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  • Dia da Pecuária: sustentabilidade e boas práticas impulsionam o setor no Brasil

    Com mais cabeças de gado do que habitantes, conforme o IBGE, a pecuária tem papel essencial na produção de alimentos e na geração de renda

    Em meio a celebrações neste Dia da Pecuária (14 de outubro), destaca-se a importância desse setor fundamental para a sociedade e a economia brasileira. Com mais cabeças de gado do que habitantes, conforme a Pesquisa da Pecuária Municipal de 2022 do IBGE, a pecuária nacional desempenha papel essencial na produção de alimentos e na geração de renda.

    Ao encerrar 2022 com um crescimento de 2,1%, o ramo pecuário gerou um valor de produção de R$116,3 bilhões, registrando um aumento de 17,5% em relação ao ano anterior. A exportação também teve destaque, com o Brasil liderando as exportações de carne bovina e de frango em 2022, atingindo mais de US$ 25 bilhões.

    Até agosto de 2023, as exportações alcançaram a marca de US$ 15 bilhões, abrangendo suínos, equinos, ovinos e caprinos, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    O Mapa desempenha papel importante na promoção de práticas sustentáveis na pecuária, visando aprimorar a qualidade e produtividade do setor. O Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e, mais recentemente, o Plano ABC+, lançado em 2021 e com duração até 2030, são exemplos de iniciativas que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e enfrentar os desafios das mudanças climáticas.

    Adriano Oliveira, coordenador de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista, destaca que o Plano ABC contribuiu significativamente para a mitigação de cerca de 200 milhões de toneladas de CO2, e o ABC+ amplia ainda mais esses esforços.

    Além disso, o incentivo aos sistemas integrados, como lavoura, pecuária e floresta, promove não apenas a captura de carbono, mas também aumenta a produtividade dos animais. Bruno Leite, coordenador de Produção Animal, ressalta que esse sistema oferece benefícios tanto para os animais quanto para os produtores, possibilitando uma renda diversificada.

    Em paralelo, o ministério incentiva boas práticas de produção animal, garantindo alimentos seguros e respeitando o bem-estar animal. A coordenadora de Saúde Única e Boas Práticas, Valéria Homem, destaca as instruções normativas que orientam as práticas de bem-estar animal e ressaltou o compromisso contínuo do Mapa em proteger os animais ao longo dos anos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     
  • Governo registra 45 novos defensivos agrícolas; confira aqui

    Os defensivos são destinados ao controle de pragas e doenças em culturas como milho, soja, algodão, feijão, abacate e cana-de-açúcar

    Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrou, nesta terça-feira (10), 45 novos defensivos agrícolas, sendo 15 deles de baixo impacto.

    Os defensivos são destinados ao controle de pragas e doenças em diversas culturas, como milho, soja, algodão, feijão, abacate e cana-de-açúcar.

    Dentre os destaques, está o registro de um produto à base de fluindapyr, um fungicida e nematicida que é considerado de baixo impacto ambiental.

    O produto é indicado para o controle de pragas nas culturas do amendoim, café, feijão, milho e soja.

    Outro produto de destaque é um regulador de crescimento a base de Bacillus aryabhattai CBMAI1120 + Bacillus haynesii CCT7926 + Bacillus circulans CCT0026. O produto é indicado para o aumento da produtividade das culturas.

    Produtos biológicos

    Entre os produtos biológicos registrados, está uma mistura de Paenibacillus azotofixans; Bacillus subtilis; Bacillus licheniformis e Bacillus circulans. O produto é indicado para o controle de nematóides e fungos de solo.

    Outro produto biológico registrado é um feromônio sexual para controle de Stenoma catenifer, uma praga específica da cultura do abacate.

    Segundo o governo, os produtos são importantes para agricultura não apenas pelo impacto toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops), pois esses produtos são registrados por pragas e não por cultura como acontece com os químicos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: exportações devem chegar a 1,4 milhão de t, aponta Anec

    Expectativa é maior do que esperado na semana passada, com aumento de 2,6% frente a estimativa anterior

    A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) atualizou a estimativa de embarques para a segunda semana de outubro.

    Segundo a entidade, no período de 8 a 14 do mês devem ser embarcados 2.739 milhões de toneladas de milho, alta de 53,53% em relação à semana de 1º a 7 de outubro, quando foram embarcadas 1.784 milhão de toneladas.

    A previsão para exportações da soja é de 1.497 milhão de toneladas, alta de 2,60%, ante 1.459 milhão de t da oleaginosa entre 1º e 7 de outubro. O farelo pode chegar a 551.429 toneladas, alta de 58,63%, em comparação com 347.617 toneladas. A entidade não prevê embarques para o trigo no período.

    Para o mês de outubro, a Anec prevê embarques de 8,5 milhões de toneladas a 9,8 milhões de toneladas de milho, frente a setembro que contabilizou 9.335 milhões de toneladas.

    Neste mês também é esperado entre 5.500 milhões de toneladas a 7.756 milhões de toneladas de soja, contra 5.547 milhões de toneladas, e 1.945 milhões de toneladas de farelo (em setembro foram 1.915 milhão de toneladas).

    De trigo, a entidade espera embarques de 110 mil toneladas, destacando que não houve embarques do cereal em setembro.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: agricultores estão otimistas com início da colheita em Cruz Alta (RS)

    De acordo com o secretário Giovanio Feltes, a produção do cereal pode ser mais modesta esse ano por conta dos efeitos do El Niño

    A colheita da safra de trigo no Rio Grande do Sul foi oficialmente inaugurada nesta quinta-feira (5) em Cruz Alta. O vice-governador Gabriel Souza e os secretários da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, e de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, estiveram presentes no evento simbólico na Agropecuária São João.

    Os três também participaram da abertura da 17ª Feira Nacional do Trigo (Fenatrigo) no Parque de Exposições da cidade, considerada a capital do cereal no Brasil.

    Apesar dos desafios climáticos que afetaram as plantações, os agricultores estão otimistas para a colheita. Antes das chuvas de setembro, a expectativa era ter a segunda melhor safra da história, perdendo apenas para a edição anterior, que registrou mais de 5 milhões de toneladas colhidas. Para este ano, a previsão é de cerca de 4,5 milhões de toneladas.

    O vice-governador destacou o apoio do governo estadual ao setor agrícola, mencionando políticas como a produção de etanol, que beneficia toda a cadeia produtiva e promove a sustentabilidade. Ele também lamentou os impactos dos fenômenos climáticos que prejudicaram a agricultura e a infraestrutura das cidades, causando 51 mortes.

    Giovani Feltes enfatizou que o trigo é uma das culturas mais cultivadas no inverno e lembrou a produção histórica alcançada em 2022. Ele reconheceu que, devido aos efeitos do El Niño, a produção deste ano é mais modesta, mas ainda assim espera-se uma colheita de qualidade.

    A prefeita de Cruz Alta, Paula Rubin Facco Librelotto, ressaltou a importância do trigo para a economia local, gerando empregos, renda e melhor qualidade de vida para os residentes.

    Gabriel Souza também mencionou a estiagem e mencionou um projeto de lei aprovado recentemente na Assembleia Legislativa, que designou Cruz Alta como a capital nacional da irrigação. Ele destacou a necessidade de ações preventivas para apoiar os produtores e incentivou medidas que beneficiem o meio rural.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fórum da produção pecuária destaca desafios e estratégias para o futuro

    Fórum aconteceu durante a XVII Fenatrigo Agrotecnologia

    Em uma manhã de reflexão e aprendizado, o Fórum da Produção Pecuária, realizado nesta quarta-feira, 04, marcou um momento importante de troca de conhecimento. O evento ocorreu no auditório da agricultura, no Parque de Exposições de Cruz Alta, como parte da programação da VXII Fenatrigo Agrotecnologia.

    O destaque da primeira palestra foi o Zootecnista Jaime Ries, Assistente Técnico Estadual da Emater/RS – Ascar, que trouxe à tona a “Realidade atual da produção leiteira no Rio Grande do Sul”. Ries compartilhou preocupantes números, destacando a redução no número de produtores de leite. De acordo com ele, embora tenhamos testemunhado um aumento no volume médio diário de produção de leite, esse aumento contrasta com a significativa redução no número de estabelecimentos produtores de leite ligados à indústria, que têm abandonado a atividade nos últimos anos. Essas informações estão detalhadas no Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, recentemente divulgado pela Emater/RS-Ascar.

    O relatório revela um crescimento médio de 14% na produção de leite entre os anos de 2021 e 2023, mas, ao mesmo tempo, indica que o número de produtores vinculados à indústria diminuiu de 40.182 em 2021 para 33.019 em 2023, uma redução de aproximadamente 18%.

    Jaime Ries também abordou as adversidades enfrentadas pelos produtores, como os valores historicamente baixos dos últimos quatro anos, impactados pela estiagem, importações, e custos de produção elevados. Produtores de menor escala estão encontrando dificuldades em manter suas operações, devido à falta de mão de obra qualificada e aos desafios econômicos.

    Apesar desses desafios, Ries enfatizou que os produtores estão se especializando e buscando investir em suas operações. Ele destacou a resiliência e o compromisso daqueles que permanecem na indústria.

    O evento também contou com a palestra do Engenheiro Agrônomo, Ph.D Wagner Beskow, da Transpondo Pesquisa, Treinamento e Consultoria Agropecuária, que abordou estratégias de ação para produtores de leite que superam crises e buscam crescimento.

    Além disso, um caso inspirador foi compartilhado, apresentando o sucesso do produtor de leite do Sistema CCGL, Tiago de Oliveira, que reside na localidade de Carajazinho, no interior de Eugênio de Castro e passou por desafios iniciais, mas, com a assistência técnica da CCGL, conseguiu aprimorar seu rebanho, aumentar a produtividade e melhorar a rentabilidade de sua propriedade.

    O Fórum da Produção Pecuária serviu como um importante fórum para a troca de conhecimentos e experiências, destacando a resiliência e a determinação dos produtores de leite no Rio Grande do Sul, enquanto enfrentam desafios significativos na busca por um futuro mais promissor.

    Texto e fotos: Divulgação CCGL

  • Confira como a soja se comportou em setembro e o que está por vir

    Mês foi marcado por lentidão na comercialização. Veja estimativas de esmagamento de soja e estoques finais para o ano

    Os preços da soja recuaram no mercado brasileiro em setembro, mês marcado por lentidão na comercialização.

    O principal determinante para o comportamento lento do mercado foi o fraco desempenho dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Os produtores voltam suas atenções para o plantio da nova safra, em fase inicial.

    Veja como os preços da soja se comportaram em setembro

    • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 153 para R$ 145 no período
    • Cascavel (PR): baixou de R$ 143 para R$ 135
    • Rondonópolis (MT): decresceu de R$ 130 para R$ 125
    • Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 153 para R$ 145

    Bolsa de Chicago

    Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro acumularam desvalorização de 5% desde o início do mês.

    A posição novembro era cotada a US$ 13,00 por bushel na manhã da sexta (29). O início da colheita nos Estados Unidos, as perspectivas favoráveis em relação à produção sul-americana e a aversão ao risco no mercado financeiro foram os fatores que pesaram sobre Chicago.

    Em contrapartida, o dólar comercial subiu 0,4% no mês, a R$ 4,994 na manhã da seta, 29. Em boa parte do mês, a moeda americana superou a barreira de R$ 5,00. O câmbio limitou parcialmente as perdas no mercado brasileiro.

    As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, acima dos 98 milhões indicados para 2023. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado, e indica um aumento de 1% entre uma temporada e outra.

    Esmagamento e estoques finais

    A consultoria indica esmagamento de 55 milhões de toneladas em 2024 e de 53 milhões de toneladas em 2023, com uma elevação de 4% entre uma temporada e outra. Safras indica importação de 110 mil
    toneladas em 2024, contra 130 mil toneladas em 2023.

    Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá aumentar 6%, passando para 168,871 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 157,7 milhões de toneladas, crescendo 2% sobre o ano anterior.

    Desta forma, os estoques finais deverão subir 103%, passando de 5,507 milhões para 11,171 milhões de toneladas.

    Farelo e óleo de soja

    Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 42,3 milhões de toneladas em 2024, subindo 4%. As exportações deverão cair 2% para 21,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 20 milhões, aumentando 8%. Os estoques deverão subir 36% para 3,03 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja deverá aumentar 3% para 11,1 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 2,05 milhões de toneladas, com queda de 9%.

    O consumo interno deve subir 5% para 9 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 13% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 13% para 615 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Exportação de soja não deve chegar a 100 milhões de toneladas em 2024, prevê Safras

    Quadro de oferta e demanda da consultoria também faz projeções para as taxas de esmagamento e consumo interno de soja

    As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, acima dos 98 milhões indicados para 2023.

    A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado pela consultoria Safras & Mercado, mostrando estimativa de aumento de 1% entre uma temporada e outra.

    Para a empresa, a taxa de esmagamento do grão será 55 milhões de toneladas em 2024 e de 53 milhões de toneladas em 2023, uma elevação de 4% entre uma temporada e outra.

    Já a importação do grão é indicada em 110 mil toneladas em 2024, contra 130 mil toneladas em 2023.

    Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá aumentar 6%, passando para 168,871 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 157,7 milhões de toneladas, crescendo 2% sobre o ano anterior.

    Desta forma, os estoques finais deverão subir 103%, passando de 5,507 milhões para 11,171 milhões de toneladas.

    Farelo e óleo de soja

    A produção de farelo de soja será de 42,3 milhões de toneladas em 2024, subindo 4% em relação a 2023, na projeção da consultoria.

    As exportações deverão cair 2% para 21,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 20 milhões, aumentando 8%. Os estoques deverão subir 36% para 3,03 milhões de toneladas.

    Já a produção de óleo de soja deverá aumentar 3% para 11,1 milhões de toneladas. O Brasil deve exportar 2,05 milhões de toneladas, queda de 9%.

    O consumo interno deve subir 5% para 9 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 13% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 13% para 615 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Conheça o segredo dos solos campeões em produtividade de soja no Brasil

    Estudo analisou as seis áreas campeãs do Desafio de Máxima Produtividade de Soja para mostrar o que os produtores fizeram de melhor

    A 15ª edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), realizada em 29 de junho deste ano, reconheceu seis campeãs. Ao todo, uma propriedade de cada região brasileira, além de uma em regime irrigado, foram consagradas.

    Para identificar os micro-organismos e indicadores microbiológicos que ajudam a explicar o desempenho das vencedoras, a startup Biome4all se uniu ao Cesb. Assim, analisou as áreas auditadas e, também, as com menor produção para comparar os contrastes de maior e menor rendimento.

    “Para chegar aos resultados, utilizamos avançadas tecnologias para fazer o sequenciamento genético das amostras de solo coletadas e, em seguida, processamos e calibramos os dados obtidos, comparando com as informações do nosso vasto banco de dados do sistema de soja no Brasil. Esse processo garante uma análise baseada em ciência e tecnologia, que contribui para a tomada de decisão dos produtores”, destaca a engenheira agrônoma e líder de produto da empresa, Camilla Castellar.

    A presença de cada um dos grupos de micro-organismos avaliados foi definida por meio de um índice criado pela Biome4all, que vai de 0 a 100, considerando o banco de referência. Para não haver distorções, o banco de referência usado é relativo a cada sistema de cultivo e região em que a amostra foi coletada.

    “No Cesb, nós sempre incentivamos e divulgamos a importância da qualidade física e química dos solos para que as áreas de cultivo entregassem a cada safra produtividades maiores. Nos últimos anos, temos visto um movimento tanto das empresas do setor, quanto dos próprios produtores, no sentido de dar mais atenção, também, ao incremento e manutenção da microbiologia do solo”, afirma a coordenadora técnica e de Pesquisa do Comitê, Lorena Moura.

    Segundo ela, quando as áreas campeãs de produtividade de soja são apresentadas, faltavam análises que comprovassem a qualidade biológica destes solos. “A parceria com a Biome4all nos auxiliou, neste último Desafio, a explicar as altas produtividades atingidas por estas áreas”, conclui.

    Confira abaixo o detalhamento dos resultados de cada uma das propriedades campeãs*.

    Região Sudeste

    A produção vencedora da região Sudeste, de Nepomuceno (MG), foi também campeã Nacional do Desafio Cesb e registrou a maior produtividade entre os competidores, com 134,46 sacas/ha. A área se destacou por apresentar maior frequência de três grupos de micro-organismos que podem executar funções que ajudam na produção de soja:

    • Produção de ACC-deaminase, que proporciona maior tolerância ao estresse;
    • Disponibilidade de fósforo e enxofre, que contribuem com a fertilidade do solo

    A área de menor produtividade da propriedade apresentou 85,84 sacas/ha, uma diferença de 48,62 sacas/ha. A comparação entre as duas revelou que, na área com menor produção, a frequência de micro-organismos patogênicos foi muito maior, com destaque para o gênero Fusarium, cujas espécies, como o Fusarium solani, podem causar uma doença radicular que afeta bastante a soja.

    “Com essa informação, o produtor pode traçar estratégias de manejo que ajudem a reduzir as condições favoráveis para esses micro-organismos, além de investir em produtos biológicos que possam fortalecer seu controle”, destaca Camilla.

    Região Sul

    O campeão da região Sul, localizado em Clevelândia (PR), que apresentou uma produtividade de 132,83 sacas/ha, também revelou alta frequência de nove grupos que favorecem a produtividade de soja:

    • Produção de ACC-deaminase;
    • Produção de compostos voláteis;
    • Amenização de metais pesados e degradação de agroquímicos, que proporcionam tolerância ao estresse;
    • Controle de bactérias fitopatogênicas;
    • Controle de insetos-praga, o que representa alto controle biológico;
    • Disponibilidade de fósforo e enxofre, contribuindo para a fertilidade do solo

    Na comparação com a área de menor produtividade, a diferença foi de 62,83 sacas/ha. Entre os principais contrastes observados na comparação entre as duas estão o controle de fungos e nematóides fitopatogênicos.

    A partir dessa informação, percebe-se que a área de menor produtividade pode ser tratada com foco na melhoria do controle biológico do solo.

    Centro-Oeste

    Na região Centro-Oeste, a maior produtividade foi encontrada em Itiquira (MT) e atingiu a marca de 106,01 sacas/ha. Nesta área, foram identificadas características importantes para a produtividade:

    • Produção de ACC-deaminase (maior tolerância ao estresse);
    • Disponibilidade de fósforo, enxofre e Zn, Mn, Mg, Cu e Ca (maior fertilidade do solo);
    • Controle de bactérias fitopatogênicas e de insetos-praga

    Quando comparada à área com menor produtividade, a diferença foi de 28,81 sacas/ha. Além dos diferenciais já mencionados, a análise ainda revelou alto índice de biodiversidade de fungos na área campeã, o que indica maior quantidade de espécies e equilíbrio.

    “Essas informações podem nortear decisões de manejo para melhorar a área de menor produtividade, como a escolha de produtos biológicos. Adotar práticas que visem o aumento de matéria orgânica no solo é uma estratégia que pode ser interessante para melhorar a biodiversidade de fungos do solo”, destaca Camilla.

    Região Nordeste

    A área campeã da região Nordeste, em Riachão das Neves (BA) registrou a produtividade de 119,71 sacas/ha e se destacou em três grupos de micro-organismos que podem executar funções que contribuem para a produtividade de soja:

    • Produção de ACC-deaminase, que proporciona maior tolerância ao estresse;
    • Disponibilidade de fósforo e enxofre, que contribuem com a fertilidade do solo

    Já o talhão de menor produtividade demonstrou um rendimento de 95 sacas/ha de soja, ou seja, uma diferença de 24,71 sacas/ha em relação ao campeão.

    De acordo com a especialista da Biome4all, a propriedade apresentou um bom nível de produtividade, de modo geral, mas o trecho campeão também mostrou menores índices de grupos de micro-organismos que podem executar funções desfavoráveis quando em alta frequência, como produção de gás carbônico e oxidação do ferro.

    Região Norte

    A produção vencedora na região Norte é do município de Mateiro (TO) e apresentou produtividade de 108,6 sacas/ha. Na área auditada foi identificada uma alta frequência de três grupos que favorecem a produtividade:

    • Produção de ACC-deaminase, que proporciona maior tolerância ao estresse;
    • Disponibilidade de fósforo e enxofre, que contribuem com a fertilidade do solo

    A área da propriedade com menor produtividade apresentou 82 sacas/ha, o que significa uma diferença de 29,75 sacas/ha. Comparando a microbiologia das duas, as principais diferenças encontradas foram a produção de ácido abscísico e o controle de fungos fitopatogênicos.

    Além de maior atividade metabólica, a área campeã também demonstrou maior ocorrência de micro-organismos benéficos, em especial do gênero Trichoderma, o que ajuda a explicar um maior potencial de controle de fungos patogênicos.

    “Práticas de utilização de produtos biológicos específicos podem ajudar a resolver essas deficiências na área com menor produtividade. Na plataforma da Biome4All é possível conferir uma lista de produtos que podem auxiliar nesse processo”, destaca Camilla.

    Cultivo irrigado

    O campeão da categoria de cultivo irrigado, de Itapeva (SP), apresentou uma produtividade de 111,75 sacas/ha. A área auditada se destacou, em relação a outras da mesma região, em quatro aspectos:

    • Produção de ACC-deaminase (maior tolerância ao estresse);
    • Disponibilidade de fósforo, enxofre e Zn, Mn, Mg, Cu e Ca (maior fertilidade do solo).

    Quando comparada à área de menor produtividade da propriedade, a diferença identificada foi de 29,75 sacas/ha.

    O comparativo de contrastes produtivos indicou que a área campeã possui uma maior frequência de espécies de micro-organismos distribuídas de forma equilibrada e maior ocorrência daqueles que são benéficos, em especial, do gênero Trichoderma.

    A análise revela que a biodiversidade de fungos e a ocorrência de gêneros benéficos no solo pode ser melhorada.

    De acordo com a startup, algumas práticas de agricultura regenerativa que visam o acúmulo de matéria orgânica no solo e o uso de diferentes plantas durante os ciclos de cultivos são bons caminhos para isso, bem como o uso de produtos biológicos para acelerar o estabelecimento de micro-organismos benéficos.

    Conclusão da análise

    Essas informações reforçam que as características químicas e físicas do solo, cultivares utilizadas e práticas de manejo impactam em muitas diferenças na microbiologia, afirma a parceria entre Cesb e Biome4All.

    “Observar os micro-organismos que vivem no solo é mais um pilar a ser considerado na escolha de práticas de manejo, uma vez que a microbiologia tem um papel importante para um melhor aproveitamento do uso de insumos e na sustentabilidade dos cultivos”, observa Camilla Castellar.

    Segundo ela, os resultados mostraram que, de modo geral, as áreas que apresentaram maior produtividade lançam mão de práticas que contribuem para um solo com alto potencial de diferentes funções microbianas.

    Entre elas, por exemplo, estão:

    • Uso de plantas de cobertura;
    • Sistema de integração lavoura-pecuária ou rotação;
    • Utilização de produtos biológicos;
    • Nutrição equilibrada na primeira camada de solo (0-10 cm); e
    • Ausência de revolvimento do solo.

    Segundo Camila, a adoção de tais práticas têm impacto positivo na microbiologia do solo e, consequentemente, na produtividade. De acordo com um estudo da B4A, áreas que adotam práticas de agricultura regenerativa apresentam:

    • 19% de aumento no número de espécies;
    • 12% de redução de patógenos;
    • 28% de aumento de gêneros benéficos para as plantas;
    • 11% de aumento da resiliência do solo;
    • 18% de aumento da supressividade;
    • 35% de aumento na sustentabilidade.

    *É fundamental destacar que a combinação dos grupos microbianos do solo é muito variável e particular de cada área analisada. Desta forma, os resultados obtidos não significam que solos em outras áreas que apresentem as mesmas frequência de grupos obterão a mesma performance dos casos mencionados.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita de trigo da safra de 2022/23 atinge 29%

    O progresso com a colheita é maior frente ao mesmo período do ano passado, quando a ceifa estava em 18,7%

    A colheita de trigo na temporada 2022/23 avançou significativamente nos sete principais estados produtores do Brasil, atingindo 29% da área estimada.

    Esses estados incluem Goiás, Minas Gerais, BahiaRio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, representando 99,9% da produção total de trigo do país.

    Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento considerável na porcentagem colhida, já que, no ano anterior, estava em 18,7%. Isso sugere um progresso mais rápido na colheita em relação ao ano anterior.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Integração lavoura e pecuária alia produtividade e sustentabilidade no Pampa

    O sistema ILP vem mostrando bons resultados na produção de grãos, especialmente soja e sorgo, e na pecuária de corte

    Um modelo que integra lavoura e pecuária (ILP), mantido pela Embrapa Pecuária Sul (RS) no município de Lavras do Sul (RS), vem mostrando bons resultados na produção de grãos, especialmente soja e sorgo, e na pecuária de corte.

    Os dados foram coletados na Unidade Demonstrativa instalada na Fazenda Espinilho, e os trabalhos têm como objetivo aprimorar os sistemas integrados com base na conservação e melhoria dos recursos naturais, como água e solo.

    No caso da pecuária, o modelo busca ter forragens pastejadas durante todo o ano, ou o “pasto pastado 365 dias do ano”, como um dos pilares de melhoria do sistema, visando à redução e eliminação dos vazios forrageiros, especialmente nas transições entre as estações quente e fria do ano e durante o verão, quando a lavoura de grãos ocupa grande parte da área útil da propriedade.

    O trabalho é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (Nita), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, e a Fazenda Espinilho.

    Segundo o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Danilo Sant’Anna, os experimentos realizados buscam desenvolver sistemas integrados mais diversos e sustentáveis. São desenhos que visam reduzir a dependência de insumos externos, aumentar a resiliência, diminuir riscos, tanto produtivos como econômicos e ambientais, e que possam proporcionar maior renda e segurança aos produtores ao longo do tempo.

    “Os arranjos testados têm como base aumentar, ao mesmo tempo, a produtividade e a renda do produtor, tanto na parte agrícola como na pecuária, sob bases sustentáveis, conservando e melhorando os recursos naturais utilizados, como solos e água, entre outros”, ressalta o pesquisador.

    O solo é um dos recursos mais impactados por esse trabalho, com o aumento rápido e progressivo da fertilidade, a partir da aplicação dos processos e tecnologias do sistema integrado proposto, em que a fase pecuária cumpre um importante papel nesse sentido. O Sistema Plantio Direto e o Sistema Pasto sobre Pasto estão na base desses processos.

    Apesar do pouco tempo de início e das fortes estiagens que ocorreram nos últimos anos na região, os resultados que estão sendo obtidos na Fazenda Espinilho são promissores. De acordo com Sant’Anna, a produção pecuária obtida com o sistema proposto, principalmente durante o verão, tem sido muito importante para dar sustentação à propriedade.

    “O sistema Pasto sobre Pasto se mostrou muito robusto e produtivo, em especial durante o verão, com o uso do capim-sudão BRS Estribo, que nos últimos dois anos manteve a produção elevada mesmo com as estiagens ocorridas, o que se justifica pelo sistema radicular profundo dessas plantas, principalmente quando submetidas ao pastejo adequado.”

    Já nas culturas de grãos, que foram muito afetadas pelas estiagens, as lavouras implantadas após o sistema das pastagens, produziram mais que as áreas do sistema convencional da propriedade.

    No último verão (2022/2023), quando a estiagem foi a mais severa, a área de soja, implantada após o sistema de Pasto sobre Pasto com capim-sudão no verão anterior, produziu quatro sacas a mais por hectare em relação às áreas convencionais que não fizeram essa rotação.

    “Em anos normais, em outras áreas acompanhadas com esse sistema, as produtividades das lavouras subsequentes podem aumentar de 10% a 20%, ou até mais”, enfatiza o pesquisador.

    O trabalho pretende oferecer ao setor produtivo alternativas mais sustentáveis em relação aos modelos convencionais de produção de grãos, em especial da soja e do sorgo, e dos sistemas de produção pecuária, normalmente baseados somente em pastagens de inverno no Sul do país.

    Nesse sentido, um dos pressupostos dos sistemas avaliados é a presença do componente pecuário rodando no sistema com pastagens tanto de inverno como de verão, utilizando o Sistema Pasto sobre Pasto, visando não somente aumentar a estabilidade e a renda, mas também o impacto positivo na produção de grãos.

    Segundo Sant’Anna, isso se dá com a aceleração da melhoria da fertilidade dos solos, o aprofundamento de raízes e a maior retenção e infiltração de água nos solos, representando redução dos custos de produção das lavouras e incrementos na produtividade, entre outros benefícios.

    Ele pontua ainda que está sendo avaliado, em comparação com o modelo convencional de produção da região, um sistema biodiverso de produção no qual três componentes principais rotacionam entre si ao longo dos anos. São eles: lavoura de soja no verão e aveia e azevém no inverno; lavoura de sorgo grão no verão e aveia e azevém no inverno, e pecuária de corte com pastagens de verão (capim-sudão) e inverno (aveia e azevém) com uso do sistema Pasto sobre Pasto.

    “A maior diversidade de plantas e raízes vivas, convivendo na mesma área e ao mesmo tempo associadas ao uso adequado de diferentes práticas e processos agrícolas, como o plantio direto, não revolvimento do solo, e, principalmente, a presença do componente animal em pastagens adequadamente manejadas, não somente no inverno, mas também no verão, rotacionando também com áreas de lavoura, permitem melhor estruturação do solo, incremento da capacidade de captação de água e nutrientes, aumento da fixação de carbono, e potencialização dos organismos vivos que habitam no solo, entre outras melhorias”, aponta Sant’Anna.

    Para o pesquisador, o trabalho visa também simular e criar uma visão de futuro com o planejamento de todo o sistema de produção funcionando com os conceitos implementados e avaliados na área experimental.

    Além do sistema de soja, sorgo e pastagens de inverno e de verão, a fazenda conta com mais de 50% da área utilizada com campos nativos e campos nativos melhorados, nos quais um dos objetivos é intensificar o uso e manejo desse sistema pastoril natural, integrando-o como base forrageira perene no planejamento de todo o sistema de produção.

    “Com a diversificação e práticas conservacionistas é possível desenvolver sistemas altamente produtivos e rentáveis, mas que mantenham a sustentabilidade e a conservação dos recursos naturais”, finaliza.