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  • Área irrigada do Brasil pode crescer 4,2 milhões de hectares, diz estudo

    De acordo com dados do IBGE, em 2021, a área de cultivo irrigada no país correspondia a 8,2 milhões de hectares

    Uma pesquisa divulgada pela TCP Partners, uma empresa de investimentos e gestão, prevê que a área irrigada do Brasil pode crescer 4,2 milhões de hectares até 2040.

    Segundo o estudo, desde 2006, a agricultura irrigada no Brasil apresenta uma taxa de crescimento médio de 4,7% ao ano.

    De acordo com dados do IBGE, em 2021 a área de cultivo irrigada correspondia a 8,2 milhões de hectares. A previsão é de que até 2040 ocorra um crescimento aproximadamente 50% em termos relativos para o período.

    Segundo o estudo Mercado de Irrigação Agrícola do Brasil, a cultura de cana-de-açúcar fertirrigada representa 2,9 milhões de hectares ou 35,4% em relação ao total, seguido pelas demais culturas em pivôs centrais (arroz, cana e café) com 1,4 milhões de hectares ou 17,6% em relação ao total.

    A região Sudeste concentra a maior participação no percentual de área irrigada, com 39,8%, seguida pelo Sul com 25%, enquanto o Norte representa apenas 5,5%.

    Potencial

    Para Ricardo Jacomassi, sócio e economista-chefe da TCP Partners, as variações climáticas sempre foram motivo de preocupação para a atividade agropecuária, o que certamente favoreceu o desenvolvimento de tecnologias em diversas áreas.

    “O mercado é próspero e minimiza riscos climáticos, além de potencializar a produtividade do agronegócio. E a indústria de irrigação é um importante pilar para a expansão do agronegócio em seus vários segmentos, como frutas, hortaliças e grãos, pastagens”, explica o economista.

    A área de grãos cultivada no Brasil apresentou entre 2006 e 2021 uma taxa de crescimento de 2,5% ao ano. Há ainda a previsão que a produção de grãos chegue a cerca de 333 milhões de toneladas até 2031, aumento de aproximadamente 80 milhões de toneladas ou 32% em termos relativos para os próximos 10 anos.

    O incremento de novas áreas agricultáveis é uma resposta direta para garantir uma oferta mundial de alimentos a um preço que amenize o ambiente inflacionário derivado da forte demanda por commodities.

    Portanto, para sustentar o crescimento da produção de grãos e outros produtos agrícolas, a irrigação é um elemento fundamental, assim como a genética, defensivos agrícolas e fertilizantes.

    “O segmento de irrigação tem muitas oportunidades e atrai muitos investidores. É possível identificar um número relevante de empresas de pequeno e médio porte e a presença em multinacionais de capital aberto atuando no mercado brasileiro. Acreditamos que o negócio de irrigação será promissor uma vez que é parte da solução de redução de riscos e assim, deverá atrair investidores, produtores, governos e demais agentes que atuam no agronegócio”, finaliza Jacomassi.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Parasita causa prejuízo de R$ 65 bilhões na soja brasileira

    Saiba como controlar nematoides fitoparasitas, que também causam dano indireto na cultura, favorecendo a entrada de fungos nas plantas

    A cada dez safras de soja, uma é perdida. A conclusão alarmante faz parte de pesquisa inédita realizada pela Syngenta em parceria com a consultoria Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia.

    O estudo apontou números preocupantes sobre prejuízos e perdas decorrentes de nematoides e doenças iniciais. De acordo com o levantamento, já existe uma estimativa de R$ 65 bilhões em perdas por conta desse problema somente na cultura da soja.

    O que são nematoides?

    Vermes microscópicos capazes de parasitar as plantas, com prejuízo direto ao desenvolvimento e produtividade de todas as culturas, os nematoides fitoparasitas também causam dano indireto, favorecendo a entrada de fungos nas plantas.

    Impossíveis de serem identificados a olho nu, os nematoides não podem ser erradicados uma vez que identificados no solo, o que torna o controle e o manejo imprescindíveis para evitá-los e, assim, manter o bom desenvolvimento, produtividade e rentabilidade da lavoura: que começam sempre por um solo saudável.

    Prejuízos para todas as culturas

    A pesquisa realizada sobre a distribuição e crescimento dos nematoides no Brasil percorreu todo o país durante 2021 e traz detalhes importantes sobre a problemática em todas as regiões, nos mais diversos cultivos e para todas as espécies encontradas.

    Se o cenário permanecer como está, a expectativa é de que produtores brasileiros (contando todas as culturas) tenham um prejuízo somado de até R$ 870 bilhões em menos de 10 anos.

    Situação grave no Sul, Centro-Oeste e Norte

    Hoje, as regiões mais impactadas pela presença dos nematoides no solo são Sul, Centro-Oeste e Norte, em especial no Cerrado. Em alguns estados, os vermes estão presentes em mais de 99% das amostras.

    A espécie Pratylenchus ssp., por exemplo, é a mais identificada, chegando a mais de 75% das áreas analisadas. No mapa abaixo, é possível ter uma dimensão da situação atual.

    Soja em alerta

    Um dos dados mais expressivos apontados pela pesquisa é o prejuízo causado pela presença dos nematoides na soja. Perdas de R$ 374 bilhões em menos de 10 anos somente nesta cultura são previstas.

    É importante lembrar que os nematoides podem ser encontrados em animais, no solo, na água, e atuam próximos às raízes dos bulbos das plantas. Eles se alimentam das raízes, podendo remover o conteúdo celular e impedir a absorção de água e de nutrientes pelas culturas. Na soja, ficam grande parte do seu ciclo de vida dentro das raízes da oleaginosa.

    Mas como se proteger?

    Pesquisadores consideram a eliminação completa dos tipos de nematoides na soja quase impossível, mas existem medidas que permitem o controle de modo que não ofereça ameaça econômica ao cultivo.

    Vale destacar que os períodos ideais para combate desses micro-organismos são a entressafra e o plantio. Para controlá-los, o Climate FieldView™ recomenda oito medidas:

    1. Identificação e monitoramento da área contaminada

    Para implementar um sistema de controle eficaz, é necessário conhecer os microrganismos que estão afetando a área. Para isso, é necessário enviar a um laboratório de análises nematológicas uma amostragem de solo. Depois, realizar o monitoramento é essencial para manter o desenvolvimento da lavoura.

    2. Controle biológico

    Existem defensivos biológicos que podem controlar os nematóides. Veja quais são os principais para o controle na soja:

    • Paecilomyces lilacinus: fungo que compromete a reprodução dos nematóides;
    • Trichoderma harzianum: fungo que controla as lesões radiculares causadas pelos nematóides;
    • Pochonia chlamydosporia: fungo que parasita e mata ovos e fêmeas de nematóides;
    • Bacillus amyloliquefaciens: essa bactéria pode ser aplicada em tratamento de semente ou em sulco de plantio
    • Pratylenchus brachyurus: nematóide das lesões radiculares.

    3. Plantio de cultivares tolerantes

    Existe a possibilidade de escolher e realizar o plantio de genótipos tolerantes. No entanto, é importante saber que nem sempre eles garantem resultados satisfatórios da lavoura. A prática deve ser feita com o complemento de outras medidas, como a rotação de culturas e medidas fitossanitárias.

    4. Rotação de culturas

    Esse é um dos métodos mais recomendados para controlar nematoides, de acordo com pesquisadores. A rotação com plantas não-hospedeiras restringe a multiplicação do patógeno. Como exemplo de opções de culturas para a rotação com a soja, o trigo, a cevada e a aveia branca (inverno), milho, algodão e o girassol (verão) são indicados.

    5. Tratamento de sementes

    O manejo dos organismos pode ser feito pelo método complementar de tratamento de sementes. Para isso, é necessário agir contra o causador da doença no momento do plantio da soja.

    6. Plantas antagonistas

    Outra forma de lutar contra nematóides é usar as plantas antagonistas. Elas melhoram o controle biológico e promovem auxílio aos combatentes naturais. Alguns exemplos são o centeio, a mamona e o feijão de porco. São divididas em dois tipos: plantas armadilhas e hospedeiras desfavoráveis.

    Todas elas causam danos ou prejudicam o desenvolvimento dos nematóides, evitando que seu ciclo de crescimento se complete.

    7. Medidas fitossanitárias

    O controle fitossanitário evita a disseminação de nematoides entre campos ou localizações geográficas. O método é simples e implica limpeza de máquinas e equipamentos, higienização de ferramentas e implementos agrícolas de forma cuidadosa.

    A melhor maneira de evitar a propagação de pragas é utilizar, primeiramente, os equipamentos em áreas não infestadas, para depois cuidar das áreas com necessidade de controle de infestação.

    8. Controle químico

    O controle é feito com a aplicação de produtos em sulco ou em pulverização terrestre, que atuam para aumentar o vigor das plantas. Porém, é recomendável integrar outros métodos de controle e não só o químico, isoladamente, como rotação de culturas e medidas fitossanitárias e monitoramento da área contaminada.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • IBGE estima safra recorde de 263,4 milhões de toneladas em 2022

    A estimativa é 4% maior (ou 10,2 milhões de toneladas) que a safra de 2021 e 0,8% acima do que foi estimado em junho

    safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar recorde de 263,4 milhões de toneladas.

    A estimativa é 4% maior (ou 10,2 milhões de toneladas) que a safra de 2021 (253,2 milhões de toneladas) e 0,8% acima (2 milhões de toneladas) do que foi estimado em junho.

    A estimativa de julho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola foi divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, esse crescimento se deve ao aumento do plantio e dos investimentos dos produtores que estão ampliando a área de cultivo de grãos em 6,4% para 73 milhões de hectares, acréscimo de 4,4 milhões de hectares em relação da 2021 (68,6 milhões de hectares).

    “Os produtores plantaram mais porque os preços internacionais estão muito elevados, sobretudo o do trigo, por conta da guerra da Rússia e a Ucrânia, grandes produtores e exportadores de trigo”, disse, em nota, Carlos Barradas.

    arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da pesquisa. Somados, eles representam 91,4% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida.

    De acordo com o IBGE, em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 9,7% na área plantada de milho (aumento de 7,7% na primeira safra e de 10,4% na segunda safra), de 18,1% na de algodão herbáceo (em caroço), de 4,6% na área de plantio da soja e de 8,6% na do trigo; ocorrendo declínio de 2,7% na área do arroz.

    Soja

    Principal commodity do país, a estimativa para soja teve alta de 0,7%, em relação ao mês anterior, sendo o segundo produto responsável, com 814 mil toneladas, pelo crescimento de 2 milhões de toneladas de grãos em julho, depois do trigo que atingiu 820 mil toneladas.

    Segundo o pesquisador, houve reavaliações importantes em estados como Mato Grosso, principal produtor com 38 milhões de toneladas, que aumentou o rendimento médio em 1,5% na comparação com a estimativa de junho.

    O Rio Grande do Sul também aumentou o rendimento e estimativa em 1,8% em relação ao mês anterior. Com isso, a soja deve alcançar uma produção nacional de 118,8 milhões de toneladas ante 118 milhões estimados em junho.

    Entretanto, esse volume representa retração de 12% em comparação à safra obtida no ano anterior, com declínio de 15,9% no rendimento médio. Barradas explicou que, embora tenha havido aumento de área de plantio da soja, a ocorrência de uma estiagem prolongada durante o desenvolvimento da cultura em alguns estados produtores, sobretudo no Centro-sul do país, foi responsável por essa queda anual

    A área colhida foi estimada em 40,8 milhões de hectares, aumento de 4,6% na comparação com 2021, e de 0,2% em relação ao estimado no mês anterior. A participação da soja no volume total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país, em 2022, foi de 45,1% permanecendo como o grão de maior peso no grupo.

    Outro aspecto destacado por Barradas é que as produções de arroz (10,6 milhões de toneladas) e de feijão (3,1 milhões de toneladas) devem atender o consumo interno do país em 2022. O Brasil não é importador dos dois produtos, mas já houve necessidade de importações.

    Regiões

    Em julho, a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas teve alta na comparação com 2021 em quatro regiões: Centro-Oeste (11,9%), Sudeste (13,0%), Norte (8,7%) e Nordeste (10,6%).

    O levantamento indica que somente a Região Sul teve estimativa negativa (-13,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumento a Região Centro-Oeste (1,1%), a Norte (3,0%) e a Sul (0,6%), e declínio no Nordeste (-0,3%) e Sudeste (-0,2%).

    Entre as unidades da federação, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos (30,6%), seguido pelo Paraná (13,4%), Goiás (10,5%), Rio Grande do Sul (9,7%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (6,7%) que, somados, representaram 79% do total nacional.

    “A pandemia fez com que os preços aumentassem, porque, em casa, as pessoas passaram a consumir mais, sem falar que o milho e a soja são usados na produção de proteína animal. A partir disso, o produtor passou a plantar mais porque a sua rentabilidade é maior. Nos últimos anos, devido ao aumento da área plantada e da produtividade, a agricultura brasileira vem produzindo recordes sobre recordes”, concluiu o gerente da pesquisa.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • La Niña ainda vai durar mais tempo; saiba até quando

    Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) divulgou novo relatório sobre o fenômeno

    O último relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) indica que o enfraquecimento do La Niña só vai acontecer no outono de 2023.

    Pela terceira safra seguida, o fenômeno deve trazer chuvas abaixo do normal para a região Sul e umidade elevada nas regiões Norte e Nordeste.

    Frente fria na semana

    Esta quinta-feira (11) começou com apenas 1,6 °C em Ituverava (SP) e com geadas em áreas do Centro-Sul. A capital paulista registrou a menor temperatura do ano, com 9,5 °C, e houve ventos de 85 km/h em diversas áreas do estado.

    A frente fria e o ciclone extratropical já estão enfraquecendo e trouxeram chuva significativa em diversas áreas. Essa umidade foi boa para algumas culturas, mas prejudicou outras.

    “A chuva beneficiou as lavouras de trigo, principalmente do Paraná, mas prejudicou o café e também o milho, que está em fase final de colheita”, afirma Desirée Brandt, meteorologista da Climatempo.

    Segundo ela, a chuva fora de época no Sudeste pode provocar uma florada indesejada no café, já que posteriormente não vai haver umidade suficiente para sustentar a florada, que acaba sendo frustrada.

    Frio continua

    O frio continua nesta sexta-feira (12) no Centro-Sul, com risco de geadas entre o planalto do Paraná e o norte do Rio Grande do Sul. A chuva diminui no leste de Santa Catarina, mas o tempo ainda fica muito encoberto, com risco de chuva fraca.

    A frente fria passa perto da costa da Bahia nesta sexta e a chuva aumenta em Salvador. O estado também deve registrar diminuição das temperaturas.

    No norte do país a chuva se concentra no Amapá, em Roraima e na porção norte do Amazonas e do Pará, sendo acompanhada por trovoadas isoladas, principalmente no período da tarde.

    Novo ciclone vem aí

    Na semana que vem, há previsão de uma nova frente fria associada a um ciclone extratropical. Só que, desta vez, o ciclone deve se formar mais ao alto-mar, e não tão próximo à costa. Justamente por isso, a previsão não é de ventos tão fortes e nem de mar muito agitado.

    De todo modo, a umidade voltará às áreas produtoras da metade norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, com volumes de 30 milímetros acumulados. A chuva vai chegar de forma fraca ao sul de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Rendimento de grãos maior está impulsionando produção de cereais

    Nos próximos dez anos, mais produção global de cereais se originará do crescimento do rendimento e da área de intensificação

    Os preços internacionais dos cereais aumentaram até 2021, para fechar no melhor patamar em nove anos. Fornecimento global apertado combinado com a forte demanda e as incertezas da política comercial empurraram a média do trigo para cima, e os preços de outros grãos, que subiram cerca de 30% em relação ao ano de 2020.

    Os preços do milho foram mais de 50% superiores aos no ano-calendário anterior, impulsionado principalmente por incertezas de produção na América do Sul, aumentou custos de produção e grandes importações de milho pela China. Em contraste, os preços internacionais do arroz ficaram abaixo dos níveis de 2020, pois a ampla oferta exportável intensificou a concorrência entre os exportadores.

    Nos próximos dez anos, mais produção global de cereais se originará do crescimento do rendimento e da área de intensificação, dado os limites das terras aráveis disponíveis. Supõe-se que as melhorias de rendimento resultem de variedades de sementes melhoradas e mais acessíveis, maior eficiência no uso de insumos e melhor práticas agrícolas.

    No entanto, o acesso limitado a novas tecnologias em alguns países e a falta de investimento pode restringir o crescimento. Além disso, as crescentes preocupações ambientais, também refletidas em novas políticas (como as metas do Pacto Verde da União Europeia), podem até reduzir os rendimentos médios.

    Comercialização de cereais

    Globalmente, cerca de 16% da produção de cereais é comercializada internacionalmente em 2021, variando de 10% para arroz a 24% para o trigo. A parcela da produção comercializada de cereais deverá aumentar marginalmente para 17% até 2031, em grande parte devido ao aumento das participações comerciais de trigo e arroz.

    Em termos de volume, os excedentes líquidos de cereais e os déficits mostram um padrão regional claro. No entanto, esses padrões diferem entre os cereais. Por exemplo, a maior parte do excedente exportável de arroz deverá permanecer concentrado nos países asiáticos, enquanto na América Latina e no Caribe a exportação de milho é amplamente compensada pelas importações de trigo.

    No geral, vários países africanos e asiáticos deverão tornar-se mais dependentes das importações de cereais na próxima década.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Farsul: relatório mostra queda de 2,56% nos custos de produção do leite

    Nesta quarta-feira (10/8), a Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul) divulgou, o primeiro relatório do Índice de Insumos para a Produção de Leite Cru (ILC).

    O indicador tem objetivo de mensurar a variação dos preços de uma cesta de insumos que compõem 80% do custo de produção do leite e contribuir na compreensão da evolução dos custos de produção da cadeia láctea do Rio Grande do Sul.

    As primeiras informações são relativas a junho de 2022 e a atualização será mensal. Os dados também estão disponíveis no Farsul Big Data.

    Houve uma queda de 2,56% nos custos de produção de junho, tendo nos Fertilizantes o principal responsável pelo resultado. Especialmente Ureia e o adubo 05-20-20 que tem a maior relevância dentro do grupo. A queda nos preços de milho e soja (média de 2%), principais insumos para alimentação das vacas de leite e tendo um peso muito relevante no indicador, também influenciaram nessa retração.

    Outro ofensor foi a energia elétrica, que teve redução de 6% em média. Já a suplementação mineral teve elevação de 21%, sendo o destaque de alta no período. Apesar de expressiva, a queda registrada em junho ainda é inferior a abril que atingiu -5,89%.

    No acumulado do ano, o ILC atingiu 4,12% em junho, ficando abaixo do IPCA (5,49%) e IPCA Alimentos (8,42%). Esta é a primeira vez, em dois anos, que a inflação medida no custo de produção do leite fica abaixo do IPCA. Em 12 meses, o ILC teve alta de 17,75%.

    A Assessoria Econômica da Farsul destaca que, mesmo com a alta no acumulado, o indicador vem apresentando desaceleração. Junho foi o terceiro mês consecutivo com o indicador fechando em um patamar inferior a 20% da inflação no período.

    Por outro lado, os preços dos insumos para a produção de leite cru seguem apresentando resultado superior a inflação oficial no acumulado. Em 12 meses, o IPCA registrou 11,89% e o IPCA Alimentos, 13,93%.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Praga causa prejuízos na produção de sementes de milho

    O Leptoglossus zonatus, conhecido também como Percevejo-gaúcho, é uma praga chave da cultura do milho, mas pode atacar também citrus, sorgo, feijão, soja, entre outros. No milharal é possível observar sua presença a partir do meio do ciclo e tem preferência alimentares pelas espigas, principalmente de grãos leitosos em formação.

    Os adultos da espécie possuem comprimento do corpo maior que 2 cm (as fêmeas são maiores que os machos), coloração marrom escura e antenas bicolor. Uma característica da sua taxonomia é a expansão da tíbia em cerca de 80% e a presença de duas máculas ovóides no disco do pronoto e região mediana das asas.

    Os principais danos causados pelo inseto é na produção das sementes por comprometerem gravemente os parâmetros fitossanitários exigidos para a comercialização. Os insetos injetam substâncias tóxicas ao sugarem os grãos, prejudicando o enchimento e alterando a qualidade fisiológica e sanitária, diminuindo a porcentagem de germinação.

    Ainda não existem produtos registrados de controle do L.zonatus. Como os ataques começam quando as plantas já estão grandes, é aconselhado a irrigação, a pulverização aérea ou inseticidas. O uso de controle natural também é recomendado, utilizando inimigos naturais do inseto.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/
  • Projeto mantém carbendazim até registro de substituto

    “Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício”, diz FPA

    Parlamentares se mobilizam em Brasília para que o fungicida carbendazim permaneça no mercado até que outra molécula seja aprovada para substituição. Através de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), a iniciativa da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) alega que o perigo existente na utilização do pesticida “está na dosagem e na forma de manuseio”, de acordo com nota oficial enviada ao Agrolink.

    “A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para aplicação e a receita agronômica com a quantidade necessária do produto garantem a saúde da planta, do alimento e do produtor rural. Trata-se, ainda, de um pesticida usado no tratamento das sementes, com baixíssimo risco para os consumidores. Aos aplicadores, basta usar os equipamentos obrigatórios e a técnica correta de aplicação”, afirmam os parlamentares.

    Além disso, alegam os parlamentares brasileiros, a reversão da decisão tomada nessa semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se justifica também “diante do impacto que a restrição de Carbendazim pode causar no ambiente produtivo, econômico e social do Brasil, com relação aos cultivos de soja, milho, algodão e o feijão”.

    “Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício. A medida traz prejuízos aos produtores rurais, especialmente porque a substância permanece sendo utilizada na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Equador, além da Costa Rica e Honduras. Completam a lista de países que utilizam o Carbendazim, a China e a Austrália”, argumentam os políticos.

    O deputado José Mário Schreiner, membro da FPA e vice-presidente da CNA, é o autor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), e sustenta que a “não utilização do carbendazim afeta, de forma providencial o valor” dos itens básicos de alimentação, o que vai provocar mais inflação.

    De acordo com ele, “o aumento do custo de produção, em virtude da retirada do carbendazim, afeta o preço da soja e do milho que impactam nos preços dos produtos de origem animal (aves, ovos, carnes, embutidos e leite)”.

    “O aumento do custo de produção da soja também impacta os preços de óleo de soja e margarina. Algodão impacta além de roupas e tecidos, itens como roupa de cama, colchão, tapetes e cortinas”, conclui o líder da FPA.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Condição da safra de milho nos EUA piora na semana, aponta USDA

    O USDA disse que 58% da safra de milho dos EUA apresentava condição boa ou excelente, queda de 3 pontos porcentuais ante a semana anterior

    Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse nesta segunda (8) que 58% da safra de milho do país apresentava condição boa ou excelente até o último domingo (7), queda de 3 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 64%. O

    USDA informou também, em seu relatório semanal de acompanhamento de safra, que 90% da safra tinha formado espiga, em comparação a 94% na época correspondente do ano passado e 93% na média dos cinco anos anteriores.

    Além disso, 45% da safra tinha formado grãos, ante 53% um ano antes e 49% na média de cinco anos. Segundo o USDA, 6% da safra tinha formado dentes, ante 7% no ano passado e 9% na média.

    Soja

    O USDA disse que 59% da safra de soja tinha condição boa ou excelente, uma piora de 1 ponto porcentual ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 60%.

    Segundo o USDA, 89% da safra tinha florescido, ante 90% no ano passado e 88% na média.

    A agência disse também que 61% da safra tinha formado vagens, ante 70% na data correspondente do ano passado e 66% na média de cinco anos.

    Trigo

    O USDA informou que produtores tinham colhido 86% da safra de trigo de inverno, ante 94% no ano passado e 91% na média de cinco anos.

    Quanto ao trigo de primavera, o USDA disse que 64% da safra tinha condição boa ou excelente, piora de 6 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Um ano antes, essa parcela era de 11%. Além disso, 9% da safra tinha sido colhida, ante 35% um ano antes e 19% na média.

    O relatório mostrou também que 31% da safra de algodão tinha condição boa ou excelente, uma piora de 7 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Um ano antes, essa parcela era de 65%.

    O USDA disse que 95% da safra tinha florescido, ante 87% um ano antes e 93% na média.

    Além disso, 69% da safra estava formando maçãs, ante 61% um ano antes e 64% na média.

    De acordo com o USDA, 9% da safra tinha abertura de maçãs, em comparação a 5% um ano antes e 9% na média.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizante organomineral gera economia e sustentabilidade à produção de leite

    Com os avanços das técnicas agroecológicas, a pecuária leiteira vem buscando, cada vez mais, formatos sustentáveis capazes de neutralizar as emissões de carbono, restaurar a biodiversidade local e regenerar o solo, ao mesmo tempo em que beneficiam os produtores por meio de práticas mais econômicas e produtivas. Neste cenário, uma técnica eficiente vem ganhando espaço entre as fazendas brasileiras: a fertilização organomineral. 

    Essenciais para o desenvolvimento das plantas, os fertilizantes de origem natural ou sintética, que já se destacavam na produção agrícola pelo potencial de correção de deficiências nutricionais do solo, agora, integram estratégias de agricultura regenerativa e agroflorestal na pecuária leiteira, com abordagens inovadoras que reutilizam os resíduos gerados na própria produção, contribuindo para a melhora física do solo, aumento da intensidade da atividade biológica, redução da fixação do fósforo no solo, aumento da resistência da flora à secas e, ainda, para a redução de custos operacionais.

    O produtor Cesar Oliveira, adepto da técnica que foi apresentada em uma edição do evento Dia de Varanda, promovido pela Danone mensalmente, e proprietário de uma das cem fazendas mais eficientes do Brasil de acordo com Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), contou como foi a transição da fertilização química para a organomineral.

    “Há mais de 15 anos estabelecemos uma parceria com a Danone Brasil para produzirmos leite com mais qualidade e sustentabilidade e, no meio deste caminho, nos deparamos com a possibilidade de reaproveitarmos resíduos que já eram gerados na fazenda. Por meio de avaliações técnicas e treinamentos, percebemos que esta seria uma grande possibilidade para aumentarmos a produtividade das lavouras, beneficiando o solo e os animais, por meio de silagens de milho com maiores teores de nutrientes, reduzindo o uso do adubo sintético, deixando o solo menos ácido e mais resistente a doenças. Consequentemente, vimos também um aumento na produção do leite”.

    O diretor de Compras de Leite da Danone Brasil, Henrique Borges, também apontou os pontos positivos: “Tendo o leite como matéria-prima, é fundamental continuarmos na busca por soluções práticas e eficazes para transformar a produção, gerando impactos positivos para os nossos produtores parceiros, os animais nas fazendas, o meio ambiente e consumidores. Tornando as tecnologias mais acessíveis e fornecendo orientação técnica especializada, acreditamos que podemos revolucionar a produção leiteira e tornar os sistemas alimentares mais sustentáveis”, afirmou ele.

    Em comparação com fertilizantes minerais, os organominerais contribuem para o combate às mudanças climáticas, uma vez que é possível aproveitar os resíduos gerados. Com isso, a produção torna-se mais eficiente e também ocorre uma redução da emissão de gases de efeito estufa (GEEs). A pauta climática é tão relevante, que é foco de discussões e investimentos em grandes indústrias. No Brasil, a Danone tem como meta zerar as emissões líquidas de carbono em toda sua cadeia até 2050.

    Com a incorporação do organomineral no manejo da silagem, o produtor Cesar Oliveira notou um incremento de produtividade por hectare de mais de 40%. Ele ainda reforça que o principal investimento para uma operação mais sustentável e produtiva é a capacitação técnica dos envolvidos nas atividades rurais e a construção de uma rede de parceiros comprometidos com o mesmo propósito: impulsionar o negócio de forma sustentável.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/