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  • Emater/RS: condições climáticas favoráveis ao bem-estar do rebanho leiteiro

    As condições do tempo foram benéficas para o bem-estar dos rebanhos leiteiros, e há boa disponibilidade de pastagens, embora algumas propriedades disponham apenas de forrageiras em fase final de ciclo, que compromete parcialmente o valor nutricional da dieta, havendo necessidade de complementação com o uso de silagens e/ou de rações.

    No geral, as condições sanitárias dos rebanhos permanecem boas mediante a utilização de práticas de controle de parasitas, da aplicação de vacinas e do manejo.

    As informações coletadas pela Emater/RS mostram queda no preço do litro do leite pago ao produtor, e custo de produção ampliado, puxado pelo preço da soja, do milho e do trigo, principais insumos da alimentação concentrada.

    Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Aceguá, os produtores que utilizam maior nível tecnológico estão adquirindo novilhas oriundas do Paraná, visando à elevação dos índices de produtividade de leite. Em Dom Pedrito, houve saída de produtores da atividade devido ao grande aumento dos custos de produção e pela falta de correção em relação aos valores pagos pelo litro do leite ao produtor.

    Na regional de Ijuí, a produção de leite começa a diminuir com a redução da oferta de forragem verde. Dados de uma cooperativa local revelam redução de 4% no volume de leite coletado em relação à semana anterior (19 a 25/09), principalmente nas propriedades que utilizam sistema de produção à base de pasto. Nos sistemas de produção confinados, a produção segue estável.

    Na de Passo Fundo, os rebanhos que apresentam boas condições sanitárias e escore corporal estão mantendo os níveis de produção de leite, mesmo com a redução da qualidade das pastagens de inverno. Os produtores têm utilizado de alimentos conservados e concentrados para fazer os ajustes nas dietas, visando atender às necessidades dos rebanhos.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Declaração Anual de Rebanho: apenas 43% foram entregues

    31 de outubro é o prazo final para a entrega da declaração
    O prazo final para a Declaração Anual de Rebanho se aproxima: 31 de outubro é o último dia para cumprir esta obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos que trabalhem com agronegócios de produção animal. A menos de um mês para o fim, foram feitas apenas 43% das 380 mil declarações esperadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

    A partir desse ano, a atualização cadastral está mais completa, com informações mais detalhadas sobre a propriedade rural e os sistemas de produção animal, o que torna a declaração mais extensa. Por isso, não é aconselhável que seja protelada até a última hora.

    “Manter esses dados atualizados pelo produtor é de extrema importância, porque todas as políticas públicas voltadas para a sanidade animal são baseadas nestas informações. Para que sejamos mais assertivos nas políticas públicas de saúde animal, nós precisamos estar com todas as informações o mais fidedignas possível”, explica a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapdr, Rosane Collares Moraes.

    Como fazer 

    Este ano, os formulários estão disponíveis no link www.agricultura.rs.gov.br/declaracao e podem ser entregues de duas formas.

    Na primeira, o produtor comparece à Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária de referência e informa verbalmente os dados a serem lançados. Com a opção de geração de senha do Produtor Online, ele assina digitalmente a declaração.

    Na segunda opção, o produtor baixa os formulários no site da Seapdr, preenche e os entrega na IDA ou EDA do seu município.

    A expectativa é que, no próximo ano, os produtores possam fazer a declaração online, diretamente pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA).

    Sanções 

    A Declaração Anual de Rebanho é obrigatória. A partir de 1º de dezembro, os produtores inadimplentes terão bloqueio do seu cadastro no SDA, não sendo possível a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) até que sua situação seja regularizada.

    Estrutura e finalidade 

    A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada na propriedade, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros.

    No formulário de caracterização da propriedade, há campos novos, como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais terão questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

    Os dados captados pela nova Declaração Anual de Rebanho permitirão delinear um perfil mais completo sobre a produção pecuária no Rio Grande do Sul, contribuindo para a manutenção do status sanitários dos rebanhos do Estado ao fornecer subsídios para as ações dos programas de saúde animal e demais políticas públicas direcionadas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Colostro pode ser alternativa no tratamento de bovinos

    A diarreia ainda é um desafio no desenvolvimento de bezerros leiteiros e pré-desmamados, o que gera doenças e até mortes
    A diarreia ainda é um desafio no desenvolvimento de bezerros leiteiros e pré-desmamados, o que gera doenças e até mortes. Porém, a solução pode estar mais próxima do que se imagina, no colostro das vacas. Isso mesmo, recentes pesquisas afirmam a eficácia do colostro como tratamento precoce de diarreia em bezerros jovens.

    O artigo publicado no Dairy Herd, portal especializado em rebanho leiteiro, diz que o colostro tem sido usado na nutrição suplementar e tratamento de diarreia em humanos há séculos. Um caso de diarreia custa mais de US$ 50 por bezerro, sendo que 5% dos animais afetados não sobrevivem. De acordo com a publicação, uma novilha de reposição, por exemplo, que teve diarreia, terá cerca de 50g/ a menos de ganho médio diário.

    Outra estatística importante destacada no artigo, é que entre os bezerros dos EUA que sofrem com diarreia, cerca de 75% deles são tratados com antibióticos, que não respondem em muitos casos, além de terem alterações na microbiota intestinal.

    Sendo assim, o colostro pode ser a resposta no tratamento da diarreia, já que é confirmado que o colostro dado a cria após o nascimento, protege o animal de várias doenças, por ser rico em vitaminas e minerais, nada como o tempo e as pesquisas para provar a solução que pode estar da porteira para dentro.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Máquinas agrícolas produzidas a partir de 2016 terão prioridade de registro

    Renagro é um documento oficial para tratores e máquinas agrícolas que permite o trânsito em vias públicas; válido no Brasil

    Para evitar dificuldades com acúmulo de solicitações do Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou a Portaria 469, que estabelece prioridades para se obter o registro.

    A partir da publicação da portaria, os tratores e máquinas agrícolas produzidos a partir de 2016 terão prioridade na inscrição junto ao Renagro.

    “Temos a expectativa de um aumento expressivo de cadastrados no IdAgro [aplicativo usado para o registro]. Mas isso depende da mobilização e interesse dos produtores rurais. Então, estamos fazendo o trabalho de divulgar as obrigações e as vantagens de se registrar a máquina agrícola”, explicou a diretora do Departamento de Apoio à Inovação Agropecuária, Sibelle de Andrade.

    O Renagro é um documento oficial para tratores e máquinas agrícolas que permite o trânsito em vias públicas.

    O documento é sem custos para o produtor, sem taxa de licenciamento anual e sem a necessidade de emplacamento.

    Além disso, o documento garante maior segurança na venda e compra de tratores usados, possibilitando de ser utilizado como uma garantia em financiamento.

    O registro é válido em todo o território nacional.

    Conforme a portaria, a ordem de prioridade será definida a partir do ano de fabricação dos tratores ou máquinas agrícolas, conferindo-se maior prioridade aos veículos mais novos e, dentre esses, os que primeiro solicitarem o registro.

    Caso os proprietários de tratores ou máquinas agrícolas com prioridade de registro ainda não tenham obtido o documento, deverão portar o protocolo de solicitação de registro na Plataforma Nacional de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas – IdAgro para transitarem nas vias públicas brasileiras.

    O software desenvolvido para atender a legislação, a plataforma IdAgro (sistema Android, iOS), permite o proprietário obter o registro de forma gratuita. O cadastro do bem (principalmente tratores) traz fotos, documento, histórico dos donos, possibilidade de realizar a transferência, entre outras funcionalidades.

    Atualmente, já existem 85.000 máquinas cadastradas no IdAgro, sendo 80% de tratores e 20% de colheitadeiras. O universo de tratores e colheitadeiras é de aproximadamente 1,6 milhões de unidades.

    O Renagro é obrigatório?

    É opcional o registro no Renagro se as máquinas não forem transitar em via pública. Há, portanto, a obrigatoriedade de se retirar o registro se o trator é fabricado depois de 2016 e vai transitar em via pública.

    É preciso lembrar que, em qualquer hipótese, com Renagro ou não, para transitar em via pública é necessário que a máquina tenha os itens de segurança estabelecidos pela Lei 9.503/97 e pelas resoluções do CONTRAN.

    Com o objetivo de dar mais celeridade a esse processo, um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) entre o Ministério da Agricultura e Instituto CNA está sendo firmado.

    O Instituto, como entidade conveniada, liderará a implantação, a gestão, o controle de acesso, a manutenção e a modernização de sistemas de dados da base de dados do Renagro; bem como o desenvolvimento de novos produtos e serviços requeridos tanto pela própria evolução dos sistemas quanto pela identificação de novas funcionalidades que componham uma Plataforma Nacional de Registros Agrícolas.

    Como registrar a máquina?

    Para fazer o registro, basta baixar o aplicativo IdAgro no smartphone, se cadastrar e cadastrar as máquinas de interesse.

    Após essa etapa, guardar o protocolo da solicitação de cadastro até que se obtenha o registro definitivo junto à concessionária da marca da sua máquina.

    Em seguida, cadastrar no IdAgro (nome, CPF, endereço, e-mail e telefone) e preencher os campos de dados da máquina.

    Depois, com a nota fiscal, procurar uma agência autorizada da marca. Somente as agências autorizadas podem realizar o registro final e disponibilizar o documento para impressão.

    A agência autorizada irá analisar os documentos originais do proprietário, a nota fiscal e a numeração do chassi ou de série do bem.

    Ao comprar um trator novo, a própria concessionária realiza o cadastro da máquina e a vincula ao comprador automaticamente.

    Outra funcionalidade muito importante é que, com o registro via IdAgro, a comunicação de eventual sinistro fica integrada com o Sistema Córtex do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    Dessa forma, a denúncia de roubo e furto é encaminhada diretamente para os sistemas policiais.

    Também é possível consultar o status legal do registro de máquina agrícola, além da possibilidade de encaminhar mensagem ao proprietário da máquina, protegendo o anonimato.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Governo que expandir alcance da Cédula de Produto Rural

    CPR é um título representativo de promessa de entrega futura de produto agropecuário e pode ser emitida pelo produtor ou associações

    Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e um grupo de especialistas em mercado de capitais voltado ao agronegócio reuniram-se para debater a expanção do alcance da Cédula de Produto Rural (CPR) para o setor de comercialização de produtos agropecuários e ampliar ainda mais o saldo negociado dos títulos vinculados ao setor.

    De acordo com José Angelo Mazzillo, secretário adjunto de Política Agrícola do Mapa, o volume negociado em CPR até agosto de 2020 era de R$ 17 bilhões.

    “Dois anos depois, em agosto de 2022, esse saldo subiu para R$ 178 bilhões”, afirmou Mazzillo.

    O que ocorreu para essa explosão nas negociações dos títulos do agro?

    Segundo o secretário, foi justamente o primeiro upgrade na legislação que os regulamenta.

    A CPR foi instituída pela Lei 8.929, de 1994, e houve uma grande remodelação com a Lei 13.986, de abril de 2020.

    Em julho de 2021, ocorreu outra remodelação dessa legislação, com a Lei 14.421.

    “A gente está tornando a CPR um título muito atraente, tanto para o credor, quanto para o tomador de recursos.

    Ambos querem um mercado financeiro bem desenhado, por isso ‘fechamos o circuito’ entre quem precisa de dinheiro e quem quer investir no agro”, explicou Mazzillo.

    A expectativa, segundo o secretário, é que o volume de recursos negociados via CPR alcance R$ 200 bilhões em breve e chegue à casa do trilhão entre cinco e dez anos.

    O agronegócio brasileiro movimenta hoje mais de R$ 2,5 trilhões, que correspondem a pouco mais de um quarto do PIB do país, que é de aproximadamente R$ 9 trilhões.

    “Nos últimos anos, a gente está impulsionando as finanças privadas do agro para deixar a agricultura mais robustecida em termos de recursos, de financiamento. O Plano Safra é uma peça importante, mas a nossa agricultura está crescendo como um foguete”, reforçou Mazzillo.

    Esse crescimento justifica a necessidade de ampliar a oferta de capital de giro e de capital para investimento, trabalho que o Mapa vem desenvolvendo.

    A adequação do marco legal é uma das estratégias adotadas. Nos últimos anos, a CPR se expandiu de dentro da porteira para a agroindústria, depois para a indústria, setor de insumos, máquinas e implementos e, mais recentemente, para equipamentos de armazenagem. A ideia é abarcar toda a cadeia do agronegócio.

    Players

    A participação de players do mercado na atualização do marco legal é estratégica. “Como a lei é para impulsionar o mercado, precisamos envolver nas conversas o maior número de players que a gente conseguir. Tanto por parte de quem emite a CPR e precisa do dinheiro, quanto por parte de quem vai comprar a CPR e fazer investimentos”, disse Mazzillo.

    Quando um cliente vai ao banco e pretende investir no agro, ele encontra recebíveis “empacotados” em instrumentos sofisticados de mercado de capitais, como o CRA, o Fiagro, a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), um dos mais conhecidos. Pessoas físicas podem adquirir cotas desses produtos.

    Estruturadoras e securitizadoras que estruturam as operações entre investidores da cidade e produtores do campo participaram da reunião, assim como bancos, cooperativas agropecuárias, cooperativas de crédito e escritórios de advocacia. “Os estruturadores e securitizadores são empresas que desenvolvem o modelo para calcular o risco de crédito do produtor rural e, com isso, oferecer esse serviço para o credor”, explicou o secretário. Essas empresas levam em conta a possibilidade de inadimplência do produtor rural para estabelecer a taxa de juros adequada a esse risco.

    Investir em CPR é um bom negócio?

    Segundo Mazzilo, a rentabilidade é calculada pela CDI, que, em geral, expressa a variação da taxa Selic definida pelo Banco Central.

    “A rentabilidade normalmente é medida pela CDI mais um valor fixo, que pode variar de 4%, 5%, podendo chegar a até 10% ao ano, dependendo do tipo de risco, do tipo de operação.”

    O mais comum é encontrar no mercado esses instrumentos estruturados com a taxa de CDI mais juros de 6% a 8% ao ano.

    Mazzillo disse acreditar que, com as alterações legais em andamento, o Brasil poderá ter um dos melhores mercados de crédito para o agronegócio do mundo. “Se a gente conseguir emplacar essas mudanças, vai ser difícil ter um mercado de crédito ao agronegócio melhor que o brasileiro”, afirmou.

    CPR Verde

    A atualização dos decretos envolve aperfeiçoamentos pontuais, especialmente na regulamentação da CPR com fins de sustentabilidade.

    Mazzillo explica que a Cédula de Produto Rural pode ser usada para financiar atividades convencionais ou atividades sustentáveis, neste caso, regulamentada no Decreto 10.828, de 2021.

    “Decreto e lei têm que andar juntos, têm que conversar. Já que a Lei 14.421 mudou bastante as CPRs, permitindo a expansão de seu uso, a gente tem que atualizar o decreto.”

    Um dos pontos a ser alterado está relacionado à nomenclatura.

    No caso da CPR Verde, há uma nomenclatura usada internacionalmente que o investidor estrangeiro está acostumado e os grandes investidores brasileiros começam a entender.

    “A gente tem que explicitar isso no decreto para todo mundo falar a mesma língua. Quando a gente falar CPR do tipo tal, todos devem entender o que significa aquela CPR”.

    Hoje, quando se fala em CPR Verde, os investidores a associam a questões ambientais, socioambientais, conservação, prestação de serviço ambiental, produção sustentável, o que pode levar a uma confusão conceitual.

    “O termo CPR Verde é utilizado indistintamente para todas as modalidades de título sustentável. O mercado internacional já faz isso e o mercado nacional está começando a operar com uma nomenclatura específica. A gente quer trazer essa nomenclatura para a CPR e, dessa forma, favorecer as operações desse título no Brasil.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • RS deve expandir trigo para áreas que não investiam no cereal

    O Rio Grande do Sul deve colher a maior safra de trigo de sua história e expandir o cereal para áreas que antes não investiam no cultivo

    Rio Grande do Sul deve colher a maior safra de trigo de sua história e expandir o cereal para áreas que antes não investiam no cultivo.

    Benefícios como a rotação de cultura e a valorização da saca têm incentivado os produtores.

    Nesta safra o estado dedicou ao trigo 1,4 milhões de hectares, 22% a mais que no ciclo passado.

    O estado deve colher cerca de 4 milhões de toneladas de trigo, de acordo com o Emater-RS.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizantes: ritmo de importação atenua no Brasil

    Até o fim do primeiro semestre do ano, país havia importado cerca de 19,2 milhões de toneladas de fertilizantes

    Muito foi dito após o início dos conflitos entre a Rússia e Ucrânia, especialmente que as sanções impostas à Rússia restringiriam a oferta global de fertilizantes. Esta possibilidade fez com que os preços dos adubos disparassem no mercado internacional. Desta forma, quem quisesse comprar fertilizantes durante o segundo trimestre do ano pagaria um preço salgado. E o mercado brasileiro foi às compras.

    Até o fim do primeiro semestre do ano, o Brasil havia importado cerca de 19,2 milhões de toneladas de fertilizantes, 20% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Contudo, uma vez já garantido boa parte dos volumes necessários para a safra, o ritmo de importação se atenuou e ao final de agosto, a diferença das importações em relação ao ano anterior diminuiu e 2022 está apenas 10% acima do ano passado.

    Melhor pagar mais caro do que não ter o fertilizante? O cloreto de potássio (KCl), já vinha a alguns meses sendo negociado a USD 795/t, um patamar bastante elevado em relação ao seu histórico. Após o início dos conflitos, o preço do KCl chegou a ultrapassar os USD 1.200/t. Ou seja: um aumento de mais de 50% em apenas algumas semanas. A ureia foi outro fertilizante que apresentou uma alta bastante expressiva nesse período, passando de USD 550/t para USD 985/t, uma alta de quase 80%.

    A necessidade de garantir o adubo para a safra fez com que muitos produtores fizessem a aquisição com um custo bastante elevado, mas ainda assim, com uma relação de troca aceitável, dado que a cotação da soja era bastante atrativa no período. Porém, nem todos os produtores pensaram dessa forma. Quando olhamos as entregas ao consumidor final ainda observamos atrasos.

    Fertilizantes: dados da Anda

    Até o final de julho deste ano, as entregas de fertilizantes reportadas pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) apontaram um atraso de 3% em relação ao ano anterior, especialmente nos estados que plantam a soja mais tarde. Este fato indica que sim, temos uma possibilidade de redução no consumo total de fertilizantes este ano no Brasil.

    Porém, com uma estimativa de área plantada maior do que no ano passado, ainda é cedo para apontar uma redução muito forte no consumo total deste ano. A combinação de aumento de área plantada e forte queda no volume total consumido implicaria em uma expressiva redução por hectare, algo que, dada as elevadas cotações das commodities, pode ser negativo para as margens dos produtores. As informações são do Rabobanl Agroinfo de setembro de 2022.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • La Niña pode voltar a afetar safra no Sul

    Mesmo mais fraco, o La Niña continua a influenciar o clima. Esta é a terceira safra de verão no Brasil sob influência de um oceano Pacífico equatorial mais frio. Os problemas que o fenômeno pode carretar, entretanto, ainda gera muitas dúvidas.

    “O que se sabe é que, na maior parte das vezes, o La Niña reduz as chuvas no Sul e gera aumento no Norte. Mas já houve ano em que choveu acima da média no Sul, apesar do fenômeno”, diz Felipe Gustavo Pilau, professor da Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ (Esalq) e sócio da startup de meteorologia Weather Service. “Teremos que esperar chegar outubro para ter um panorama mais assertivo”, afirma.

    É fato que a primavera começou mais favorável às culturas agrícolas do que foi nos últimos dois anos. “A região Sul está mais chuvosa que o normal. No Sudeste e na região central, que estavam com pouca chuva, a situação está se regularizando”, diz Pilau. A chegada das precipitações deve colaborar para o plantio de grãos dentro da janela ideal. Para as lavouras mineiras e paulistas de café, que sofreram com períodos de estiagem severa por dois anos, a umidade também é um alívio.

    Apesar de a primavera ter começado gelada no Centro-Sul, o risco de geadas em áreas agrícolas é baixo. “Podemos ter esse fenômeno em regiões serranas, na Campanha gaúcha e em regiões de planalto do Paraná e Santa Catarina. E, é claro, teremos uma oscilação grande de temperatura, que é um dos efeitos do La Niña”, observa Nadiara Pereira, meteorologista da Climatempo.

    Ela alerta, contudo, que as chuvas no Centro-Sul devem se tornar mais espaçadas ao longo da primavera. Assim, é possível que o verão apresente condições clássicas de La Niña, com precipitações concentradas mais na metade norte do país. “Áreas ao sul do Brasil, além da Argentina e do Paraguai, devem sentir esses efeitos”, afirma a meteorologista.
    Problemas à vista no Sul

    Segundo o sócio da WS, simulações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), indicam boas chances de chuva abaixo da média histórica no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e boa parte de Mato Grosso do Sul e São Paulo. “Isso pode atrapalhar as culturas de verão, principalmente a soja, levando a uma nova quebra no Sul”, diz Pilau.

    O sócio-diretor da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos, reforça a importância de se olhar para além do La Niña. “O Atlântico, por exemplo, está esquentando”, disse, em evento organizado pela Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé). Ele lembrou que esse aquecimento do Atlântico influencia significativamente o clima no Brasil.

    Pilau concorda com o olhar mais amplo, até porque não existe uma relação direta entre a intensidade do La Niña e a quantidade de chuvas. “Se pegarmos séries históricas com vários anos e compararmos com a intensidade do La Niña, não existe uma correlação muito boa”, frisa.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • RTC/CCGL e cooperativas atualizam projeção para a safra de trigo no RS

    Dados foram coletados junto a 20 cooperativas parceiras da RTC

    Um novo levantamento realizado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) manteve os bons números para a safra de trigo 2022. Na área de atuação de 20 cooperativas, que juntas representam grande parte da área cultivada no RS, o levantamento segue consolidando uma produtividade recorde, ou seja, com uma média superior as médias históricas obtidas até o momento. A média projetada pelo levantamento foi de 56,6 sacos/ha (3396 kg/ha), muito similar a média projetada nos levantamentos anteriores realizados pela RTC/CCGL. A projeção vai de encontro com a condição atual das lavouras, onde 20% são consideradas excelentes e 80% boas. Condições regulares os ruins não foram reportadas neste levantamento. Considerando os números apurados pela RTC/CCGL no que tange a área cultivada com trigo no estado e mediante a confirmação destes números para a safra 2022, a expectativa é de que o RS caminhe para uma safra com produção recorde, estimada em 4,9 milhões de toneladas.

    Fonte: RTC/CCGL

  • 10 plantas brasileiras de esmagamento de soja interrompem atividades

    Unidades representam cerca de 8% da capacidade de processamento do país

    Até dez esmagadores de soja brasileiros interromperam as operações de processamento devido à queda nas margens de esmagamento e à demanda fraca, reduzindo o ritmo de moagem do país em 15 mil toneladas/dia. A informação foi transmitida pela Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), com base em informações colhidas pela agência Agricensus.

    Essas plantas desligadas representam coletivamente cerca de 8% da capacidade de processamento da oleaginosa no país, estimada em 194,4 mil t/dia, com a maior parte das operações concentrada nas regiões de Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, que respondem por cerca de 70% da capacidade total do país.

    As margens de esmagamento brasileiras para o resto do ano caíram em território negativo mais profundo nas últimas duas semanas, com margens calculadas para o quarto trimestre variando de US$ 56 a US$ 50t por mês, de acordo com dados da Agrinvest Commodities do Brasil.

    “As margens de esmagamento estão realmente ruins novamente”, disse Victor Martins, gerente sênior de risco da HedgePoint Global, à Agricensus. “Mas algumas usinas continuarão operando, pois é melhor moer com margens negativas do que ter o grão como estoque, para cumprir suas entregas – principalmente para importadores”, acrescentou.

    Plantas de esmagamento de soja desligadas antes do previsto

    As esmagadoras costumam fazer manutenção por volta de dezembro/janeiro, antes da colheita da soja no Brasil, mas este ano as plantas estão sendo desligadas mais cedo do que o previsto.

    “Não há muita liquidez no Brasil – muitos dos negócios de papel feitos na FOB Paranaguá são trituradores comprando hedges para vender no mercado interno (fixadores de biodiesel) – o mercado de biodiesel não tem estado muito ativo ultimamente, então pouca demanda disso também”, disse uma fonte do comércio local ao Agricensus.

    O Brasil é o segundo maior exportador mundial de óleo de soja, atrás da Argentina, e deve exportar 2,13 milhões de toneladas de óleo de soja e 18,8 milhões de toneladas de farelo de soja em 2022/23, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/