de toneladas exportadas este ano, contra 8,1 milhões entre janeiro e junho do ano passado; e o óleo chegando a 1,3 milhão de toneladas exportadas (no mesmo período de 2021 foram 770 mil toneladas).

    Projeções

    As projeções anuais para o complexo soja em 2022 sofreram algumas alterações em relação à última estimativa, com destaque para as seguintes variáveis:

    • Queda das exportações de 77 milhões de toneladas para 76,8 milhões;
    • Aumento do processamento do grão de 48,1 milhões de toneladas para 48,3 milhões, com impactos positivos na produção de farelo e óleo;
    • Aumento das exportações de farelo e óleo para 18,5 e 2,1 milhões de toneladas, respectivamente.

    Com os preços médios de referência mantidos, a Abiove projeta que as exportações dos três produtos do complexo soja atinjam US$ 58 bilhões em 2022.

     Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Crédito rural supera valores iniciais e fecha safra com R$ 293 bi em contratações

    Quantia representa crescimento de 20% em relação à safra 2020/2021

    A safra 2021/2022 caminha para o final com aumento de contratações de crédito rural. Nesta segunda-feira (11), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que o valor total contratado superou a marca dos R$ 293,41 bilhões. A quantia é R$ 42,19 bi maior que o disponibilizado inicialmente.

    No comparativo com a safra anterior, de 2020/2021, o montante cresceu em 19%. O Mapa reforça que o resultado ocorreu “apesar de as operações de crédito rural com recursos equalizáveis terem permanecido suspensas durante quatro meses, exceto para custeio no âmbito do Pronaf”.

    Em termos percentuais, o Norte foi a região em que as contratações de crédito rural mais evoluíram de uma safra para outra: 28%. Sudeste e Nordeste seguiram de perto o crescimento, com 24% e 23%, respectivamente. Em valores absolutos, o Sudeste figura na ponta, com R$ 69,95 bilhões. Em totais de contratados, a liderança foi do Nordeste, com mais de 735 mil documentos, o que corresponde a 71% do volume total.

    O Mapa, por meio de Balanço de Desempenho do Crédito Rural desenvolvido pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), ressalta que o aumento de contratações se deu, de forma geral, pela superação das expectativas da disponibilidade de recursos e concessão de financiamentos nas fontes livres e controladas, mas não equalizadas. O mesmo ocorreu, segundo a pasta, com a LCAs e os fundos constitucionais.

    Fatores econômicos em favor do crédito rural

    Ainda de acordo com o governo federal, três fatores econômicos foram determinantes para o resultado das contratações de crédito rural na safra 2021/2022:

    1. Baixo nível das taxas reais de juros do crédito rural;
    2. Negativas na maior parte do período;
    3. Estímulos de mercado, caracterizados pela elevação de preços dos produtos agropecuários.

    Por categoria de produtor rural, os grupos atendidos por Pronamp (pequenos) e Pronaf (médios) receberam os totais de créditos de R$ 33,62 bilhões e R$ 40,17 bilhões, respectivamente. Os outros R$ 219,61 bilhões foram direcionados aos demais produtores rurais brasileiros.

    Investimentos feitos dentro do âmbito do Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) somaram R$ 3,07 bilhões. Por sua vez, o Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga) teve disponibilizado R$ 1,07 bilhão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/