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  • Cigarrinha preocupa produtores de milho no Rio Grande de Sul

    Cigarrinha traz alerta para safra gaúcha de milho; produtores e entidades de pesquisa estão investindo em monitoramento

    Depois de causar perdas de cerca de 20% no ciclo passado, a cigarrinha já está presente nesta safra de milho no Rio Grande do Sul.

    Produtores e entidades de pesquisa estão investindo no monitoramento para diminuir a população do inseto.

    Segundo a Rede Técnica Cooperativa (RTC), a incidência diminuiu no último mês, mas é mais pesada na safrinha quando os dias ficam com temperaturas mais elevadas.

    Com mais da metade das lavouras já semeadas, o Rio Grande do Sul deve plantar neste ano pouco mais de 831 mil hectares de milho.

    Assim como na safra passada, já foi registrada a presença da cigarrinha neste ciclo.

    Segundo levantamento da RTC, a praga tem potencial de prejuízos de 90%.

    No ciclo 21/22 praticamente todas regiões registraram a presença da cigarrinha.

    Nesta safra, já são 14 cidades com infestações.

    Segundo entomologista e pesquisador Glauber Stürmer, as regiões mais quentes do Rio Grande do Sul são as mais afetadas.

    “O nível de infectividade está bem mais elevado do que o ano passado”, diz.

    Cigarrinha

    O inseto só sobrevive em milho e hoje está presente em todas regiões produtoras do país.

    Com poucos defensivos e variedades de semente resistentes disponíveis, pesquisadores destacam a importância de manejar o milho.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Como fazer o controle de plantas daninhas na cultura da soja?

    Dessecação eficaz e o uso de herbicidas pré-emergentes são decisivos para uma safra mais produtiva

    Com a chegada da semeadura da soja é preciso ligar o alerta para as plantas daninhas. Elas possuem capacidade de se adaptar a lugares e condições climáticas adversas, tornando-se fortes competidoras e afetando o rendimento da cultura. Conforme o pesquisador da CCGL Mario Bianchi, o controle de plantas daninhas pode ser dividido em duas etapas, uma delas é a dessecação, que ocorre antes da semeadura da cultura, e a outra é o controle com herbicidas seletivos que ocorre a partir da semeadura da soja.

    Segundo Mário, a dessecação é a primeira parte do processo e uma das mais importantes, pois cria as condições para o bom estabelecimento da soja, sendo responsável por praticamente 80% do sucesso do controle de daninhas. – Essa etapa envolve o controle de espécies já estabelecidas e deve resultar na eliminação completa das plantas daninhas para criar condições ideais de semeadura – resume Mário.

    – É importante entender também que na dessecação a separação por tamanho indica a estratégia de controle. Em plantas grandes, com mais de 25 cm de altura, como buva, o ideal é aplicação sequencial, ou seja, duas aplicações de herbicidas, a primeira composta por herbicidas móveis na planta, como o glifosato e o 2,4-D e a segunda composta por herbicidas de contato, como o glufosinato e o diquate. Em plantas pequenas, com menos de 15 cm de altura, pode ser efetuada uma única aplicação. Na aplicação sequencial, a primeira aplicação é entre duas e três semanas antes da semeadura e a segunda um ou dois dias antes da semeadura, destaca Mário.

    O Pesquisador da CCGL explica que a segunda etapa do processo inicia com a aplicação de herbicidas pré-emergentes (ex: s-metolaclor, piroxasulfone, imazetapir, flumioxazina) que vão controlar as plantas daninhas provenientes da germinação de sementes, reduzir a população que vai se estabelecer e atrasar a emergência da planta daninha dentro da cultura da soja. Após, é feita a aplicação de herbicidas em pós-emergência (ex.: glifosato) dentro da cultura da soja, que vão controlar as plantas daninhas já emergidas ou que emergirão dentro do ciclo da cultura.

    O pesquisador reforça, ainda, que as plantas daninhas podem variar por região e que é preciso estar atento às condições climáticas para fazer um controle eficaz e que vá gerar rentabilidade e garantir a produtividade planejada para a lavoura de soja. Para mais informações, acesse as redes sociais da Rede Técnica Cooperativa – RTC ou procure o departamento técnico de sua cooperativa. Confira mais sobre o assunto no vídeo https://www.youtube.com/watch?v=qNZgZOy2mdo.

    Fonte: ASCOM CCGL

  • Culturas de verão animam cooperativas gaúchas

    O mês de outubro vai marcar o início do plantio da soja no Rio Grande do Sul

    O mês de outubro vai marcar o início do plantio da soja no Rio Grande do Sul. Principal cultura do Estado, os produtores já fazem a prática do manejo do solo para iniciar a semeadura da cultura, que foi muito prejudicada no período anterior devido à estiagem.

    Segundo o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, existe um manejo intensivo no sentido de proteção, de dessecação de culturas de coberturas, como a questão da aveia, que são plantadas para o solo, e isso é uma prática positiva. “Teremos bastante restevas de trigo e de aveia. E a época de plantio da soja no Rio Grande do Sul começa no início de outubro e se entende até pela metade do mês”, ressalta.

    No caso da cultura do milho, o dirigente salienta que houve uma certa preocupação com geadas pontuais, mas que em boa parte do Estado a lavoura está já plantada, e em alguns lugares já emergiu, “Não acreditamos em danos muito fortes devido às geadas que ocorreram na cultura do milho”, observa.

    Pires reforça que a lavoura de soja deve apresentar aumento de área, conforme os prognósticos. No milho, o dirigente informa que as plantações têm apresentado um bom desenvolvimento. Com informações da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • La Niña persiste e amplia chance de geadas tardias e chuvas abaixo da média

    Por causa disso, frentes frias devem ser registradas ao decorrer de outubro e no início de novembro

    Para o trimestre outubro-novembro-dezembro, a indicação é de continuidade do fenômeno La Niña, variando de intensidade fraca a moderada no início do trimestre, e de intensidade fraca, sobretudo a partir de dezembro, quando o La Niña deve perder intensidade. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

    Por causa do fenômeno La Niña, o Estado deve ser impactado pela passagem rápida de frentes frias, com chance de geadas tardias, especialmente em outubro e início de novembro, e chuvas abaixo da média.

    O prognóstico climático para o trimestre outubro-novembro-dezembro de 2022 indica condições de precipitação pluvial abaixo da média para todo o Estado, com desvios negativos variando entre 100 e 200 mm na maioria das regiões. Nos meses de outubro e novembro, os maiores desvios negativos de precipitação ocorrem principalmente entre o centro-norte e noroeste do Rio Grande do Sul, enquanto que, em dezembro, as áreas mais atingidas pelos déficits de precipitação ocorrem especialmente no centro para o sul do Estado.

    Em relação às temperaturas do ar, o mês de outubro deve ser marcado por anomalias negativas de temperatura. Nos meses de novembro e dezembro, as temperaturas devem estar mais próximas da média histórica.

    O boletim destaca que entre novembro e dezembro, em virtude do predomínio de tempo seco no Estado, deve haver uma maior amplitude térmica, ou seja, temperaturas mínimas podem ficar um pouco abaixo, enquanto que as máximas podem ficar acima da média.

    O boletim do Conselho é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

    La Niña e culturas de inverno

    • Independentemente do prognóstico climático de precipitação pluvial abaixo da média no período, monitorar a ocorrência de doenças e pragas e observar se há necessidade de aplicações de defensivos agrícolas. Não descuidar do momento da colheita, colhendo tão logo seja possível.
    • Os produtores devem providenciar a revisão das colhedoras e acompanhar a previsão do tempo para colheita.

    Arroz

    • Apesar da condição dos reservatórios estarem com suas capacidades próximas ao máximo, os produtores de arroz devem manter a atenção para a questão da captação e armazenamento de água para próxima safra considerando a continuidade do fenômeno La Niña, dimensionando a área a ser semeada conforme a disponibilidade de água.
    • Dentro do possível, dar continuidade à adequação das áreas destinadas à lavoura na próxima safra, principalmente às atividades de preparo e sistematização do solo, para possibilitar a semeadura na época recomendada pelo zoneamento agrícola, para aproveitar as melhores condições de disponibilidade de radiação solar.
    • Escalonar a época de semeadura de acordo com o ciclo da cultivar, primeiro as de ciclo longo, seguidos das de ciclo médio e precoce.
    • Para semeaduras até meados de outubro, quando a temperatura do solo for baixa, atentar para que a profundidade da semeadura não seja superior a dois centímetros, a fim de evitar redução no estande de plantas e a consequente desuniformidade no estabelecimento inicial da cultura.

    Culturas de primavera-verão

    • Escalonar a época de semeadura e utilizar genótipos de diferentes ciclos ou diferentes grupos de maturação para evitar eventuais perdas em função de deficiência hídrica no período crítico, sempre respeitando o zoneamento agrícola.
    • Para cultura de milho e feijão iniciar a semeadura quando a temperatura do solo, a 5 cm de profundidade, estiver acima de 16º C e houver umidade adequada do solo.
    • Para cultura da soja, somente se inicia a semeadura quando houver umidade adequada do solo.
    • Tratando-se de plantio direto, fazer o manejo de culturas de inverno voltadas para a proteção do solo e manutenção da umidade no solo.
    • Considerando o prognóstico de baixa precipitação no trimestre outubro/novembro/dezembro, se possível, irrigar sempre que necessário. Dar preferência à irrigação nos períodos críticos da cultura (florescimento – enchimento de grãos).
    • Para o cultivo da soja em terras baixas é indispensável a drenagem. Entretanto, em anos de estiagem, é importante atenção quanto ao manejo da irrigação, pois os solos são rasos e argilosos.

    Hortaliças

    • O prognóstico de temperaturas ligeiramente abaixo da média na primavera sinaliza para adequado desenvolvimento de cultivos, especialmente aqueles que apresentam expressão sexual influenciada pela temperatura do ar, como é o caso das cucurbitáceas. Considerar que devem ser respeitados os demais fatores ambientais que atuam sobre essa expressão (ex.: umidade do solo, nível de fertilidade e densidade populacional).
    • Para cultivos em ambiente protegido (túneis e estufas), realizar o fechamento ao final do dia (especialmente no mês de outubro, quando há prognóstico de temperaturas mínimas abaixo da média) e proceder à abertura pela manhã, evitando aumento excessivo da umidade relativa e da temperatura do ar no ambiente interno dos abrigos.
    • O prognóstico de temperaturas mínimas abaixo da média e ocorrência de geadas tardias requer atenção dos produtores quanto ao risco de danos que afetam a qualidade visual das hortaliças (ex: escaldadura por frio).
    • O prognóstico de precipitações pluviais abaixo da média no trimestre requer atenção quanto à necessidade de irrigação, a qual deve, preferencialmente, ser realizada via sistema de gotejamento, que apresenta melhor eficiência de uso da água.

    La Niña e fruticultura

    • Em pomares nos quais houver eventual perda de estruturas de frutificação e frutos em função da ocorrência de geadas, adotar o manejo usual do dossel vegetativo em relação a podas e aplicações de defensivos químicos, a fim de assegurar a produção da safra seguinte.
    • Considerando que os prognósticos indicam temperaturas abaixo da média especialmente no mês de outubro coincidindo com o período de polinização, recomenda-se práticas que favoreçam a frutificação e a  condução práticas de manejo para manter o equilíbrio do dossel vegetativo e a produção.
    • Recomenda-se a prática do raleio para ajuste da carga de frutos quando necessário, conforme as orientações técnicas de cada região/cultivar, para garantir o desenvolvimento e maturação que sejam adequados aos frutos.
    • Seguir o manejo fitossanitário recomendado para a cultura, dando atenção principalmente à incidência de pragas e doenças. Com a primavera mais seca, recomenda-se uma maior atenção no monitoramento e controle de ácaros, evitando inseticidas pouco seletivos que afetam os inimigos naturais destes insetos. Importante também o monitoramento de moscas-das-frutas, adotando o uso de iscas tóxicas.
    • O prognóstico de precipitações abaixo da média no trimestre outubro-novembro-dezembro requer atenção quanto à necessidade de irrigação que deve, preferencialmente, ser realizada via sistema de gotejamento, especialmente no estabelecimento de novos pomares, para evitar a perda de mudas.
    • Preservar a cobertura verde nos pomares seja por meio de espécies cultivadas ou espontâneas, para conservação das propriedades do solo e armazenamento de água.

    Silvicultura

    • Adequar o manejo florestal, considerando o prognóstico de precipitação pluvial abaixo da média climatológica no trimestre outubro/novembro/dezembro.
    • Em povoamentos florestais, deve ser evitada a adubação mineral ou orgânica com elevadas concentrações de nitrogênio.
    • Para produção de mudas florestais em céu aberto, caso o viveirista tenha necessidade de aplicar fertilizantes, deve aumentar a relação potássio/nitrogênio da formulação mais indicada para cada espécie e estádio.
    • Caso o produtor florestal tenha necessidade de realizar o plantio no trimestre outubro/novembro/dezembro, às mudas florestais devem apresentar um sistema radicular bem formado, para garantir maior sobrevivência no campo.

    La Niña e pastagens

    • Considerando o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica, promover a manutenção da cobertura de solo e de boa disponibilidade de forragem, adequando a lotação animal ao crescimento do pasto.
    • Indica-se manter a lotação animal reduzida nas pastagens de azevém, para garantir boa ressemeadura natural no próximo ano.
    • Escalonar os períodos de plantio/semeadura das pastagens cultivadas no verão utilizando mudas/sementes de alto vigor.
    • Indica-se fazer silagem/feno de cultivos e pastagens de inverno/primavera, visando garantir maior disponibilidade de alimento no verão para as categorias de rebanhos mais exigentes, tendo em vista que o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica pode afetar o desenvolvimento das pastagens.
    • A prática do diferimento melhora a quantidade e a qualidade das forrageiras nos períodos de estiagem. Além de permitir ao campo o aprofundamento de suas raízes, para aumentar a resistência ao déficit hídrico. Com informações da assessoria de comunicação social da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Emater/RS: condições climáticas favoráveis ao bem-estar do rebanho leiteiro

    As condições do tempo foram benéficas para o bem-estar dos rebanhos leiteiros, e há boa disponibilidade de pastagens, embora algumas propriedades disponham apenas de forrageiras em fase final de ciclo, que compromete parcialmente o valor nutricional da dieta, havendo necessidade de complementação com o uso de silagens e/ou de rações.

    No geral, as condições sanitárias dos rebanhos permanecem boas mediante a utilização de práticas de controle de parasitas, da aplicação de vacinas e do manejo.

    As informações coletadas pela Emater/RS mostram queda no preço do litro do leite pago ao produtor, e custo de produção ampliado, puxado pelo preço da soja, do milho e do trigo, principais insumos da alimentação concentrada.

    Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Aceguá, os produtores que utilizam maior nível tecnológico estão adquirindo novilhas oriundas do Paraná, visando à elevação dos índices de produtividade de leite. Em Dom Pedrito, houve saída de produtores da atividade devido ao grande aumento dos custos de produção e pela falta de correção em relação aos valores pagos pelo litro do leite ao produtor.

    Na regional de Ijuí, a produção de leite começa a diminuir com a redução da oferta de forragem verde. Dados de uma cooperativa local revelam redução de 4% no volume de leite coletado em relação à semana anterior (19 a 25/09), principalmente nas propriedades que utilizam sistema de produção à base de pasto. Nos sistemas de produção confinados, a produção segue estável.

    Na de Passo Fundo, os rebanhos que apresentam boas condições sanitárias e escore corporal estão mantendo os níveis de produção de leite, mesmo com a redução da qualidade das pastagens de inverno. Os produtores têm utilizado de alimentos conservados e concentrados para fazer os ajustes nas dietas, visando atender às necessidades dos rebanhos.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Declaração Anual de Rebanho: apenas 43% foram entregues

    31 de outubro é o prazo final para a entrega da declaração
    O prazo final para a Declaração Anual de Rebanho se aproxima: 31 de outubro é o último dia para cumprir esta obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos que trabalhem com agronegócios de produção animal. A menos de um mês para o fim, foram feitas apenas 43% das 380 mil declarações esperadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

    A partir desse ano, a atualização cadastral está mais completa, com informações mais detalhadas sobre a propriedade rural e os sistemas de produção animal, o que torna a declaração mais extensa. Por isso, não é aconselhável que seja protelada até a última hora.

    “Manter esses dados atualizados pelo produtor é de extrema importância, porque todas as políticas públicas voltadas para a sanidade animal são baseadas nestas informações. Para que sejamos mais assertivos nas políticas públicas de saúde animal, nós precisamos estar com todas as informações o mais fidedignas possível”, explica a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapdr, Rosane Collares Moraes.

    Como fazer 

    Este ano, os formulários estão disponíveis no link www.agricultura.rs.gov.br/declaracao e podem ser entregues de duas formas.

    Na primeira, o produtor comparece à Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária de referência e informa verbalmente os dados a serem lançados. Com a opção de geração de senha do Produtor Online, ele assina digitalmente a declaração.

    Na segunda opção, o produtor baixa os formulários no site da Seapdr, preenche e os entrega na IDA ou EDA do seu município.

    A expectativa é que, no próximo ano, os produtores possam fazer a declaração online, diretamente pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA).

    Sanções 

    A Declaração Anual de Rebanho é obrigatória. A partir de 1º de dezembro, os produtores inadimplentes terão bloqueio do seu cadastro no SDA, não sendo possível a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) até que sua situação seja regularizada.

    Estrutura e finalidade 

    A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada na propriedade, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros.

    No formulário de caracterização da propriedade, há campos novos, como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais terão questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

    Os dados captados pela nova Declaração Anual de Rebanho permitirão delinear um perfil mais completo sobre a produção pecuária no Rio Grande do Sul, contribuindo para a manutenção do status sanitários dos rebanhos do Estado ao fornecer subsídios para as ações dos programas de saúde animal e demais políticas públicas direcionadas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Colostro pode ser alternativa no tratamento de bovinos

    A diarreia ainda é um desafio no desenvolvimento de bezerros leiteiros e pré-desmamados, o que gera doenças e até mortes
    A diarreia ainda é um desafio no desenvolvimento de bezerros leiteiros e pré-desmamados, o que gera doenças e até mortes. Porém, a solução pode estar mais próxima do que se imagina, no colostro das vacas. Isso mesmo, recentes pesquisas afirmam a eficácia do colostro como tratamento precoce de diarreia em bezerros jovens.

    O artigo publicado no Dairy Herd, portal especializado em rebanho leiteiro, diz que o colostro tem sido usado na nutrição suplementar e tratamento de diarreia em humanos há séculos. Um caso de diarreia custa mais de US$ 50 por bezerro, sendo que 5% dos animais afetados não sobrevivem. De acordo com a publicação, uma novilha de reposição, por exemplo, que teve diarreia, terá cerca de 50g/ a menos de ganho médio diário.

    Outra estatística importante destacada no artigo, é que entre os bezerros dos EUA que sofrem com diarreia, cerca de 75% deles são tratados com antibióticos, que não respondem em muitos casos, além de terem alterações na microbiota intestinal.

    Sendo assim, o colostro pode ser a resposta no tratamento da diarreia, já que é confirmado que o colostro dado a cria após o nascimento, protege o animal de várias doenças, por ser rico em vitaminas e minerais, nada como o tempo e as pesquisas para provar a solução que pode estar da porteira para dentro.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Máquinas agrícolas produzidas a partir de 2016 terão prioridade de registro

    Renagro é um documento oficial para tratores e máquinas agrícolas que permite o trânsito em vias públicas; válido no Brasil

    Para evitar dificuldades com acúmulo de solicitações do Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou a Portaria 469, que estabelece prioridades para se obter o registro.

    A partir da publicação da portaria, os tratores e máquinas agrícolas produzidos a partir de 2016 terão prioridade na inscrição junto ao Renagro.

    “Temos a expectativa de um aumento expressivo de cadastrados no IdAgro [aplicativo usado para o registro]. Mas isso depende da mobilização e interesse dos produtores rurais. Então, estamos fazendo o trabalho de divulgar as obrigações e as vantagens de se registrar a máquina agrícola”, explicou a diretora do Departamento de Apoio à Inovação Agropecuária, Sibelle de Andrade.

    O Renagro é um documento oficial para tratores e máquinas agrícolas que permite o trânsito em vias públicas.

    O documento é sem custos para o produtor, sem taxa de licenciamento anual e sem a necessidade de emplacamento.

    Além disso, o documento garante maior segurança na venda e compra de tratores usados, possibilitando de ser utilizado como uma garantia em financiamento.

    O registro é válido em todo o território nacional.

    Conforme a portaria, a ordem de prioridade será definida a partir do ano de fabricação dos tratores ou máquinas agrícolas, conferindo-se maior prioridade aos veículos mais novos e, dentre esses, os que primeiro solicitarem o registro.

    Caso os proprietários de tratores ou máquinas agrícolas com prioridade de registro ainda não tenham obtido o documento, deverão portar o protocolo de solicitação de registro na Plataforma Nacional de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas – IdAgro para transitarem nas vias públicas brasileiras.

    O software desenvolvido para atender a legislação, a plataforma IdAgro (sistema Android, iOS), permite o proprietário obter o registro de forma gratuita. O cadastro do bem (principalmente tratores) traz fotos, documento, histórico dos donos, possibilidade de realizar a transferência, entre outras funcionalidades.

    Atualmente, já existem 85.000 máquinas cadastradas no IdAgro, sendo 80% de tratores e 20% de colheitadeiras. O universo de tratores e colheitadeiras é de aproximadamente 1,6 milhões de unidades.

    O Renagro é obrigatório?

    É opcional o registro no Renagro se as máquinas não forem transitar em via pública. Há, portanto, a obrigatoriedade de se retirar o registro se o trator é fabricado depois de 2016 e vai transitar em via pública.

    É preciso lembrar que, em qualquer hipótese, com Renagro ou não, para transitar em via pública é necessário que a máquina tenha os itens de segurança estabelecidos pela Lei 9.503/97 e pelas resoluções do CONTRAN.

    Com o objetivo de dar mais celeridade a esse processo, um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) entre o Ministério da Agricultura e Instituto CNA está sendo firmado.

    O Instituto, como entidade conveniada, liderará a implantação, a gestão, o controle de acesso, a manutenção e a modernização de sistemas de dados da base de dados do Renagro; bem como o desenvolvimento de novos produtos e serviços requeridos tanto pela própria evolução dos sistemas quanto pela identificação de novas funcionalidades que componham uma Plataforma Nacional de Registros Agrícolas.

    Como registrar a máquina?

    Para fazer o registro, basta baixar o aplicativo IdAgro no smartphone, se cadastrar e cadastrar as máquinas de interesse.

    Após essa etapa, guardar o protocolo da solicitação de cadastro até que se obtenha o registro definitivo junto à concessionária da marca da sua máquina.

    Em seguida, cadastrar no IdAgro (nome, CPF, endereço, e-mail e telefone) e preencher os campos de dados da máquina.

    Depois, com a nota fiscal, procurar uma agência autorizada da marca. Somente as agências autorizadas podem realizar o registro final e disponibilizar o documento para impressão.

    A agência autorizada irá analisar os documentos originais do proprietário, a nota fiscal e a numeração do chassi ou de série do bem.

    Ao comprar um trator novo, a própria concessionária realiza o cadastro da máquina e a vincula ao comprador automaticamente.

    Outra funcionalidade muito importante é que, com o registro via IdAgro, a comunicação de eventual sinistro fica integrada com o Sistema Córtex do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    Dessa forma, a denúncia de roubo e furto é encaminhada diretamente para os sistemas policiais.

    Também é possível consultar o status legal do registro de máquina agrícola, além da possibilidade de encaminhar mensagem ao proprietário da máquina, protegendo o anonimato.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Governo que expandir alcance da Cédula de Produto Rural

    CPR é um título representativo de promessa de entrega futura de produto agropecuário e pode ser emitida pelo produtor ou associações

    Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e um grupo de especialistas em mercado de capitais voltado ao agronegócio reuniram-se para debater a expanção do alcance da Cédula de Produto Rural (CPR) para o setor de comercialização de produtos agropecuários e ampliar ainda mais o saldo negociado dos títulos vinculados ao setor.

    De acordo com José Angelo Mazzillo, secretário adjunto de Política Agrícola do Mapa, o volume negociado em CPR até agosto de 2020 era de R$ 17 bilhões.

    “Dois anos depois, em agosto de 2022, esse saldo subiu para R$ 178 bilhões”, afirmou Mazzillo.

    O que ocorreu para essa explosão nas negociações dos títulos do agro?

    Segundo o secretário, foi justamente o primeiro upgrade na legislação que os regulamenta.

    A CPR foi instituída pela Lei 8.929, de 1994, e houve uma grande remodelação com a Lei 13.986, de abril de 2020.

    Em julho de 2021, ocorreu outra remodelação dessa legislação, com a Lei 14.421.

    “A gente está tornando a CPR um título muito atraente, tanto para o credor, quanto para o tomador de recursos.

    Ambos querem um mercado financeiro bem desenhado, por isso ‘fechamos o circuito’ entre quem precisa de dinheiro e quem quer investir no agro”, explicou Mazzillo.

    A expectativa, segundo o secretário, é que o volume de recursos negociados via CPR alcance R$ 200 bilhões em breve e chegue à casa do trilhão entre cinco e dez anos.

    O agronegócio brasileiro movimenta hoje mais de R$ 2,5 trilhões, que correspondem a pouco mais de um quarto do PIB do país, que é de aproximadamente R$ 9 trilhões.

    “Nos últimos anos, a gente está impulsionando as finanças privadas do agro para deixar a agricultura mais robustecida em termos de recursos, de financiamento. O Plano Safra é uma peça importante, mas a nossa agricultura está crescendo como um foguete”, reforçou Mazzillo.

    Esse crescimento justifica a necessidade de ampliar a oferta de capital de giro e de capital para investimento, trabalho que o Mapa vem desenvolvendo.

    A adequação do marco legal é uma das estratégias adotadas. Nos últimos anos, a CPR se expandiu de dentro da porteira para a agroindústria, depois para a indústria, setor de insumos, máquinas e implementos e, mais recentemente, para equipamentos de armazenagem. A ideia é abarcar toda a cadeia do agronegócio.

    Players

    A participação de players do mercado na atualização do marco legal é estratégica. “Como a lei é para impulsionar o mercado, precisamos envolver nas conversas o maior número de players que a gente conseguir. Tanto por parte de quem emite a CPR e precisa do dinheiro, quanto por parte de quem vai comprar a CPR e fazer investimentos”, disse Mazzillo.

    Quando um cliente vai ao banco e pretende investir no agro, ele encontra recebíveis “empacotados” em instrumentos sofisticados de mercado de capitais, como o CRA, o Fiagro, a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), um dos mais conhecidos. Pessoas físicas podem adquirir cotas desses produtos.

    Estruturadoras e securitizadoras que estruturam as operações entre investidores da cidade e produtores do campo participaram da reunião, assim como bancos, cooperativas agropecuárias, cooperativas de crédito e escritórios de advocacia. “Os estruturadores e securitizadores são empresas que desenvolvem o modelo para calcular o risco de crédito do produtor rural e, com isso, oferecer esse serviço para o credor”, explicou o secretário. Essas empresas levam em conta a possibilidade de inadimplência do produtor rural para estabelecer a taxa de juros adequada a esse risco.

    Investir em CPR é um bom negócio?

    Segundo Mazzilo, a rentabilidade é calculada pela CDI, que, em geral, expressa a variação da taxa Selic definida pelo Banco Central.

    “A rentabilidade normalmente é medida pela CDI mais um valor fixo, que pode variar de 4%, 5%, podendo chegar a até 10% ao ano, dependendo do tipo de risco, do tipo de operação.”

    O mais comum é encontrar no mercado esses instrumentos estruturados com a taxa de CDI mais juros de 6% a 8% ao ano.

    Mazzillo disse acreditar que, com as alterações legais em andamento, o Brasil poderá ter um dos melhores mercados de crédito para o agronegócio do mundo. “Se a gente conseguir emplacar essas mudanças, vai ser difícil ter um mercado de crédito ao agronegócio melhor que o brasileiro”, afirmou.

    CPR Verde

    A atualização dos decretos envolve aperfeiçoamentos pontuais, especialmente na regulamentação da CPR com fins de sustentabilidade.

    Mazzillo explica que a Cédula de Produto Rural pode ser usada para financiar atividades convencionais ou atividades sustentáveis, neste caso, regulamentada no Decreto 10.828, de 2021.

    “Decreto e lei têm que andar juntos, têm que conversar. Já que a Lei 14.421 mudou bastante as CPRs, permitindo a expansão de seu uso, a gente tem que atualizar o decreto.”

    Um dos pontos a ser alterado está relacionado à nomenclatura.

    No caso da CPR Verde, há uma nomenclatura usada internacionalmente que o investidor estrangeiro está acostumado e os grandes investidores brasileiros começam a entender.

    “A gente tem que explicitar isso no decreto para todo mundo falar a mesma língua. Quando a gente falar CPR do tipo tal, todos devem entender o que significa aquela CPR”.

    Hoje, quando se fala em CPR Verde, os investidores a associam a questões ambientais, socioambientais, conservação, prestação de serviço ambiental, produção sustentável, o que pode levar a uma confusão conceitual.

    “O termo CPR Verde é utilizado indistintamente para todas as modalidades de título sustentável. O mercado internacional já faz isso e o mercado nacional está começando a operar com uma nomenclatura específica. A gente quer trazer essa nomenclatura para a CPR e, dessa forma, favorecer as operações desse título no Brasil.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • RS deve expandir trigo para áreas que não investiam no cereal

    O Rio Grande do Sul deve colher a maior safra de trigo de sua história e expandir o cereal para áreas que antes não investiam no cultivo

    Rio Grande do Sul deve colher a maior safra de trigo de sua história e expandir o cereal para áreas que antes não investiam no cultivo.

    Benefícios como a rotação de cultura e a valorização da saca têm incentivado os produtores.

    Nesta safra o estado dedicou ao trigo 1,4 milhões de hectares, 22% a mais que no ciclo passado.

    O estado deve colher cerca de 4 milhões de toneladas de trigo, de acordo com o Emater-RS.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/